O Vício de Amor romance Capítulo 145

- O quê?

Annie ficou furiosa.

- Não me diga que você não sabe disso!

Natália de fato não sabia, até que viu as pessoas na área de exposição.

Marcelo e Vanderlei.

- Quem desenhou isso? - Marcelo perguntou a Renata, ao parar em frente a um vestido longo, fingindo não ver a etiqueta que estava logo abaixo.

- Eu mesma.

Se não soubesse que aquele homem era rico e não podia ser ofendido, ela lhe diria poucas e boas. Um homem olhando roupas femininas aqui e, o que era ainda mais perturbador, fazendo perguntas o tempo todo!

- Oh! - Marcelo exclamou puxando a longa calda, o que lhe causou um certo desconforto.

Renata procurou ser paciente.

- O senhor tem alguma outra pergunta? Caso contrário, vou deixá-lo à vontade para olhar sozinho, pois estou muito ocupada.

Tenho sim. - Marcelo tocou as delicadas alças do vestido. - Qual foi sua inspiração para este design? Por que as alças são tão finas; para serem facilmente removidas ou para exibir a pele?

As faces de Renata ficaram ruborizadas e ela lhe lançou um olhar mortal.

- O senhor está aqui para criar problemas e destruir a loja, não é mesmo?

- Não, não! Eu só estava curioso. - Sorriu Marcelo. - Destruir? Estou apreciando!

Esta loja é da Natália.

Quem é Natália?

Sabendo o quanto Marcelo gostava de Natália, ele não seria louco de ofendê-la.

- Que tal se você o comprar e eu lhe disser de onde tirei minha inspiração?

- Para quem eu iria comprá-lo se não tenho uma namorada? - Marcelo fez uma careta.

Renata sorriu com doçura, mostrando duas covinhas ao lado da boca.

- Pode usá-lo você mesmo, se está tão interessado.

Marcelo sem palavras.

Vandelei, que estava ao seu lado, não segurou o riso.

- Tá bom, deixa ele mesmo usar! Esse bastardo tem essa mania, sabe? - Vanderlei aproveitou a oportunidade para provocá-lo.

Marcelo lançou-lhe um olhar feroz.

- Se não quiser morrer, melhor você se calar.

- Eu iria... O que está olhando?

Vanderlei notou que o rosto de Marcelo mudou por um momento.

Seguiu seu olhar e viu Sonia cruzando a porta.

Sendo grandes amigos do Jorge, conheciam a Sra. Sonia, sua madrasta.

Tinha sido por causa dela que Jorge havia saído cedo de casa, para morar sozinho.

Também era por causa dela que a relação de Jorge e Ângelo era tensa.

Como era de se esperar, não tinham qualquer sentimento positivo em relação a ela.

É só sobre sua relação com o Jorge.

Apesar de ser uma amante, Sonia não usava vestidos chamativos e sua personalidade era afável, calma e desapegada.

- O que ela está fazendo aqui? - Marcelo franziu os olhos.

Vanderlei não disse nada, mas no fundo não se sentia bem com a sua presença.

Sonia não parecia bem de saúde. Seu rosto estava abatido e ela usava uma discreta maquiagem.

Renata aproximou-se para saudar a visitante.

- Olá!

- Estou procurando por…

Nesse momento Natália aproximou-se. Da última vez que tinham se encontrado, havia lhe dado um convite para a inauguração da loja, mas não esperava que fosse aparecer tão cedo.

- Você veio! - Natália cumprimentou-a com um sorriso.

- Claro! - Ela não iria ficar muito tempo e veio cedo de propósito, temendo se encontrar com Jorge. Ele poderia ficar chateado em saber que ela estava lá.

- Posso falar com você em particular?

Ainda havia tempo e Natália respondeu:

- Ok, venha comigo.

Natália seguiu à frente para mostrar o caminho.

Sonia caminhou deliberadamente devagar, observando a silhueta de Natália, delgada e delicada em seu vestido rosa.

Tinha uma aparência jovial e nada indicava que havia tido um bebê.

Pensou consigo mesma que seu filho era excelente e que esta nora não era má também.

Especialmente depois de saber que havia dado gêmeos ao seu filho.

Embora o resultado do exame ainda não tivesse saído, ela sabia que as crianças eram filhas de Jorge.

Natália abriu a porta da sala de reuniões e virou-se para Sonia.

- Aqui está mais calmo.

- Ok. - Sonia entrou e se sentou no sofá.

Natália lhe ofereceu um copo d’água e sentou-se no sofá à sua frente.

Sonia ficou olhando para Natália e pensando no quanto ela era bonita.

Percebendo que Sonia estava um pouco constrangida, Natália adiantou-se.

- Como tem passado? Percebo que não parece muito bem.

Sonia disfarçou e, encarando-a, disse:

- Estou um pouco resfriada.

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