O Vício de Amor romance Capítulo 152

Matheus pegou na mão de sua irmã e disse:

- Vamos encontrar a mamãe, essa não é nossa casa e ele não é nosso papai.

Mariana estava relutante, ela não entendia por que seu irmão estava tão irritado, disse:

- Mas ele é o papai.

- Ele não é! - Matheus nunca havia ficado tão furioso com sua irmã, e dessa vez ele estava muito irritado. Como ela não entendia que ele não queria eles?

Ainda quer ficar aqui e fazer parte disso tudo?

Mariana chorou de medo, ficou com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas, tremia um pouco.

Mas não disse nada pois o irmão já estava irritado.

Ela segurou a mão dele com cuidado e disse:

- Teteu...

- Não fale comigo nem com a mamãe, fale com seu papai infiel.

- Buááá...

Mariana danou a chorar, tentando segurar a mão de seu irmão porque achava que ele não a queria mais.

Por mais que quisesse seu papai, sentia-se mais próxima de seu irmão.

Afinal, era um laço muito mais forte, de carne e sangue, pois vinham da mesma mãe e estavam juntos desde sempre.

Não é como um pai que ela conheceu há alguns dias.

- Teteu, eu errei, não quero mais o papai. Não me abandone, buá...

- Você não é uma menina sem mãe, por que você está chorando?! - Matheus enxugou as lágrimas de sua irmã, seus olhos estavam vermelhos e as lágrimas jorravam dos olhos, sem cair.

Ele pegou na mão de sua irmã e disse:

- Vamos encontrar a mamãe.

- Para onde vocês vão tão tarde? - Fernanda correu para trazê-los de volta.

Sonia e Angelo tinham falado com ela sozinha quando chegaram, e ela sabia o porquê deles estarem aqui hoje.

Com essa reviravolta, ela não tinha certeza do que estava acontecendo entre Jorge e as crianças.

Mas Angelo não seria burro de forjar um DNA para que tivesse que aceitar dois netos ilegítimos.

A família Marchetti era rica e poderosa e não brincava com essas coisas.

Eles se preocupam muito com a linhagem.

Matheus olhou para Fernanda e disse, com os olhos preocupados:

- Quero a mamãe.

Mal conseguia manter os olhos abertos sem chorar.

Ele não queria chorar na frente do quebra-corações.

Não queria que soubessem de sua fraqueza.

Fernanda tentou acalmar Matheus:

- Vou ligar para sua mamãe primeiro, tá bom? Não sabemos onde ela está para ir atrás dela. Espera eu buscar o meu celular.

- Não, eu quero ir buscar a mamãe agora mesmo. - Matheus não queria mais ficar, nem por um instante.

- Teteu...

Joana tentou convencê-lo.

Ela também queria chorar ao ver as duas crianças desse jeito.

Sonia virou para enxugar suas lágrimas; vê-los dessa forma era de partir o coração.

Ninguém conseguiria convencê-lo a ficar. Matheus estava decidido.

- Não precisa tentar me convencer, não tenha pena de nós dois. Nós temos a mamãe, que nos ama, nos dá banho, deita com a gente para dormir. Ela conta histórias, nos ensina a ler e escrever, ela diz o que a gente tem que fazer. A gente só precisa da nossa mamãe, não somos miseráveis.

Matheus puxou sua irmã e saíram.

- Eu vou com vocês. - Fernanda logo os seguiu.

No entanto, alguém foi mais rápido do que ela e, como uma sombra, Jorge parou na frente de Matheus e Mariana. Estava calado antes, mas agora disse:

- Está tarde, onde pensam que vão?

- Por favor, sai da nossa frente, vamos atrás da mamãe. - Matheus chorava escondido pois tentava parecer corajoso.

Perante o olhar de Matheus, Jorge sufocava de tanto desespero. Estava curvado para esconder sua dor imensurável.

Ele agachou diante deles, ficou da mesma altura e examinou as aparências deles. Os rostos, os narizes, os lábios... Não perdeu nenhum canto. Com as mãos trêmulas, tentou tocá-los, mas desistiu no meio do caminho.

Não havia mais coragem.

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