Por Você romance Capítulo 141

Mick

— Está mais calma agora? — pergunto com um sussurro e perto do seu ouvido. Estamos de volta ao seu quarto agora e deitados em sua cama. Cristal apenas assente respondendo se aconchegando ao meu corpo.

— Preciso de um banho — diz se afastando um pouco.

— Tudo bem. Vai tomar o seu banho e quando voltar eu ainda estarei aqui — prometo. Ela se afasta um pouco mais para olhar em meus olhos e não dá para negar o quanto eles são lindos e intensos, mesmo estando tristes.

— Promete? — Em resposta faço o sinal da cruz beijando os meus dedos em seguida.

— Eu prometo! — Ela suspira e faz um sim com a cabeça, saindo da cama em seguida e assim que ela fecha a porta do banheiro, vou até uma janela do quarto e observo as ruas vazias durante a madrugada. O dia já começa a raiar lá fora e algumas nuvens brancas começam a surgir no céu. Meu celular vibra dentro do bolso da calça e assim que o pego e vejo o nome Rute brilhar na tela. Chego a puxar a respiração e soltá-la audivelmente. Decido ignorar a ligação. Ela insiste em ligar mais duas e eu desligo o aparelho. Não vou atende-la aqui no quarto da Cris. Largo o aparelho em cima do criado mudo e minutos depois, a Cris sai do banheiro vestida com um babydoll curto de seda negra. Puta que pariu! Meu amiguinho lá embaixo tenta se animar, mas respiro fundo e tento me acalmar. Não é o momento e nem a hora para pensar nisso. E acredito que nem tão cedo faremos tal coisa. Não, enquanto não resolver a minha situação com a Rute.

— Obrigada por ter ficado! — sibila com voz doce abrindo um sorriso que amo ver no seu rosto. Esse é um conjunto perigoso. Penso, mas vou para perto dela e a puxo para os meus braços. A merda toda é ter que sentir o seu corpo perfumado, de banho tomado e a sua pele fresquinha em contato com a minha. O tecido macio e delicado me causa a sensação de estar tocando a sua pele. Isso é muito foda! Afasto-me para beijar-lhe o rosto, porém, ela o vira no mesmo instante e o beijo na boca é inevitável. Meu coração dispara no peito, a minha corrente sanguínea vai a mil e me sinto gelar.

— Eu tenho que ir Cris. Já é muito tarde e os meus pais...

— Não. Fica, por favor! Eu não vou conseguir dormir sozinha aqui nesse quarto. — Eu só consigo pensar em o quanto estou ferrado, porque isso não é bom! Portanto, engulo em seco, mas sedo ao seu pedido. — Você pode tomar um banho se quiser — Cris sugere, apontando para o banheiro.

Banho. É disso que eu preciso. Um banho bem frio e demorado deve me acalmar. Penso.

— Eu quero — digo sem pensar duas vezes e a minha recompensa é o seu sorriso.

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