Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 17

POV: Hyun-Suk

Isso é estranho de dizer, mas, me sinto bem.

Depois de enfim tomar coragem e aceitar que eu preciso ㅡ e quero ㅡ Jaejun perto de mim, decidi ir atrás do que acredito ser o correto, e agora tenho meu garoto dos cabelos de fogo perto de mim outra vez.

Ter Jaejun perto assim, mesmo que enroscado em meu pescoço como está agora quando estamos sobre a sua cama, é tudo o que me faz sentir que eu realmente fiz o certo seguindo o que ㅡ talvez ㅡ meu coração havia pedido.

Não estamos nus, não estamos sequer nos tocando. É apenas isso, um abraço silencioso e muito bom.

ㅡ Você não deveria estar aqui. ㅡ ele rompe o silêncio, erguendo o rosto que está sobre meu peito, sorrindo. ㅡ Eu cedi com muita facilidade...

ㅡ Não seja tão mau, meu bem. Estamos bem assim, não acha? E pensar que você quem me puxou até aqui quando eu só iria te deixar na sala e ir embora após roubar alguns beijos, eu acho que você está bem comigo aqui. Não era o que queria?

Jaejun sorri, me apertando ainda mais em seu abraço. Sua bochecha se esmaga em meu peito mais um pouco.

ㅡ Era...

ㅡ Então só vamos ficar mais um pouquinho assim, tudo bem? É gostoso te ter perto assim.

Ele assente, suspirando e voltando a ficar quietinho no silêncio. Olho como sorrateiramente, Jaejun leva seus dedos até os meus e assim começa a brincar.

ㅡ Sabe... Jackson jurou que quebraria suas pernas, preciso avisar que não será mais preciso.

Eu rio, desacreditado.

ㅡ Mas o que eu fiz para ter minhas pernas quebradas?

ㅡ Me fez se apaixonar por você e por um momento isso doeu muito. ㅡ fala calmo, mas sua pequena e sutil declaração faz todo o meu corpo tremer e instantaneamente meu coração acelerar.

ㅡ Você está mesmo apaixonado? ㅡ pergunto baixo.

Jaejun suspira, mas não parece querer esconder nada, então apenas assente com tranquilidade e me olha outra vez.

ㅡ Tudo bem para você eu estar apaixonado?

Observando seu rosto bonito outra vez, sorrio e ergo minha palma apenas para acariciar a bochecha fofa.

ㅡ Tudo. Eu também quero me sentir assim por você.

Ele ri, negando. Então se ergue um pouquinho sobre a cama, parando com o rosto de frente ao meu e me beija.

ㅡ Seu bobo, tenho certeza que esse coração já me pertence.

ㅡ Tanta certeza assim? ㅡ brinco, roubando outro beijo.

Jaejun assente, sorrindo e fechando os olhos apenas para repousar a cabeça sobre meu ombro.

Sinto seus dedos voltarem a brincar, mas dessa vez é sobre meu queixo, dedilhando aquela área com suavidade.

ㅡ Quer saber como foi meu primeiro dia no trabalho? ㅡ ele pergunta.

ㅡ Adoraria, meu bem.

Então Jaejun se ergue, sentando-se sobre os joelhos, e como uma criança animada conta-me tudo de seu dia. Com detalhes, pausas e até dramas.

Ouço tudo com atenção. Até mesmo a parte em que ele fala como o seu "Hajun chefinho" é bem-humorado, prestativo e como ele é ainda mais bonito do que havia percebido ser.

Essa parte me deu certo incômodo ao ouvi-la, mas tudo bem, Hajun é meu amigo e jamais tentaria me roubar minha flor assim.

ㅡ Você vai... dormir aqui? ㅡ ele pergunta, retirando a gravata que ainda usava, e eu até mesmo esqueço de responder sua pergunta, já que me perco em como ele ficou ainda mais bonito assim.

Arqueio minhas sobrancelhas, desviando meus pensamentos sobre ele e sua beleza.

ㅡ Você quer que eu fique?

Jaejun dá de ombros.

ㅡ Você quem sabe...

ㅡ Tudo bem. Eu durmo.

Ele sorri, deixando a gravata no canto e abre a camisa social que usa.

ㅡ Você comprou essas roupas? ㅡ pergunto me sentando sobre a cama.

ㅡ Jack me emprestou, são um pouco apertadas já que ele é um pouquinho mais magro que eu, mas quando receber meu salário compro um novinho.

