Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 217

- Contar a um homem que nunca quis ser pai que ele tem uma filha com uma mulher que nem conhece... Eu estou fodida, vó.

- E esqueça o que eu disse. Mentir nunca é a solução, querida. Talvez eu tenha ficado fora de mim um tempo.

- Heitor disse que minha loucura é contagiosa – comecei a rir – Eu não vou mentir para ele, não se preocupe.

Ela me deu um beijo na testa:

- Preciso ir. Qualquer coisa, me ligue. Volto na terça para ver como está nossa pequena. E se Heitor acreditou que era pai – ela pôs a mão na testa. – Deus, isso vai ser complicado!

- Eu sei. Talvez uma das coisas que me deixaram mais ansiosa até hoje.

- Não vá sem Ben.

- Eu sei. Não vou.

Ela saiu e eu fui para o quarto e coloquei uma roupa confortável. Apesar de não ter dormido na noite passada, estava elétrica e sabia que não conseguiria deitar e dormir de imediato. E tinha medo de ferrar no sono e não ouvir Maria Lua chorar.

Deixei a mamadeira dela pronta no micro-ondas e sentei no sofá para assistir um filme, da série: “Para rir”. Mas quando me dei em conta, estava colocando o show do Bon Jovi em Noriah Norte, na noite que eu não pude assistir porque minha menina nasceu.

Meu celular vibrou e abri a mensagem do DESCLASSIFICADO MOR, já sentindo meu corpo estremecer e o coração parecendo querer deixar o meu corpo.

Desclassificado Mor: Não sei se já está dormindo, mas igual, desejo boa-noite. Caso só abra a mensagem amanhã, bom dia.

Sorri e digitei:

Babi: Boa noite. Ainda não consegui dormir.

Desclassificado Mor: Aposto que pensando em mim.

Babi: Só um pouquinho.

Desclassificado Mor: Também não dormi ainda. Foi um dia cheio. Queria você comigo agora.

Babi: Estou com você. Meu coração e minha mente, sempre.

Desclassificado Mor: Dia cheio de problemas. Ainda assim enquanto o mundo desabava na minha cabeça, eu pensava em você.

Mandei uns mil emojis de coração.

Babi: Problemas na North B.?

Desclassificado Mor: Sempre há problemas na North B. Se ela fosse como a Babilônia eu seria um homem feliz.

Babi: Lembra do jantar na segunda-feira?

Desclassificado Mor: Lembro que alguém roubou minha chave, que algemei uma loira gostosa na cama, fodi ela com força, marcando seu pescoço. Beijei uma tatuagem do Bon Jovi... E abri caminho para comer seu c...

Alguém bateu na porta com força, me assustando. Nem li o restante do que ele escreveu.

Babi: Só um minuto. Estão batendo na porta aqui.

Desclassificado Mor: Quer que eu repita o faltou eu comer?

Babi: Chegou alguém. Vou atender.

Abri a porta e dei de cara com a mãe e o padrasto de Salma. Foi como se eu estivesse em outra dimensão. Tudo escureceu ao meu redor.

Meu coração bateu tão forte e senti minhas pernas amolecerem e um frio percorrer meu estômago, descendo pela barriga:

- Vocês... Estão no lugar certo? Acho que erraram a porta. – Tentei convencê-los.

- Não. Queríamos falar com você mesmo, Babi. – A mãe de Salma disse, enquanto mascava um chiclete de boca aberta, os cabelos ruivos presos num rabo de cavalo no topo da cabeça, os fios parecendo terem sido eletrocutados na rede elétrica. O batom vermelho mais fora do que nos lábios.

- Comigo? – Perguntei, surpresa e ao mesmo tempo receosa.

- Vim saber sobre o dinheiro que Salma deixou para a filha.

Foi como se o mundo desabasse na minha cabeça exatamente naquele momento. Eu chegava a sentir o peso do concreto, como se tivesse me destruindo vagarosamente, até eu me transformar em pó.

Com dificuldade, saí da frente deles, que entraram sem rodeios.

Ben, por que você teve que viajar justo hoje, porra?

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas