Grávida de um mafioso romance Capítulo 132

- Você tem notícias da Mari? - ela me pergunta depois de um tempo calada.

Olho através do espelho retrovisor do carro, Carolina estava sentada no banco traseiro e parecia um pouco angustiada.

Eu não tinha notícias da Mariana desde que a deixei naquela noite. Sei que fui um pouco insensível de tê-la deixado depois de transar com ela, mas foi melhor assim. Mariana merece alguém especial, alguém que a ame e cuide dela da forma apropriada. E eu não sou o mais indicado.

Nem de longe!

O que fiz naquela noite, na verdade, o que fizemos naquela noite foi um mero desejo carnal cheio de interesses secundários. Ela queria se sentir ousada pela primeira vez e eu apenas queria tentar ferir de alguma forma a mulher grávida que eu não conseguia tirar da cabeça e que por consequência estava sentada no banco traseiro do carro.

Me senti péssimo depois daquilo, praticamente um frangalho humano. Tentei diversas vezes tirar Carolina da minha mente e também do meu coração. Porém não estava dando certo, obviamente por tê-la tão perto de mim esse tempo todo.

Era um alívio ao mesmo tempo que era um castigo, ela estava por perto entretanto eu não podia tocá-la, beijá-la e nem ao menos dizer o quão gostava dela e de quanto me agradava ficar na sua companhia.

Me sinto amaldiçoado, como uma maldição de todas as mulheres com que tive casos de apenas noites solitárias, mulheres que ludibriei, enganei e usei como queria. Elas pareciam ter se unido todas contra mim e feito essa desgraça na minha vida.

Não nego que mereço tal castigo, vivi a minha vida tão levianamente que agora que conheci uma mulher que me fizesse sentir como nunca antes alguém me fez sentir, ela estava indisponível.

O que era isso além de um castigo?

- Não, ela não tem falado muito comigo mas sei que ela está bastante focada no trabalho - a cara dela faz uma interrogação e me apresso em explicar - tenho fontes na Montero que me deixam bem informado e parece que a Mari está próxima de conseguir uma promoção - minha notícia faz ela sorri animada.

- Ela merece, nunca conheci alguém tão dedicada e altruísta como a Mari - ela olha para fora da janela e não me controlo quando paro o carro no sinal e observo seus lábios rosados e brilhantes pelo retrovisor.

Ela sem dúvidas estava linda grávida, brilhante e cheia de vida. E aqueles lábios que, sem querer, me deram um selinho rápido naquele dia nunca mais saíram dos meus pensamentos.

Era meu tormento de todas as noites, enquanto estava deitado olhando para o teto do meu apartamento não conseguia me controlar ao relembrar inúmeras vezes daquele momento.

Me agarrei a sua risada depois da minha expressão naquela dia, eu havia me desculpado e ela não pareceu se importar em me beijar, mesmo que por acidente.

Talvez eu esteja me iludindo esse tempo todo em vão e criado esperanças em algo que nunca iria acontecer. Eu tinha que colocar meus pés no chão, Carolina está apaixonada por Luigi e tenho que aceitar que essa guerra eu nunca irei vencer.

Na verdade acho que nunca existiu uma guerra...

O som da buzina dos carros atrás de mim ecoam ferozmente me tirando do transe em que os lábios de Carolina me deixavam. Ela olha para mim e me apresso em seguir caminho até o bar em que marcou com Giulia.

Matteo, Matteo, você não era assim antes...

- Fico feliz de você ter se reconciliado com Luigi...- as palavras mais falsas saem da minha boca e ela me interrompe abruptamente.

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