O Vício de Amor romance Capítulo 135

O carro foi embora sem que ela tivesse uma resposta.

As palavras de Anderson, por algum motivo, deixaram ela com uma dúvida.

Não seja tola de entregar seu coração e se cegar com a bondade diante de seus olhos.

Era uma clara referência a Jorge.

Jorge viu o que ela estava pensando e deu um sorriso de escárnio.

- Do que você está rindo? - Ela franziu a testa.

- Você acreditou nele?

Natália precisou pensar um pouco antes de responder:

- Não.

Ela não acreditava nisso, mas também não desacreditava, ela desconfiava que aquilo que ele disse tinha algum significado escondido.

Ela ponderou por um instante e disse:

- Deixe isso das notícias para lá.

- Pensou nisso direito?

Natália olhava a paisagem passando rapidamente pela janela e imaginou que fosse como o passado, algo que já não consegue mais se lembrar.

Ela disse com indiferença:

- Pensei melhor nisso.

- Tudo bem.

Ela conseguia descobrir por conta própria, ele não iria interferir.

Seria bom devolver o favor a Anderson e se desligar daquilo tudo.

Houve um súbito silêncio no carro, um clima estranho no qual um não falava com o outro.

Nesse meio tempo, Jorge atendeu uma ligação de Lucas.

Ele disse que Osvaldo estava esperando por ele no escritório.

Natália havia se decidido e ele teria que lidar com os próximos acontecimentos.

O lance das notícias estava fora da conversa, mas ainda poderia recorrer ao vídeo.

Ele não queria o vídeo de Natália tirando a roupa para sair.

Logo, estacionaram o carro na frente do prédio do Grupo Maré. Jorge saiu do carro e deu a chave para Natália, explicando:

- Volte cedo.

Natália pegou a chave e acenou com a cabeça:

- Tudo bem.

Enquanto via ele entrando no prédio, ela entrou no banco do motorista e dirigiu até o aeroporto.

Viu no relógio que ainda tinha meia hora para chegar lá, chegaria na hora.

Era possível ver, mesmo de longe, um avião decolando como se fosse uma grande gaivota indo em direção ao céu.

Ela estacionou seu carro e foi até o desembarque.

Não importa a época do ano, aeroportos são sempre um lugar onde as pessoas vêm e vão, pessoas se encontrando e se despedindo, risos e lágrimas de despedida.

Os olhos de Natália percorriam a multidão.

- Natália, - se virou ao ouvir uma voz familiar, era Annie acenando para ela, usava um vestido e blazer com as mangas levantadas, tênis branco, puxava uma mala.

A Sra. Grace estava do lado dela, modesta e elegante em seu terno marfim e jóias de safira.

Natália sorriu e se aproximou:

- Estou atrasada.

- Exatamente, estávamos aqui te esperando o dia todo. - Annie resmungou, olhando atrás dela:

- Você veio sozinha? O Matheus não vinha com você?

- Ele ainda está um pouco doente e não quis sair,ele nem sabia que você vinha. - Natália também não sabia que ela estava vindo.

Annie tocou seu ombro:

- Cheguei de surpresa?

- Com certeza. - Natália foi franca.

- Estou aqui para te ajudar. - Ela piscou para Natália que, por sua vez, entendeu que ela veio porque a Sra. Grace estava com medo de que ela estivesse muito ocupada em Santa Cruz então a mandou para ajudá-la.

Mesmo se a Sra. Grace não tivesse mandado mais alguém, Natália não ficaria irritada.

Ela só chegou onde está por causa das oportunidades que a Sra. Grace deu a ela.

- Sra. Grace. - Natália já a considerava como alguém da família.

A Sra. Grace deu um sorriso gracioso:

- Vamos lá.

Natália ofereceu para ajudar com a bagagem:

- O carro está logo ali fora.

Natália guardou a bagagem no carro enquanto Annie ajudava a Sra. Grace a entrar no carro.

- Natália, como é que você se tornou tão generosa desde que você voltou para casa? - Annie inspecionou cada detalhe do carro, era um veículo top de linha. Mas conhecia Natália e sabia que ela era bem econômica, então como comprou aquele carro?

- Esse carro não é meu. - Natália disse.

Ela não tem dinheiro sobrando para comprar um carro desses.

Annie quis fazer fofoca, então perguntou:

- Então, de quem é esse carro? Espera, já sei de quem é.

Annie fez uma pausa para pensar e disse:

- Deve ser de um homem rico?

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