O Vício de Amor romance Capítulo 140

Jorge não respondeu.

Natália tentou ficar calma e quieta.

Depois de um tempo, o carro parou no hotel onde ela ficou na última vez.

Natália não se mexia:

- Por que me trouxe aqui?

Jorge abriu a porta do passageiro, puxou seu pulso e a tirou do carro e então entraram pelo hall.

- O que você está fazendo? - Natália tentou se soltar, mas ele segurou com muita força.

Jorge a arrastou pelo hall de elevadores e até a porta do quarto.

Ao destrancar a porta, se ouviu um bipe.

- Que diabos você está fazendo, tenho que voltar, o Matheus ainda não melhorou, eu preciso voltar e ver ele...

Bam!

Antes que ela pudesse terminar sua frase, Jorge a puxou para dentro e bateu a porta do quarto.

Natália gaguejou, seu coração tremeu, já havia visto ele irritado, mas não dessa forma.

O clima estava pesado, como a calmaria antes da tempestade, e a tempestade viria de dentro dele, perguntou:

- Diga, qual o problema?

Natália apoiou suas costas contra a porta fria, suas palmas transpiravam.

Ela não precisava dizer nada, só olhou diretamente para ele, tentando entender o que ele sentia, que sentimento estava escondido sob este rosto bonito?

- Por que você não fala nada? - Sua voz ainda estava fria o suficiente para causar um arrepio na espinha.

- Eu vi a Aline. - Ela estava parada, com as mãos ao lado do corpo, suas palmas suando frio.

Jorge se irritou:

- E daí?

É por isso que ela ficou com raiva de repente?

- Ela me contou uma coisa.

Jorge ficou em silêncio, esperando por ela.

Natália juntou coragem suficiente para dizer:

- Ela disse que você deixou alguns homens estuprarem ela.

Ela encarou ele:

- É verdade?

Ela esperava que ele respondesse que não, ele não era tão cruel.

Ele não deixaria ninguém estuprar Aline.

Ele não é tão frio e com coração de pedra.

Mas a resposta de Jorge a deixou incrédula.

- Sim.

Ela sentiu um incômodo em seus ouvidos, sua garganta fechou como se fosse cuspir uma bola de cabelo, o que impedia ela de falar.

Demorou um tempo para que conseguisse perguntar:

- Por quê?

- Por que você fez isso, você a amava antes, não é? Por que você fez isso? - Natália não conseguia entender.

Não podia aceitar que ele faria isso.

Ela se acostumou com a bondade dele, mas havia algumas coisas sobre ele que nunca entendeu.

Tudo por causa desse homem.

Mas o que ele tinha feito havia oprimido ela.

- Está com raiva de mim por causa disso? - A raiva de Jorge foi se dissipando aos olhos espantados dela.

- Não se importa com isso? Seu coração é de pedra?

Jorge se aproximou para mexer no cabelo dela, que havia se soltado na testa, mas ela não deixou ele tocar e virou o rosto de lado.

- Não me toque.

- Está tão irritada assim? - A mão de Jorge, que repousava sobre sua testa suavemente, coçou o nariz dela:

- Por que está tão zangada?

- Não queria que você fosse tão cruel assim. - As sinceras palavras quase saíram imediatamente de sua boca.

Logo depois que ela disse isso percebeu o quão animado ele estava.

Como era difícil aceitar que ele era aquele tipo de pessoa.

Jorge olhou para o rosto irritado dela, mas achou aquilo vívido e excitante.

Apesar de não rejeitar a sua proximidade agora, ela nunca havia se aberto na frente dele.

Sempre manteve uma margem.

Ele acariciou seu rosto e descansou os dedos em sua testa, fazendo uma pausa longa o suficiente para partir de um sorriso leve para um sorriso forte e profundo:

- Por que você não quer que eu seja insensível?

Natália passou os olhos pelo olhar dele, em pânico, sentia como se o coração dela tivesse sido jogado em um lago agitado.

Por que ela esperava que ele não fosse insensível?

Porque ela já se importava com ele.

O sorriso de Jorge não saiu do rosto e seu olhar perfurou ela:

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