Grávida de um mafioso romance Capítulo 125

- Eu vou muito bem, obrigada, já seu irmão...- estava acabado, sua cara de cansado deixava explícito que não dormira á dias.

Deve ser remorso...bem feito!

- Ele estava bastante cansado e principalmente preocupado com você - Giulia diz e sorrio debochando.

- Duvi-d-o dó, a tal preocupação se chama remorso por ter me traído, mas agora é tarde, não adianta ele ficar se lamentando pelos erros do passado - digo ao roubar um pedaço do seu brioche.

- Mas eu pensei que as coisas estavam melhores entre vocês, você até deu bom dia pra ele - Guilia não reclama porém me lança um olhar de quem não gostou do meu gesto.

- Só foi por educação, eu ainda não o perdoei por ter colocado uma galhada na minha cabeça. Mas não tem problema, um chifre sempre nos torna mais fortes - tomo mais um gole do meu chá.

- Quem te disse isso? - minha ex-cunhada me pergunta segurando o riso.

- Ninguém, eu vi num documentário sobre viados e animais de chifres - estava deprimida demais para me afundar ainda mais assistindo greys anatomy então resolvi procurar o lado bom de um chifre e acabei assistindo duas horas de documentário de como os chifres são importantes para se defender.

Pelo menos, um certo conhecimento obtive.

- Carol, posso te fazer uma pergunta? - ela me pergunta e eu aceno que sim - seja sincera comigo, você acha mesmo que o meu irmão te traiu?

Apesar de tudo o acusar de traição, algo dentro de mim me dizia para acreditar nele pois o mesmo não havia me traído.

Provavelmente era o coração, e como todos sabemos que o coração é burro...

- Acho - digo com base nas provas que a vida fez questão de esfregar na minha cara de otária - e tenho provas suficientes para afirma que sim.

- Desculpa, mas não acredito, me recuso a acreditar que o meu irmão, sendo quem é, seria capaz de te trair - ela se inclina por cima da mesa como fez antes para continuar dizendo - um dos princípios da máfia italiana, é nunca trair a esposa, pois: se você é capaz de trair quem confia em fechar os olhos e dormir ao seu lado, você não é digno de confiança de ninguém.

Aquelas palavras me fizeram de alguma forma ter esperança de que Luigi não tinha me traído como tudo indicava. Eu poderia dar um voto de confiança em Luigi, entretanto a cena dele beijando aquela cenoura de feira ainda estava fresca na minha memória, o que me fazia ter ainda mais raiva daquele italiano mentiroso.

- Quer parar de roubar meu brioche? - Giulia brada quando eu me atrevo à roubar mais outro pedaço.

- Relaxa! Até parece que a grávida aqui é você! - me levanto da cadeira e a mesma me pergunta aonde eu iria - vou ao banheiro.

Deixo minha bolsa e entro dentro do bar em busca do banheiro. Eu estava ciente que após alguns meses de gravidez a minha frequência ao banheiro aumentaria, só que eu não sabia que viraria uma senhora de oitenta anos com incontinência urinária.

Que ótimo! Mal posso sair de casa e ir para qualquer lugar sem ir ao banheiro duzentas vezes.

Ando por entre as mesas procurando por algo que possa me ajudar a identificar onde ficava localizado o banheiro, as palavras de Giulia ainda vagavam na minha mente. Era um dos mandamentos da máfia e acredito que Luigi respeitava isso, porém me vem á mente aquele cara com quem eu, ridiculamente, tentei fazer ciúmes ao meu italiano mentiroso.

Só me lembrar daquela situação, me dava vontade de me jogar de um precipício de tanta vergonha.

O tal Rodrigo Lacorte e a sua má fama de pegar mulheres casadas de mafiosos, se era um mandamento da máfia, então como ele ainda estava vivo?

A minha cabeça frita com tantas duvidas e incertezas, hoje eu queria pela primeira vez sair e não me preocupar com Luigi ou máfia ou qualquer outra coisa relacionada aquela festa trágica. Mas aqui estou eu, remoendo sobre a possível traição de Luigi.

Mais uma vez.

Minha visão começa a ficar turva e escura porém persisto em continuar andando mesmo tonta, posso sentir meu corpo perder um pouco da força cada passo que eu dava, era como se apenas os membros do meu corpo assumissem o comando e não minha mente.

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