Impostora Por Amor romance Capítulo 37

Cap. 37 

               Impostora Por Amor 

                        Ascânio 

     Logo enfim, reagir e mandei ela  embora, mais a maldita vadia, sequer se moveu então sai eu mesmo, imediatamente fui tomar uma chuveirada pois sinceramente estou me sentindo o pior dos canalhas, Mirela não merece uma cretino como eu sou, pois tinha pouco mais de quatro horas que eu tive uma transa deliciosa com ela, e simplesmente eu já estava pronto para meter louco com putana da irmã dela, que mulher do inferno!  

    

      Já estou no chuveiro e comecei a colocar meus pensamentos no lugar, eu não poderia ter escolhido uma mulher melhor que a Mirela. E eu, ainda perdendo tempo achando que sinto alguma coisa pela aquela perdida, jamais!      

      Simplesmente aquilo de reagir e perder o controle com ela é só tesão, luxúria, por ela ser uma prostituta e confesso que a vida inteira gostei mesmo de mulheres profissionais, talvez é a curiosidade que aguça meu desejo por ela ainda mais. Mas, isso de perder o controle foi a primeira e última, pois não vou ceder a essa química que sinto por ela. 

      Apesar que como profissional basta pagar que ela seria minha! 

       Merda! Dancione, não acredito que estou pensando assim?! Não, nunca! Todas, menos aquela maldita putana. Saí do chuveiro depois de quase meia hora, pois o fogo ardendo e queimando em mim, era também de ódio de mim mesmo.

  O plantão no hospital seguiu normalmente, meu nonno recebeu alta do Ramon. Ele disse que o velho estava só irado comigo, e que portanto o melhor era eu deixar ele se acalmar. Então, resolvi ver meus próprios pacientes. Já eram quase onze da noite, quando fui chamado na emergência, e logo meu maior pesadelo começou, Augustos estava na sala de pronto atendimento e minha cunhada na outra sala, ambos em estado grave devido ao acidente de carro.

         Sem a menor chance de ser parado, pela tal ética profissional que não permite atendimento de parentes diretos, eu simplesmente mandei todos me obedecerem, e nada e nem ninguém iria me impedir de operar! Rapidamente ambos foram levados ao centro cirúrgico, Manuela, estava com uma fratura exposta na perna e provavelmente com hemorragia interna, ela precisava ser aberta imediatamente, pelo abdômen, pois ela dava todos os sinais de está entrando em choque séptico. Augustos, estava mais tranquilo, pois a possibilidade de hemorragia abdominal, era remota. Porém, o inchaço na cabeça precisaria ser contido, com um dreno, que também era cirúrgico. Ramon e Barcelos e Marco vieram me ajudar nas duas cirurgias, e logo consegui fazer os procedimentos, Manuela foi a primeira, pois o caso dela era mais grave, e como a ética médica o pior quadro clínico é sempre o primeiro, porém não era essa minha vontade, por um momento eu quis fazer primeiro o Augustos, mas, por fim meu bom senso profissional e juramento a medicina venceu, então todo sentimento de atrito pessoal que eu sentia por ela foi deixado de lado. E foi o melhor, pois ela teve uma parada cardíaca, e mais alguns segundos poderia ser fatal, a perna infelizmente foi perdida do joelho para baixo. E, a hemorragia foi contida, com sutura interna do baço.

      Com minha consciência tranquila vi ela ser levada ao CTI. 

      Augustos, realmente estava com situação menos grave e logo eu fiz a cirurgia para colocar o dreno diminuindo assim a pressão no cérebro. Já aproveitei também e fechei o grande corte no braço esquerdo dele, para minha surpresa nada quebrado, agora era esperar e ver o quadro neurológico, porém levaria um tempo para ter um diagnóstico.  

       Já era uma meia da manhã, quando enfim, sou chamado por uma enfermeira, pois a irmã da paciente está querendo falar com médico responsável pelo atendimento, segunda a enfermeira a moça se diz quase médica e exigir entra no CTI, para ver a paciente Mirela Fortune. 

    Inicialmente, ouço a enfermeira mas, acredito que deve ter acontecido uma confusão, pois eu mesmo vi e era Manuela a mulher que entrou na emergência, pois ela ainda estava com óculos horroroso no rosto, e com roupas rasgadas de sempre e cabelo preso em uma trança, inclusive foi o melhor, pois ajudou a mesma na hora capotamento, pois cabelos longos e soltos muitas das vezes contribuir para a morte ou gravidade de acidente, pois o cabelos podem vir se prender ou até mesmo sufocar a própria vítima, em casos multiplico capotamento, que foi o caso do acidente deles.

       Então, se tudo que eu vi não for real...?

 

     Logo sinto uma vertigem com meu próprio raciocínio, e sem perder tempo vou de encontro a irmã da paciente, mas já estou completamente de queixo caído com a minha suspeita, que se confirma imediatamente ao vê-la.

      É Manuela, e ela!  

      Já a mulher que operei e minha esposa, um gosto de sangue sobe na minha boca e o medo do que quase fiz, me fez perder as forças, rapidamente duas enfermeiras vem de encontro a mim, Manuela corre e  também  é me ajudar, sou levado desta vez para a mesma sala de emergência que eu mesmo acabará de atender os pacientes, e perdi os sentidos ali, tamanho foi meu choque,pois, eu poderia ter perdido a mulher que amo, e nem ter me dado conta disso! Já que quase eu mesmo a coloquei em risco, porque cheguei a cogitar em atender meu primo primeiro! Mas, para meu completo alívio fiz o certo e não agir por emoção, agora entendo o risco de atender um parente ou amigo, acabamos sendo negligente. Se isso tivesse acontecido, se a Mirela tivesse morrido eu morreria com ela! Meu coração estava a mil por segundo.

      Acordei umas três horas depois e vi que estava no quarto, e que logo Manuela se levantou do sofá e veio falar comigo. 

        — Obrigada, você salvou a vida da minha irmã! Eu não tenho palavras para agradecer, e quero que você saiba que ela não tem culpa, eu a forcei a trocar de lugar comigo!

       — Você fez o quê? — Já me levantei, pois vi que meu pesadelo só estava começando.

  

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