Um Sheikh no Brasil romance Capítulo 48

— Vamos lutar pela Agnes como homens de verdade, machão. Daquela vez Você me pegou de costas. Agora saia do seu esconderijo e me enfrente de frente. — Disse Matheus. Continuei olhando sua figura esguia enquanto ele colocava a arma no chão e a chutava para longe dele estendendo as mãos para o alto e transmitindo um sorriso cínico entre os lábios.

Se o que Matheus queria era levar uma porrada minha, era isso que ele receberia. Sai do local escuro que estava e me prostrei de frente a Matheus. Nós dois agora como numa batalha de vida ou morte no corredor estreito um de frente para o outro.

— Estou aqui. — Disse entre dentes e para minha maior fúria um sorriso de dentes se formou na face de Matheus que aproveitou para falar:

— Não se preocupe, Seth. Eu deixo Você de telespectador quando eu fuder a sua noiva. — E naquele momento minha fúria foi tanta que eu parti com toda a força que cabia em mim na direção de Matheus desferindo um golpe no seu estomago. No entanto, deixei minha retaguarda aberta recebendo uma cotovelada na cabeça que me jogou para o joelho de Matheus que me atingiu em cheio me deixando no chão.

Ainda assim, não me dei por vencido. Minha fúria ainda era grande, mesmo em face do sorriso de escárnio que Matheus tinha dirigido a mim. Levantei-me e parti em sua direção novamente. Consegui socar o seu rosto novamente, dessa vez desfigurando a sobrancelha de Matheus que formou-se em um corte que passou a sorver sobre o olho direito descendo em direção aos lábios. Com um olhar sanguinolento e desvairado, Matheus lambeu o seu próprio sangue que caia sob os lábios enquanto o machucado ainda não coagulava.

— Eu vou te matar, seu desgraçado! — Disse, o que fez Matheus rir achando graça do que eu dizia.

— Vai, mata! — Ele exasperou estendendo o peito e com uma raiva sem igual acertei um soco no seu estômago. Contudo, Matheus pegou o meu braço e me imobilizou com o que parecia um mata leão, mas ele não era tão forte como imaginara ser e com um chute nas suas pernas, consegui arrumar espaço o suficiente para sair do mata leal e o derrubar de bruços no chão.

Comecei a puxá-lo em minha direção de forma que ele pudesse se levantar no chão, mas ele se esgueirava pelo mesmo enquanto eu percebia que da minha cabeça respingava sangue do golpe que outrora eu tinha recebido. Contudo, antes mesmo que eu conseguisse pensar no que Matheus estava fazendo a sua arma estava em riste apontada na minha direção e um sorriso se formava nos seus lábios.

No mesmo segundo, a luz volta a se desligar e eu volto a me afastar de Matheus de forma a não receber um tiro. A raiva ainda me contamina por inteiro, mas não tem nada que eu consiga pensar, pois logo ouço um autofalante falar:

— Aqui é a polícia. Saiam rendidos ou entraremos. Aqui é a polícia, Vocês estão cercados. — E antes que eu pudesse pensar sobre isso também, as luzes voltam e Matheus está mais confuso do que eu estava.

Seu olhar paira por todo o corredor a minha procura. Ao perceber que não me Vê, Matheus se levanta com a arma em mãos e sai correndo do corredor em direção a porta onde está a polícia. Ouço distante então Martha falar:

— É ele. — E para minha surpresa ouço um tiro e percebo que a polícia feriu Matheus que provavelmente tentou fugir novamente. Solto um suspiro de alívio, pois parece que o pesadelo está chegando ao fim, muito embora eu quisesse enfiar o soco no rosto de Matheus a fim de fazê-lo aprender.

Eu realmente esperava que a polícia pudesse fazer isso por mim.

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