ㅡ Vou marcar uma hora para você com o meu alfaiate. São ternos italianos, você gosta? O tecido é um pouco mais pesado, mas fica bastante alinhado no corpo. Em você ficará lindo.

ㅡ Eu... não sei, nem sabia que existia diferença. São muito caros?

ㅡ Meu bem, é mais divertido se você não souber o preço, sabia disso?

ㅡ Mas, Hyun-Suk... ㅡ ele faz bico, é claro que ele se sente desconfortável quando menciono qualquer coisa cara assim.

Talvez ele gere algum tipo de sentimento negativo sobre si mesmo se aceitar? Mas, caramba, eu quero mostrar que Jaejun pode ter tudo, e não é porque quero ficar com ele. Porque é óbvio, eu quero muito. Mas é porque eu... gosto muito dele. Ele merece o melhor.

ㅡ Meu bem, não se sinta mal em aceitar meus presentes.

ㅡ Eu só não quero que gaste com bobeiras para mim... se você continuar gastando seu dinheiro assim, uma hora ele acabará...

Me ergo da cama, sorrindo enquanto caminho em direção a ele. Tomo a liberdade de abrir o restante dos botões de sua camisa, olhando dentro de seus olhos.

ㅡ Meu bem, você tem ideia de quanto ganho por minuto? ㅡ Jaejun ofega quando abro sua camisa e deslizo apenas uma mão por sua cintura fina que logo se perde em meu toque. Vejo-o negar com a cabeça. ㅡ trezentos dólares.

ㅡ Por minuto? ㅡ ele arregala seus olhos tão lindos. Sorrio, apreciando como aquele seu modo é gracioso, mas assinto.

ㅡ Por minuto. São dezoito mil dólares por hora, mais de quatrocentos se contarmos por dia. Então quando eu digo: não se preocupe, por favor, não se preocupe, está bem?

Jaejun se mantém com seus olhos arregalados, mesmo quando eu me aproximo e beijo brevemente seus lábios que me matam a cada toque. Ele ainda se mantém assustado.

ㅡ Você acabou de me deixar completamente desconfortável.

ㅡ Não foi essa a intenção. Só quero que saiba que eu tenho dinheiro, gastar não é um problema.

ㅡ Eu não fazia ideia de que você é tão rico assim, Hyun-Suk... agora estou com vergonha.

ㅡ Vergonha, Jaejun? ㅡ rio, negando outra vez. ㅡ não fique.

ㅡ Juro que estou mortinho. Imagina, você ganha tudo isso e está aqui? Nessa casinha velha, nesse quarto sem graça e comigo?

ㅡ Estou no melhor lugar que eu poderia estar. E sabe o porquê? ㅡ ele morde o lábio inferior. Ele não mentiu quando disse que estava envergonhado, suas bochechas começam a ficar rosadas e o tom só vai ficando mais forte. ㅡ porque estou com você. Fosse aqui, na minha casa, em qualquer um dos meus prédios e apartamentos, eu ainda estaria no melhor lugar apenas por estar com você.

Jaejun sorri, seu jeito tímido me deixa louco, por isso levo minha outra mão e o aperto na cintura, trazendo-o completamente para mim.

Ele ofega, surpreso, mas seu sorriso continua exposto, de modo que me faz compreender que ele aprova aquilo.

ㅡ Tudo bem...

ㅡ Então não vai mais reclamar se eu te presentear com algo caro?

Jaejun ergue os braços, amarrando-os em meu pescoço. Seus dedos brincam com minha nuca.

ㅡ Talvez, mas... se quiser me dar algo caro demais, por favor, me avise antes, tudo bem?

ㅡ Isso significa que, o apartamento que estou planejando te dar, ele precisa ser anunciado antes? ㅡ sorrio, vendo o modo em como ele, novamente, volta a arregalar os olhos.

Jaejun me solta, livrando até mesmo minhas mãos de sua cintura. Observo-o negar com vagareza, desviando os olhos.

ㅡ Eu te disse que não quero mais isso...

ㅡ Não será aquele, pode esquecer, prometo. Será outro, posso te mostrar e você escolhe, você sabe que tenho vários.

ㅡ Não, não... Me deixe receber meu primeiro salário, e então procurarei um lugar para mim. Eu mesmo vou pagar...

