Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 20

Fazia três dias que Kate estava na casa de Paloma. Ela não tinha ouvido falar de Colton uma única vez e estava resignada com o fato de que ele a tinha usado. No entanto, ouviu de seu proprietário que se ela quebrasse o contrato, precisaria pagar o aluguel até que ele encontrasse um novo inquilino. Não havia como ela conseguir pagar tanto seu apartamento quanto sua parte no de Paloma, então decidiu esperar mais alguns dias antes de voltar. Ela precisava de tempo para se preparar para os ataques de gritos de mulheres que ouviria de novo.

Paloma havia comprado para ela alguns tampões de ouvido que fizeram Kate rir.

Ela estava agora sentada ao lado de uma mocinha loira, folheando os papéis de uma estadia em um lar que acomodava mulheres vítimas de violência doméstica. Ela estava focada na tarefa em mãos e ignorou o barulho do celular enquanto digitava os últimos detalhes.

“Ok, Molly. Vou enviar isso aqui. Você está com as suas coisas aí com você?” A moça loira assentiu, e Kate continuou: “Posso te levar até lá. Não é longe."

Molly agradeceu e pediu para usar o banheiro. Kate assentiu, apontando para o corredor, antes de voltar para a tela de seu computador. Seu telefone tocou de novo, e os olhos de Kate desviaram na direção dele. Um número que ela não reconhecia apareceu na tela.

“Não sei por que disse o que disse. Eu sou um maldito idiota.”

Os olhos de Kate se estreitaram na tela, imaginando quem diabos seria. Seu coração saltou, esperando que fosse Colton, mas ela não tinha certeza.

“Desculpe, quem é?”

Molly voltou do banheiro, e Kate sorriu para ela: “Vamos. Já está tudo certo. Vamos pegar suas coisas e ir pra lá. Acho que você vai gostar de lá. É bom o bastante para que você possa se sentir confortável enquanto se recupera. Vou passar para te ver amanhã, para ver como você está se adaptando.”

Depois de se certificar de que Molly se sentia confortável em seu novo quarto, Kate ligou para seu escritório, dizendo que trabalharia de casa pelo resto do dia e pedindo para desviar suas ligações para o celular. Sentou-se no carro da empresa, deixando-o em ponto morto enquanto pensava se voltava para a casa de Paloma ou para sua própria casa.

Na casa de Paloma teria a Florence, e Kate não sabia quanto trabalho ela conseguiria fazer lá. Suspirou, desligando o carro e entregando as chaves de volta ao segurança, antes de arrastar suas coisas para a rua, já chamando um Uber. Esperou alguns minutos antes de entrar no carro que parou à sua frente.

Quando seu complexo de apartamentos apareceu, Kate soltou um suspiro agudo. Ela esperava que Austin não estivesse por perto, e embora sua cabeça gritasse que queria evitar Colton, seu coração saltou com o pensamento de que talvez, só talvez, ela visse seu rosto bonito.

Subiu as escadas, e então seu coração parou ao ver a porta firmemente fechada.

Ela suspirou e destrancou a porta de seu apartamento, entrando em casa. Estava tudo exatamente como quando ela havia deixado, e Kate não conseguiu entrar em seu quarto. O peitoral tatuado esparramado sobre seus lençóis era uma imagem que ficaria para sempre gravada em sua mente, e ela não tinha coragem de ver o quarto vazio de novo.

Jogando-se na sala, ela abriu seu notebook e se enterrou em e-mails de trabalho. Não demorou muito para que ouvisse uma leve batida. Estava tudo muito quieto para ter sido em seu próprio apartamento, e seu coração parou quando ela percebeu que deveria ser a porta de Colton. Ela engoliu em seco, esperando pelas vozes.

A voz rouca de Colton quebrou o silêncio, seguida pela de uma mulher. A respiração de Kate ficou presa na garganta. Ela sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, mas não tinha conseguido se preparar para aquela dor no peito.

A mulher deu uma risadinha, e ela pôde ouvir suas vozes ficarem mais baixas enquanto eles iam para o quarto. Austin estava certo. Ela seria forçada a ouvir aquilo todas as noites, agora afetando-a de uma maneira completamente diferente. Em vez de tristeza, ela sentia náusea.

Seus olhos se esforçaram para se concentrar nos e-mails à sua frente, mas ela percebeu que havia lido a mesma linha três vezes e ainda não tinha ideia do que estava escrito.

“Ah, caralho!” A mulher gemeu alto o suficiente para que Kate ouvisse na sala de estar, seguido por um outro gemido: “Isso, bem assim!”

Colton grunhiu, e Kate resmungou. Ela agarrou as almofadas do sofá, colocando-as sobre as orelhas e tentando desesperadamente abafar o barulho.

“Não para, Colton!”, a mulher gritou, e Kate ouviu o familiar bater da cabeceira contra a parede antes que tudo silenciasse. A voz anasalada da mulher choramingou por entre sua respiração irregular: “Por que você parou? Eu disse para não parar!”

A voz de Colton era mais baixa, e Kate se esforçou para ouvi-la, mas foi inútil. A voz da mulher estalou: “O que você quer dizer com ‘sai daqui’? Nós não terminamos.”

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