O Vício de Amor romance Capítulo 133

Joana estava indo preparar o café da manhã quando viu Natália já acordada e falando sozinha.

- Não é nada. - Natália desviou o olhar, não queria olhar para Joana:

- Onde estão os ovos?

- Estão na geladeira. Joana abriu a geladeira e não encontrou os ovos, estavam em cima da pia, mencionou:

- Você já retirou eles, não foi?

- O que? - Natália se lembrou ao ver os ovos, ela já havia retirado eles da geladeira, sorriu meio sem jeito dizendo:

- Eu esqueci.

Joana riu, como se entendesse o que ela queria esconder, mas não quis falar sobre isso.

Disse ao chegar mais perto:

- Eu vou ajudá-la, me diga o que eles gostam de comer que eu faço.

- Eles não são chatos com comida. - Natália separou os ovos para fazer um mingau; ela já havia visto Joana cozinhar várias vezes e tinha aprendido como preparar uma comida mais saudável e nutritiva.

Fez somente isso.

- É bom não ter manias na hora de comer. - Joana disse.

As crianças que são chatas para comer são propensas a ter deficiências de alguns nutrientes.

- Verdade. - Natália sorriu para ela.

As duas prepararam o café da manhã juntas, pensando como se davam bem juntas e já se conheciam bastante.

A mansão que estava sempre vazia ficava movimentada às sete horas.

O rosto de Matheus não estava mais tão inchado, mas estava entediado de em casa. Fernanda o vestiu, lavou seu rosto, e então ele correu para a sala para ver sua irmã.

Ele tinha dormido tão bem na noite passada, que ele não tinha ideia de quando sua mãe ou quando sua irmã tinham saído, ele estava sozinho no quarto.

Ficou chateado quando acordou.

Ele estava se sentindo cansado e ainda machucado, como sua mãe saiu sem levá-lo com ela?

Sentou-se no sofá, todo tristonho, soltando um “aff” por estar chateado.

Mariana estava radiante se comparado à tristeza dele.

Foi a primeira vez que dormiu agarrada ao seu pai, mal conseguiu dormir de tão alegre que estava, ficou acordada até de madrugada. E ela ainda estava em sono profundo; seu pequeno rosto vermelhinho estava enterrado no travesseiro, só se via metade do rosto exposto e a boca aberta, estava de boca aberta e babava um pouco.

Jorge sentou na beirada da cama e olhou para ela com nojo, disse:

- Está babando.

Não tinha noção de que ela estava sendo criticada.

Havia um sorriso em seu rosto, como se tivesse em um ótimo sonho, disse com um doce sorriso:

- Papai.

A expressão de Jorge melhorou um pouco, ele apertou as bochechas dela mas a garotinha tirou a mão dele de cima, como se fizesse cócegas. Ele pensava:

- Como seria bom se fosse minha filha.

Ele resolveu ir ao banheiro e não tocar no assunto, ele tinha voltado tão tarde e o menininho encheu tanto sua paciência na última noite que ele dormiu sem tomar banho, sua camisa estava toda amarrotada e grudada ao corpo.

Ele foi tomar banho e, um tempo depois, era possível ouvir o som da água correndo no banheiro. Ele saiu enrolado em uma toalha.

A menina na cama ainda parecia estar dormindo profundamente.

Ele viu a menininha ao abrir a porta do closet.

Era um grande closet com ternos, camisas, abotoaduras, cintos, tudo bem organizado e com cores sóbrias.

A menininha acordou quando a porta de correr bateu; ela esfregou os olhos mas seu papai já havia saído, ela quis chorar.

Ela viu a porta abrir e silenciosamente desceu da cama, correu descalça até a porta do closet e viu o pai.

Felizmente, ele ainda não tinha ido embora.

Ela espiou pela fresta da porta.

Jorge estava de pé em frente ao espelho enquanto afivelava o cinto.

As calças estavam enroladas ao redor de suas pernas longas e delgadas.

Sem camisa, sua pele cor-de-mel, com gotas de água que pareciam de cristal pelo brilho da lâmpada, davam a ela uma visão de que Jorge era alto, comprido, rico e imponente.

Ele secou seu cabelo e seu corpo molhados com uma toalha que estava ao seu lado, tampando a visão da pequenina.

Mariana piscou e não evitou o suspiro, o papai era realmente bonito.

Seu corpo era fantástico.

Ficou alegre e sorridente ao lembrar que havia dormido em seus braços na noite passada.

Ela rastejou na cama e voltou a dormir.

Estava com muito sono.

Esta era a cama do papai e ainda tinha o cheiro dele, ela ficou deitada por um tempo.

O perfume de seu pai ainda estava na cama, ela fechou os olhos e pensava no calor do abraço dele, lentamente voltou a dormir.

Jorge se vestiu e encontrou a menina ainda dormindo em sua cama, mas ela estava por cima das cobertas.

Ele pegou a menina e a cobriu, desceu as escadas vendo que ela não havia acordado.

Joana estava no pé da escadaria, estava prestes a chamá-lo para o café. Quando o viu, ela foi até a cozinha e disse para Natália:

- Hora de comer.

Natália respondeu e levou o café da manhã preparado para a mesa.

Matheus viu o homem descendo as escadas.

Este homem infiel roubou sua mãe.

Ele estava com raiva, muita raiva!

Jorge o olhou com desprezo, pra quem era essa cara feia logo de manhã?

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