ㅡ Que cabeça dura, Jeon, aish!

Ele me ouve, estou realmente chateado, mas com a minha própria tolice. Onde eu estava com a cabeça para colocar Jaejun no mesmo apartamento cujo Hesun e eu usávamos?

Eu fui um completo idiota!

Mas eu tenho mesmo outros apartamentos, até mesmo fora de Seul e da Coreia, ele pode escolher onde quiser morar, eu, com certeza, o darei qualquer um.

Mas Jaejun é irredutível, pelo menos por enquanto. Eu decido não insistir, talvez em outro momento ele mude de ideia.

Me afasto e retiro minhas meias. Enquanto retiro a calça, vejo-o se aproximar, quase como uma cobra que quer muito dar o bote. Olho-o e puxo o moletom que uso para fora de meu corpo, ficando apenas de cueca.

ㅡ O que faremos hoje?

Sinto o atrevimento em sua voz, mas analisando bem seu rosto bonito, ele está ainda mais tímido. Sorrio e o puxo outra vez para perto, colando nossos corpos, o fazendo ofegar mais uma vez devido o contato, mas desta vez, nossos corpos se sentem em suas temperaturas naturais, sem qualquer tecido nos impedindo.

ㅡ o que quer fazer?

ㅡ Quero... quero ir à loucura. ㅡ ele fala sorrindo, completamente vermelho. ㅡ com você.

ㅡ Quer mesmo? ㅡ sorrio ao ver como Jaejun assente sem sequer pensar. Isso me deixa ainda mais louco. ㅡ Então entre no banheiro, vamos tomar banho, juntos.

Isso não foi um pedido, mas eu gosto como Jaejun age quando me ouve falar assim. Ele assente, ainda parecendo tímido, mas não recua quando obedece.

Retiro minha cueca e não me envergonho quando seus olhos descem e constatam como nosso contato me deixou em tão poucos segundos.

Estou duro.

Sob seu olhar, adentro o pequeno banheiro, e logo abro o chuveiro que infelizmente, não tem opções de temperatura.

Quando sinto a água gelada bater contra minha pele, me encolho com o leve susto que tenho, mas ouço a porta fechar, e então tenho a visão de meu Jaejun ainda de cueca me olhando.

Sinto todo o meu corpo acender ainda mais quando ele sorri.

Jaejun está encolhido, parte de suas mãos cobrem sua barriga e sua também ereção. Olhando-me cheio de dúvidas, ele caminha até parar perto.

ㅡ Posso entrar? ㅡ pergunta rindo. Não há um box que separe o banheiro, no entanto, franzo o cenho. Ele quer entrar de cueca na água?

ㅡ Assim, meu bem? ㅡ aponto para sua cueca, e percebo como ele se encolhe ainda mais. ㅡ Tudo bem, não há problemas. ㅡ dou espaço para que ele adentre. Não quero que Jaejun se sinta desconfortável, tampouco forçado a fazer qualquer coisa.

Mas parece que sua coragem de antes some. Talvez porque eu não tive sequer a preocupação de mostrar-lhe como estou por si? Será que eu o assustei?

Ainda encolhido, Jaejun vem e para a minha frente, compartilhando a ducha que não é tão forte.

ㅡ Está fria. ㅡ ele ri, se encolhendo mais.

Sorrio e passo minhas mãos ao redor da cintura, o abraçando.

ㅡ Melhor assim?

Jaejun nega, mas ainda sorri.

ㅡ Como você é safado...

Eu não entendo de imediato, mas quando sinto Jaejun se remexer de leve, fazendo meu pau roçar sobre o seu, tento me afastar.

ㅡ Me desculpe. ㅡ peço, mas Jaejun nega, me segurando daquele jeito em si.

ㅡ Eu não disse que estava ruim...

Com nossos corpos juntos, Jaejun toma a iniciativa de me beijar, e então ainda com ele me apertando, eu empurro com leveza o seu corpo, o prendendo contra a pequena parede úmida.

Sinto as mãos incertas me soltarem e descerem por minha barriga, dedilhando cada músculo dali, até parar a alguns centímetros do meu pau.

Eu sei que ele quer tocar, que quer me ter em suas mãos, mas ele ainda não consegue fazer tal coisa sem se sentir completamente constrangido.

