Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 58

—Nos tempos atuais, como disse meu pai, somos medidos pelo status virtual que criamos na internet. Nosso valor é decidido pelo que postamos em blogs, no Instagram, Twitter, Facebook e dezenas de outras redes sociais. Como podemos viver sem isso? – dissera ela – Não apenas esses pontos, mas fazemos compras e trabalhos pela internet. A globalização da internet uniu pessoas, famílias e nações em um só lugar. Como podemos abrir mão disso? Mesmo sabendo que a segurança é falha, não podemos simplesmente deixar de viver por isso. Porque nossas vidas estão na internet. O que podemos fazer é garantir que as pessoas que não podem se defender daqueles com intenções maliciosas tenham quem as protejam nesse mundo virtual. Aqueles entre nós, do curso de TI, que forem seguir pela área de segurança da internet podem fazer isso. Quem guardará os Guardiões? Nós. Somos nós quem vigiaremos nossos guardiões.

Após a última frase a garota suspirara em silêncio. Encarara Leonel, Trixie, seus amigos, os professores e por fim o pai, sorrindo ao seu lado. Teria falado alguma bobagem? Talvez sim e nesse caso, era uma boa hora para parar.

Enquanto devolvia o microfone para o pai, ouvira atrás de si alguém começar a bater palmas. Em seguida o pai acompanhara e por fim toda a plateia tomava a mesma atitude. Ao ver que fora a diretora Miss Wingates quem começara, Isa imaginara que não havia quem não a seguiria. De qualquer forma, estar ali e ter aquele tratamento diante do pai a fazia se sentir bem. Ele deveria estar orgulhoso dela e era essa a razão de cada minuto de seu esforço.

Após aquele encerramento inesperado, as portas se abriram e a diretora se despedira dos presentes, se retirando. Isadora acreditava nunca ter ficado tão perto e por tanto tempo próxima daquela mulher. A garota, juntamente com o pai, Katie e Leonard foram os últimos a sair. Os amigos tinham sido convidados para jantar e ficaram aguardando enquanto Diego falava com todos da sala de aula de TI. Além disso, Isadora nunca fora tão elogiada em toda a vida e estava carregada de orgulho daquele fim de noite.

De acordo com o Diego, Dona Lúcia, a mãe de Isadora, estava fora da cidade e chegaria a tempo de os encontrar em um restaurante onde tinham reservas na cidade, um lugar que fizera o coração de Katie bater ainda mais forte ao ouvir o nome. Aquele restaurante que a traria tantas boas memórias.

Leonel, Trixie e Josh eventualmente haviam sido convidados, mas tinham recusado. A loira junto de Leonel cumprimentara Diego e parabenizara Isa pelo projeto e pelo discurso com um sorriso tão brilhante como se fossem melhores amigas. Como dizia Leonard, ela era um ótima atriz.

Quando estavam todos já no lado de fora do colégio, próximos ao Chevrolet Corvette Z06 de Diego, Isadora se lembrara de ter guardado a carteira com seus documentos em seu armário do colégio, pois não tinha como apresentar o projeto a segurando e o vestido que usava não permitia esconder nada.

Katherine e Leonard sequer hesitaram quando Isa dissera para que ficassem conversando com o pai, pois buscaria os documentos e voltaria em um minuto. De volta ao colégio, logo após apanhar a carteira, ao se virar no corredor vazio para retornar ao carro, a garota dera de cara com Leonel, que também voltava após apanhar algo em um armário.

—Imaginei que você e Trixie fossem sair para comemorar. Foi uma semana cansativa. A propósito, meu pai realmente amou o projeto que desenvolveram. Fico feliz por isso. Obrigada – dissera a nerd, procurando parecer natural.

—Vamos sair para jantar, mas não é um encontro, se era o que sugeria. Nós dois fomos convidados por outros alunos e professores. Na verdade, nem posso demorar muito, preciso estar no estúdio para organizar detalhes de uma reunião amanhã às sete horas. Clientes da Finlândia – respondera o rapaz – Vamos sair qualquer dia para beber alguma coisa, você e eu.

Ele havia mesmo a chamado para sair?

Novamente Isadora sentira aquela onda de pânico misturada com tesão em cada célula de seu corpo. Algo dentro de si dizia para aproveitar a chance e o beijar ali mesmo. Estavam apenas os dois em um corredor com a maior parte das luzes apagadas, sem testemunhas. E nem seria uma chupada como da outra vez. Era o que ela deveria fazer, aceitar a deixa e tomar a iniciativa.

Por outro lado, se a calcinha já estava molhada, as palavras tinham ficado enroscadas na garganta, sentia a língua seca, torcia para não bater os dentes e sabia que por debaixo do longo vestido estava com os joelhos tremendo.

—Claro… é… podemos amadurecer essa ideia…

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