O Vício de Amor romance Capítulo 151

Natália escondeu a mão atrás das costas subconscientemente.

Isso era importante para ela, não poderia deixar que alguém a ameaçasse dessa forma.

Não tinha como ficar calma, especialmente se a ameaça era para os filhos dela.

- Sim, é muito importante para mim. - Sua atitude foi firme:

- Pode entrar, eu volto já.

Natália saiu novamente após dizer isso.

Jorge desconfiou, sentiu que havia algo de errado com ela, como se ela estivesse escondendo algo dele.

Manoel viu Natália saindo e correu atrás dela, perguntou:

- Por que ela está saindo? O Sr. Angelo e a Sra. Sonia ainda estão esperando.

O olhar de Jorge era frio, não tinha como esconder sua preocupação.

Manoel desistiu de comentar a situação ao encontrar o olhar de Jorge.

Sabia que a relação dele com Angelo e Sonia era ruim, ele provavelmente estava irritado porque vieram sem avisar.

Tentou justificar a situação a Jorge ao pensar nisso:

- O Sr. Angelo e a Sra. Sonia vieram para o seu próprio bem.

Jorge não estava afim de ouvir.

Para seu próprio bem?

Ele ria por dentro, mas, por fora, parecia não se importar, com sua frieza costumeira.

Manoel entrou novamente, sem dizer nenhuma palavra.

A sala de estar nunca havia visto tanta gente antes.

Angelo estava sentado à mesa principal ao lado de Sonia.

Fernanda se sentou com as duas crianças à direita, enquanto Joana estava atrás de Sonia. Todos olharam para ele quando entrou.

- Por que está sozinho? - Angelo mal conseguia segurar seu entusiasmo na pergunta.

Jorge zombou:

- Quem mais você quer ver?

Claro que eram pai e filho, mas sempre que se encontravam pareciam inimigos.

Angelo apertou o couro do braço da cadeira para segurar sua raiva:

- Sou seu pai, ou não sou?

- Eu não tenho escolha. - Jorge sentou-se no sofá.

Mariana olhava para Jorge, queria agarrar ele quando ele entrou, mas Fernanda a segurou.

Matheus, por outro lado, estava bastante calmo, como se soubesse o motivo daquela visita.

Mais do que qualquer outra coisa, ele sabia o que estava na mesa.

- Você... - Angelo não queria ficar irritado, mas não conseguiria ficar calmo ao ser confrontado por Jorge.

Sonia segurou sua mão e o acalmou:

- Relaxa, você tem coisas mais importantes a fazer.

- Se querem ficar nesse carinho, não façam aqui pois estou ocupado. - Ele olhava para Mariana enquanto respondia. Não estava acostumado com a menina que não grudou nele.

Ele já estava acostumado com um pouco de carinho ou um abraço quando chegava.

- Temos algo importante para falar. - Sonia segurava a mão dele, apertando com força para que ele não ficasse irritado e descontasse em Jorge.

Angelo respirava fundo para controlar a raiva, apontando para uma sacola em cima da mesa:

- Leia você mesmo e me diga o que entendeu. Não tente negar essa evidência, não tente esconder de mim.

Jorge ficou imóvel.

O pai e o filho travaram uma guerra silenciosa de olhares.

Houve um longo silêncio.

O impasse durou alguns instantes.

- Papai.

Mariana quebrou o clima com seu chamado.

- Fique quieta - Fernanda sussurrou para ela, tocando seu ombro.

Sonia parecia querer chorar, estendeu seus braços para chamar Mariana:

- Venha aqui.

Os grandes olhos de Mariana encararam Jorge, e então olhou para Sonia. Finalmente, foi até os braços de Jorge, perguntando:

- Papai, porque a mamãe não veio com você?

Toda a raiva e indiferença foram afogadas pela voz doce de Mariana. Jorge respirou fundo e disse, mexendo no cabelo dela:

- Sua mamãe vai voltar logo.

- Idiota!

Angelo bateu no braço da cadeira e se levantou.

Joana havia dito a Angelo que Jorge não tinha certeza de que os filhos eram dele, e que ele não havia contado porque não saberia confirmar. Mas agora que as crianças o chamam de pai, estava na cara que ele sabia.

Isso o desacreditava.

Será que ainda reconhecia Angelo como pai?

Mariana encolheu-se de medo e se escondeu nos braços de Jorge.

Jorge tentava acalmar ela, dizendo:

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