Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 215

Assim que entrei em casa, Ben estava com Maria Lua no colo. Uma pequena mala estava perto da porta.

Quase corri em direção aos dois, abraçando-os, enquanto Maria Lua reclamava da forma como era prensada entre nós.

- Pelo jeito deu tudo certo. – Ele observou, me entregando a pequena, que eu beijava sem parar, sentindo a pele delicada e fina junto do cheiro que eu definia como “perfume de amor”.

- Melhor do que eu esperava. E olha que começou com ele no ofurô acompanhado de duas vagabas.

Ben arqueou a sobrancelha:

- Interessante. Você se juntou a eles, então?

- Claro que não. Botei elas para correr.

Ele me olhou dos pés à cabeça:

- Por meus sais, você está horrível. Quem quereria uma mulher assim, exceto pelo fato de poder vender a marca das roupas estampada nos tecidos?

- Heitor Casanova... Para você ver, ele me quer até com as roupas dele. – Sorri.

- Levou colherinha na bolsa?

- Estou num ponto que colherinha não resolve de mais nada.

- Bem, então agora vocês casam, Maria Lua é dama de honra e vivemos felizes para sempre?

- Quase lá, eu acho. Precisamos de somente quatro calcinhas para este dia chegar.

- Simples, entregue a ele e pulamos uma etapa, indo direto para esta parte.

- O problema é o tempo entre a sexta e a décima. Não é tão fácil assim.

- Ok, contagem regressiva de tempo através das calcinhas da minha amiga. Novo calendário oficial de Noriah Norte.

Olhei no relógio:

- Vá, senão se atrasará.

- Não querendo acabar com seu conto de fadas, mas já imaginando que ele não sabe a verdade, vendo a forma como sorri feliz e sonhadora, aproveito para dizer que Salma menciona sobre o dinheiro que guardou para Malu no diário.

- Você conseguiu achar? Isso é ótimo.

- Li boa parte dos diários, pelo menos das páginas que falam sobre o que ocorreu depois da gravidez.

- E...

- Entre os mais de cinquenta homens com quem ela dormiu depois de Heitor Casanova, menciona que abriu uma conta quando soube que estava grávida. Ela já tinha uma boa quantia guardada, que não diz o valor, mas creio que não era pouco. Nossa amiga ganhava uma boa grana para dançar nas caixas de vidro, fora os presentes pomposos e de valor que o trabalho lhe rendia.

- Programas?

- Não vejo desta forma. Ela transava porque gostava e os presentes somente aceitava. Se não havia um agrado ao final, pelo menos ela teve prazer.

- Isso é... Estranho.

- Mais do que planejar engravidar de um homem que mal conhece para ficar rica? De Salma eu não duvido mais nada.

- Não... Não mais do que isso. Mas concordo que podemos esperar qualquer coisa dela... Mesmo morta.

- A questão é: existe uma conta. O mistério: páginas foram arrancadas do diário.

- Como assim?

- Só daquele caderno. E isso me deixou com a pulga atrás da orelha. Acha que ela poderia ter arrancado?

- Não. Se ela fazia questão de descrever cada passo da sua vida, inclusive um plano sórdido de gravidez, por que arrancaria alguma parte?

- Uma conta tem um cartão... Ou pelo menos deveria. Eu revirei tudo... E não existe nada que nos leve a uma pista deste dinheiro.

- Eu sinto por Maria Lua... Salma fez isso pela filha. E se não encontramos nada, cartão ou número de conta, jamais ela vai receber um centavo do que a mãe lhe deixou.

- Eu não desisti de encontrar. E não é pelo dinheiro e sim por curiosidade. E também pela nossa pequena.

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