Namoro de Aluguel romance Capítulo 138

Irmão? Todos já foram para casa. - Falou Lana quando se aproximou de Gael que observava as flores em cima da terra recém posta sob o caixão de sua amada.

Gael permaneceu em silêncio e Lana percebeu que era isso que ele queria. Seu irmão era o homem mais disponível que existia, para os outros, para ele não. Então, não emitir uma palavra ou emoção diante do caixão de sua esposa era característico dele. Por isso, Lana apenas ficou calada ao seu lado, simplesmente esperando.

Ela queria abraçá-lo e confortá-lo como tantas vezes ele fizera com ela e com todos que precisavam. queria arrancar sua dor como ele tantas vezes fizera com ela, queria dizer que tudo ficaria bem e que o tempo era o senhor que curava tudo, mas ela sabia que nada que lhe dissesse naquele momento o confortaria.

Aos poucos ambos sentiram uma chuva fina cair, como se fosse um sinal que a água lavaria suas almas, mas nem assim Gael se moveu. Seu maxilar, estava rígido, seus braços e ombros caídos, ele fechava e abria as mãos dentro do bolso de sua calça.

- Lana? - Chamou Jason a fazendo olhar para ele com um olhar pesaroso. - Precisa se proteger meu amor, ainda não está saudável o suficiente para pegar essa chuva. - Completou olhando dela para seu irmão.

- Vá Lana. - Disse Gael a comovendo. Mesmo precisando ser cuidado, ele se compadecia dela e de sua saúde.

- Gael…

- Vá… Apenas me deixe aqui.

- Tudo bem, eu vou. - Disse o beijando no rosto. - Não esqueça que eu te amo. todos te amamos. - Disse pegando a mão de Jason estendida em sua direção.

- Você acha que ele ficará bem? - Indagou Jason caminhando ao seu lado de mãos dadas.

- O meu irmão é forte. - Disse olhando uma última vez para trás onde Gael permanecia imovel, mesmo com a chuva caindo sobre ele. - Mas, estou preocupada. Eu nunca o vi assim.

- Vamos apoiá-lo, seu irmão sabe que tem uma família e amigos incríveis para ajudá-lo.

- Jason, até agora desde que chegamos, o Gael não chegou perto de sua filha.

- Ele só deve estar assustado Lana. Daqui a pouco ele voltará a ser o mesmo Gael que conhecemos. Sabemos que ele ama sua filha como ama a todos. dê apenas um tempo para ele.

- Você tem razão. - Disse indo para casa encontrar a todos.

Quando percebeu que estava sozinho, enfim Gael deixou suas lágrimas caírem. Se prostrando diante do túmulo de sua esposa, apertou com força a terra que agora molhada, guardava o corpo de sua amada.

- July. - Chamou quase que como um sussurro o nome dela esmagando as flores entre seus dedos. - July, por quê? Questionou chorando cmpulsivamente. - Por quê? - Gritou a plenos pulmões deixando a chuva levar sua dor para o céu. - Por quê? - Sussurrava sem parar, sem conseguir sentir paz ou obter alguma resposta que acalmasse o seu coração.

- Olá querida. - Disse Maryane abraçando Lana quando ela entrou em casa.

- Olá. - Respondeu recebendo o calor de sua amiga. - Obrigada por ter vindo, por todos terem vindo.

- É claro querida. - Respondeu beijando seus lábios. - Porque não sobe e troca essa roupa molhada? Depois venha tomar um caldo quente. Os dois. - Disse olhando para Jason com carinho.

- Obrigada Maryane. - Respondeu o rapaz recebendo seu abraço.

- Onde está o Gael? - Indagou Carol ao lado do Brian assim que viu sua irmã entrar na sala sem seu irmão.

- Ele está vindo. Só precisava ficar um pouco sozinho. - Disse caminhando em direção as escadas. - Vou me trocar e já desço para ajudar a servir as comidas e bebidas quentes.

Lana subiu as escadas em direção ao seu quarto ao lado de Jason, porém se deteve no quarto de sua mãe, onde estava Jasmine com sua neta em seu colo dando mamadeira a ela.

