Por Você romance Capítulo 134

Jamine

— Deus, me tire daqui! — peço em agonia e fico um longo tempo deitada e chorando, até as minhas forças acabarem e eu finalmente adormeço. — Hum! — solto um gemido baixo e abro apenas uma brecha de olhos, percebendo que a noite já chegou. O quarto está em uma penumbra só e inevitavelmente eu penso em minha avó. Ela não voltou para casa e se voltou, não teve chance de vir até mim. O que fizeram com ela? Será que os Alcântara não permitiram a sua volta para casa? Não. Eu conheço bem a dona Delia, ela jamais me largaria aqui sozinha. Então, por que ela não chegou ainda? Forço-me a levantar no exato momento em que a porta volta a se abrir. As luzes que invade a escuridão do quarto me fazem fechar os olhos.

— Boa noite, princesa! — Marrento diz se agachando ao meu lado. — O Cicatriz quer te ver. Vai lavar esse rosto e nada de falar sobre o que aconteceu aqui. Entendeu? — rosna baixo, porém, frio. — Entendeu, Jasmine? — Ele insiste e eu assinto. — Ótimo! Agora entra naquele banheiro e ajeita essa cara. — Ele me ajuda a sair da cama. Eu entro no banheiro, prendo os meus cabelos e lavo o meu rosto, voltando para o quarto em seguida. Cicatriz me olha por um tempo e depois para a comida intocada em cima do criado mudo. — Você não comeu nada? — inquire com voz calma.

— Eu não estou com fome. — Ele pressiona os lábios e meneia a cabeça.

— Vou pedir para trazerem o seu jantar e dessa vez eu quero que coma. Se o prato voltar do mesmo jeito, eu volto aqui e a faço comer, entendeu? Agora sente aí! — Ele ordena e eu faço. Ele me estende o meu celular e receosa o seguro.

— Mande uma mensagem para o rapaz e peça para ele vir até aqui. Diga que está precisando da sua ajuda. — Sinto um nó sufocar a minha garganta e logo sou tomada pelo desespero.

— Por favor! — peço com a voz embargada.

— Faça, Jasmine! — ordena. Meus olhos se enchem de lágrimas. Eu não posso atrai-lo para a morte. Não posso fazer isso com ele!

— Por quê?

— Porque a tia dele me deve uma! — Eu o encaro atônita. Como assim? Que tia lhe deve? O que o Jonathan tem a ver com isso? — Agora faça! — insiste agora mais rude. Trêmula, eu abro a tela do celular e com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, procuro pelo seu nome no W******p. Começo a digitar algo quando alguém invade o quarto. Um homem fala algo ao seu ouvido e para o meu alívio, ele precisa sair às pressas. — Marrento, fique de olho nela. E vocês venham comigo! — Enquanto ele passa as devidas ordens, aproveito para esconder o celular debaixo do travesseiro e após todos saírem, Marrento retorna para o quarto e fecha a porta com chave. Meu coração pula feito um louco no meu peito quando ele se aproxima de mim e me puxa violentamente para perto do seu corpo.

— Não sei o que o chefão quer contigo, princesa, mas agora que estamos só nós dois aqui...

— Me solta, Marrento! — rosno irritada.

— Só depois que eu conseguir o mais quero de você. princesa.

— Não! Me solta, Marrento! — grito quando ele me choca contra uma parede e rasga a minha blusa. E quando me segura firme pela cintura e tenta me levar para a cama tenho a minha grande chance. Ergo o meu joelho com muita força e acerto firme entre as suas pernas. Marrento me larga de imediato gemendo de dor e eu o chuto outra vez com toda força no mesmo lugar, pego as chaves caíram no chão, abro a porta e corro para fora do quarto.

— PEGA ESSA FILHA DA PUTA! — ele grita e quando adentro a sala encontro dois homens armados guardando a saída. Congelo no lugar sem saber o que fazer. No entanto, logo sinto um puxão forte nos meus cabelos e sou arrastada para dentro do quarto outra vez. Marrento fecha a porta e me arremessa contra o chão. Em seguida ele monta em mim desfere uma sequência de socos bater, e quando já não tenho forças para lutar ele começa a dar alguns chutes.

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