Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 233

- Babi? – Ela Atendeu de imediato, com a voz preocupada.

- Vó, eu preciso de um favor.

- Meu Deus, querida. O que houve? Tudo bem com Maria Lua?

- Sim... Quer dizer, por enquanto sim. Eu estou bem. Mas será que poderia transferir um dinheiro para minha conta... Agora?

- Está sendo chantageada? Foi sequestrada? Por Deus, não me apavore.

- Vó, eu estou segura, dentro do meu apartamento, com Maria Lua. Ben ainda não retornou da Itália. Mas... Eu... Eu vou viajar com ela, vó. Deu tudo errado com Heitor e preciso de dinheiro imediatamente.

- Como assim vai embora?

- Os pais de Salma apareceram.

- Eles querem a menina?

- Não, eles querem o bem-estar que ela pode lhes proporcionar. Mas vó, eu nem sei quem é o pai dela agora.

- Não sabe? Mas... É Heitor, todos sabemos.

- Não... Não é.

- Claro que é. Ela escreveu.

- Sim, ela escreveu que dormiu com Heitor e planejou a gravidez. Mas não contava que ele tinha vasectomia. Então Maria não é filha do CEO da North B. E... Aposto que nem Salma sabe quem poderia ser o pai da filha. E sequer há os diários para que eu possa tentar descobrir.

- Você estará roubando esta criança.

- Por Deus, vó. Preciso do dinheiro, agora. Se você não me der, eu vou pedir para outra pessoa e sabe disto. Prometo que quando estiver em segurança, lhe conto exatamente tudo como aconteceu. Agora eu só preciso disso... Por favor.

- Quanto, Babi?

- O quanto você acha que eu posso precisar. – Preferi não dar o valor, porque eu não sabia. Para mim aquela menina valia mais do que qualquer coisa.

- Estou transferindo uma boa quantia para sua conta agora mesmo, Babi. Mas prometa que depois me conta... Ou melhor, assim que puder e estiver em segurança.

- Prometo.

- Por que não vem para cá, querida? Eu posso cuidar de vocês... Ninguém procuraria pelas duas aqui.

- Não dá... É muito perto. Noriah Norte não dá mais para mim e minha filha.

- Eu já perdi sua mãe... Não vou perder você. Assim que se estabelecer, me avise. Vou embora com vocês.

Senti meu coração acelerar imediatamente e uma onda de calor invadir meu corpo. Havia amor ainda no mundo... E por mim e a pequena que fazia meus dias serem mais felizes. Eu não estava sozinha.

- Obrigada, vó. Eu não vou negar que gostaria muito da sua presença ao meu lado, me ajudando a criar nosso pequeno raio de sol.

- Estarei com vocês. O dinheiro está transferido.

- Amo você.

- Amo você, Babi. Você é o “meu” raio de sol.

Eu não tinha tempo para chorar. Apertei os olhos com os dedos, impedindo a porra das lágrimas de caírem. Fui correndo até a porta e girei a chave na fechadura.

O casal seguia acampado na minha porta.

- O número da conta. Vou transferir o dinheiro.

- Preferimos dinheiro vivo. – Breno afirmou.

- Eu não tenho como lhes dar dinheiro vivo. Não menti quando disse que não tenho nada. Eu acabei de pedir emprestado. Acha mesmo que alguém traria uma mala de dinheiro na minha porta uma hora destas da madrugada? Somos pobres, esqueceram? Não estamos num filme...

- Ah, deixa de ser chato, Breno – Anya pegou o telefone celular – Estou passando os dados por aqui.

Imediatamente meu celular bipou, com os dados da conta dela enviados por mensagem. Fiz a transferência de um valor alto que Mandy depositou na minha conta.

Anya ficou esperando até o valor ser transferido. Assim que viu a quantia, cutucou Breno com o dedo indicador. Ele pôs o rosto próximo da tela e vi que os olhos dele brilharam de satisfação.

- Está bom... – Anya disse, sorrindo.

- Por hora. – Ele completou.

- Sim, eu sei. Logo vão querer mais... E mais... E sempre mais. Sei bem como funciona isso – sorri – Eu não tenho mais. Façam o que quiser a partir de agora. Só quero que sumam da minha porta.

- Uma semana dá para viver com esta grana – Breno falou – Depois disso vamos precisar de mais.

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