Por Você romance Capítulo 136

Jonathan

Momentos antes do resgate...

Já é madrugada quando chego em casa depois de uma noitada regada a bebidas, danças e muito sexo com a gostosa da Helena. É, estou radiante e ao mesmo tempo me sinto vazio. Não era exatamente o que eu esperava. Helena é simplesmente linda e na cama ela é uma leoa, mas falta algo. Penso e assim que passo pelo hall, encontro a minha família reunida na sala. O que é uma novidade para mim já que o dia está prestes a raiar.

— Boa noite, família, ou seria boa madrugada? — ralho com humor, mas eles permanecem sérios e parecem preocupados. — O que aconteceu? — pergunto olhando de um para o outro.

— Vem comigo, filho. — Papai pede levando uma mão ao meu ombro e seguimos para o seu escritório. Isso me deixa alarmado, porque sempre que ele quer ter um papo sério comigo age assim. — Sente-se! _ Ele pede e eu faço.

— Está me deixando apreensivo, pai — falo e ele suspira, fitando os meus olhos.

— É sobre a Delia e a Jasmine.

— O que elas?

— A comunidade foi tomada por facções rivais e eles iniciaram uma guerra lá dentro. A Jasmine foi do colégio para casa e a Delia não quis deixá-la sozinha e, ...

— Ok, mas ela sempre fica em casa trancada quando isso acontece. Qual é a novidade?

— A Delia levou um tiro, filho. Ela está no hospital entre a vida e a morte.

— Caralho! — sussurro. — E a Jasmine?

— Não temos notícias dela. — Levanto-me exasperado, pego o meu celular e disco o seu número. O telefone toca até cair na caixa de mensagens. Jasmine não! Penso sentindo o meu coração ser comprimir dentro do peito.

— Nós temos que ir lá, pai!

— Ficou maluco? Está tendo uma guerra do tráfico lá dentro, Jonathan. O que você acha que podemos fazer lá?

— Eu não sei! Só sei que não é certo deixá-la lá sozinha! — rebato exasperado. — Olha, se você não quiser ir, me ceda alguns dos seus seguranças que eu vou! — falo impulsivo. Ele se levanta da cadeira executiva e vem até mim com passos firmes. Me olha nos olhos e diz friamente:

— Eu o proíbo, Jonathan! O proíbo de ir aquela comunidade e o proíbo de sair dessa casa, entendeu?! — Engulo em seco, mas não deixo de encará-lo firmemente. Tenho vontade de gritar com ele, de esmurrar qualquer coisa na minha frente, de quebrar tudo ao meu redor, mas eu simplesmente respiro fundo e saio do escritório, tentando mais uma ligação. Preciso respirar. Meu corpo inteiro está gelado por dentro e eu já consigo ouvir os meus próprios batimentos cardíacos ecoando alto dentro dos meus ouvidos. Ligo mais uma vez, mas ela não atende. Em desespero choro igual um moleque trancado dentro do meu quarto.

— Atende, bonitinha, por favor me atende! — suplico com a voz embargada. Desesperado, jogo o celular em cima da cama e corro para o quarto da minha irmã. Assim que me ver, ela me abraça e choramos no meio do cômodo por alguns minutos. Cris me leva para a sua cama e eu deito a minha cabeça no seu e colo. Enquanto ela mexe nos meus cabelos, as ideias me bombardeiam com intensidade. Minutos depois Mick entra no quarto e se junta a nós na cama. Com ele aqui do nosso lado, só consigo pensar em nossas aventuras. Éramos sempre os quatro, sempre juntos para todas as situações. E eu não posso ficar aqui de braços cruzados. Não posso ficar apenas esperar a coisa acontecer. Preciso ir buscá-la, ter certeza de que ela está bem. E Pensando assim me levanto abruptamente e ponho os meus planos para fora. Cristal hesita, mas me apoia mesmo assim.

Segundos depois, eu saio voando da mansão direto para casa da única pessoa que não pensaria duas vezes em me dizer sim. São quase seis da manhã e o dia já está claro quando atravesso a cidade para chegar à casa do meu avô. Assim que passo pelos portões largos sou recebido pelo Lucca, meu tio. Um garoto de dez anos. Ele me ver descer da moto e corre na minha direção. Minha vó Rose se surpreende quando percebe a minha presença na varanda da casa e como sempre me abraça com carinho.

— Oi, querido! O que faz aqui tão cedo? — inquire assim que se afasta.

— Eu preciso falar com o meu avô — digo sem rodeios deixando-a mais uma vez surpresa.

— Aconteceu alguma coisa? — Rose deixa transparecer a sua preocupação, mas eu forço um sorriso.

— Não vó, estamos todos bem. Eu não tenho tempo para explicar agora, porque estou com um pouco de pressa. — Ela assente.

— Certo. Ele está no escritório. — Assinto com um meio sorriso.

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