- Ah Jason! Isso é tão injusto. - Disse suspirando cansada.

- Eu sei meu amor, eu sei. - Disse o rapaz a abraçando carinhosamente.

- Você lembra? - O indagou encarando seu quarto que estava com a porta aberta. Ela agora olhava para sua cama.

- Como poderia esquecer? Você nervosa porque teria que dividir a cama comigo. - Disse tentando trazer um pouco de humor a sua amada.

- Nervosa? Eu estava desesperada. - Respondeu entrando em seu quarto e sentando na cama. - Já você, estava adorando tudo aquilo.

- Confesso que estava adorando sim, mas não tem noção do quanto me enlouqueceu aqueles dias. - Falou sentando ao lado.

- Como assim?

- Toda vez que entrava ou saia desse quarto, meu corpo queimava, eu queria te abraçar, tirar sua roupa e fazer amor com você, louco e selvagem, depois doce e calmo. - Falou causando calafrio no corpo de sua amada ao tocar em seu braço.

- Eu não imaginava.

- Quando estava ali agachada mexendo nas suas coisas sem perceber o quanto eu já estava surtando com sua presença, você pegou uma lingerie para levar ao banheiro.

- Eu não lembro disso.

- Ah! Mas, eu lembro bem de ter ficado imaginando como seria te vê vestida com aquelas peças por debaixo de suas roupas. - Disse beijando seu pescoço.

- Por que não me contou?

- Eu não sei. - Disse a encarando. - Pena que não pudemos aproveitar mais na casa do lago.

- Eu também sinto muito. Eu queria… Eu…

- O que?

- Você gostou de nós dois? quer dizer…

- Lana. - Chamou Jason segurando o seu rosto. - Eu te amo. E aquele dia foi incrível, eu não mudaria nada e agora eu só penso em novas formas de te dar prazer.

- Eu também te amo Jason. - Falou o beijando de leve para aos poucos o calor começar a tomar conta de seus corpos. Quando Jason a puxou para si, eles ouviram alguém bater à porta.

- Oh! Filha, me desculpe. - Falou sua mãe constrangida. - Eu não sabia, eu não quis atrapalhar.

- Mãe, a senhora nunca atrapalha, está tudo bem.

- Eu vou trocar de roupa no banheiro ali da frente. - Disse Jason um pouco tímido pegando algumas peças de roupa em sua mala e se retirando em seguida. - Com licença.

- Eu sinto muito filha. - Falou sua mãe olhando para Lana.

- Mãe, esta é sua casa, não precisa pedir desculpas. - Disse levantando e indo ao seu encontro.

- Eu só queria avisar que o Gael chegou, ele acabou de subir e foi para o meu quarto. - Falou esperançosa.

- Será que ele vai…

- A Jasmine deixou a menina dormindo no berço e o deixou sozinho. - Falou Catharine indo para o corredor.

- Ele vai ficar bem mãe. Todos ficaremos bem. - Disse abraçando sua mãe preocupada.

- Ket, Catherine…

- Olá Petter. - Respondeu Lana vendo seu amigo subir as escadas.

- Eu gostaria de falar com o Gael, se me for permitido.

- É claro querido. - Disse Catherine o beijando.

- Talvez seja de um amigo que ele esteja precisando neste momento. - Falou Lana assim que ele se aproximou.

- Pode deixar. - Respondeu o rapaz caminhando para o quarto onde Gael estava.

- Mãe, eu vou trocar de roupa e logo desço para ajudar.

- Tudo bem querida! - Temos muita ajuda lá embaixo. A Rebeca, A Maryane, que devo dizer tem sido incrível com seu esposo e filho, até a Martha e Alice estão ajudando. Não se preocupe em descer agora.

Petter bateu na porta e a abriu ao mesmo tempo. Lana ainda viu do corredor um vislumbre do seu irmão olhando para o berço de sua filha e imediatamente se emocionou.

- Eu posso entrar? - Indagou Peter sem esperar a resposta. - Ela é tão linda! - Disse ao se aproximar do seu amigo.

- Ela é sim. - Respondeu Gael falando pela primeira vez.

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