E é por isso que sou eu quem toma a iniciativa de fazê-lo gemer. Estoco devagar sobre seu pau e levo uma de minhas mãos até seus fios vermelhos, prendendo-me bem ali quando intensifico o beijo.

E é certo, Jaejun geme, se deixando levar sobre minha dominância.

Ele desce a mão e dedilha minha glande que ainda continua batendo contra a sua a cada vez que eu invisto.

Com o pequeno contato de nossas intimidades, eu também gemo contra sua boca, e tomado pelo meu prazer, toquei seu queixo e o ergo, descendo meus beijos por ali de forma agoniada e intensa, ouvindo como a cada vez os sons de Jaejun se tornam cada vez mais alto.

ㅡ Você me deixa louco, sabia? ㅡ sussurro.

Jaejun geme baixo outra vez, voltando a procurar por meus lábios. Quando os tem, os toma com tanta sede que nossos corpos se encontram agora com força.

Desço minha mão apenas para segurar o elástico de sua cueca e ainda esperando uma confirmação, desço-o minimamente.

ㅡ Vamos para a cama. ㅡ ele fala suspirando.

Eu paro com minha mão, assim também com minha boca e olho-o.

Jaejun tem a boca aberta, está ofegante. Seus olhos expressivos fazem os meus brilharem. Ele implora por aquilo sem precisar ditar uma palavra sequer.

Desligando o registro do chuveiro, eu busco a toalha que tem ao lado da área do banho e o seco. Retiro sua cueca, observando como ele é atento a cada coisa que faço consigo, por isso fiz questão que minhas mãos deslizassem por todo o seu corpo bem desenhado, ansiando para lhe ter em minha boca quando parei de frente com seu pau.

Mas me controlo.

Jaejun sorri quando eu termino e é o primeiro a deixar o cômodo. Vendo-o com seu sorriso que entrega mais do que deseja, eu me seco brevemente e sigo para fora. O observo adentrar os lençóis da cama, aquilo me faz ficar ainda mais louco por seu corpo. Ele está nu, completamente despido e à minha espera.

Abandonando a toalha, caminho despido até lá. Puxo os lençóis para adentrar ali também e sinto seu corpo nu procurar pelo meu de imediato, passando uma de suas perna por entre as minhas, me prendendo a si quando me olha de lado.

Sorrio de sua iniciativa e me volto para si também, louco para voltar a beijá-lo.

ㅡ Hyun-Suk... ㅡ ele chama por mim quando inicio beijos em seu pescoço. Jaejun suspira, deixando que seus dedos toquem meus cabelos. ㅡ Você me faz querer fazer coisas que eu nunca pensei fazer. ㅡ e ele confessa aquilo, me fazendo sorrir ainda contra sua pele fria, mordendo-o controladamente na região.

ㅡ E o que você quer fazer, minha flor? ㅡ sussurro a pergunta. Começo a mordê-lo ainda mais, sinto meu corpo queimar porque com Jaejun ainda preciso me controlar. Ele geme quando mordisco sua orelha, chupando sua pele logo abaixo.

ㅡ Você disse que me ensinaria a ser seu, então me ensine.

Assinto, descendo minha palma até tocar seu quadril. Puxo-o para que seu pau se arraste pelo meu. Observo como o rosto de Jaejun volta a ficar rubro quando seus olhos miram os meus e o toque não reprime o gemido que ele libera.

ㅡ Vai me ensinar? ㅡ pergunta, desviando os olhos para minha boca.

Sorrio, umedecendo-os e sinto Jaejun roubar um selar.

ㅡ Tudo bem, sente-se. ㅡ peço.

Jaejun morde o lábio outra vez. Percebo que talvez isso seja a forma em como ele encontre para liberar um pouco de sua timidez, por isso, ainda assim, ele obedece. O garoto se senta sobre seus joelhos e me olha assim.

ㅡ O que você sente quando me olha assim? ㅡ Pergunto, ainda deitado.

Jaejun deixa com que seus olhos desçam por meu corpo, naquele instante eu seguro meu pau, masturbando-o com suavidade.

Percebo como ele fecha as pernas ainda mais, umedecendo os próprios lábios. Ele sorri pequeno, talvez notando como se sente, e volta a olhar para meus olhos.

Sorrio em retorno, deixando que meu braço livre repouse debaixo de minha cabeça. Mas continuo me masturbando.

ㅡ Me sinto quente. ㅡ ele diz, sem desviar os olhos. ㅡ Sinto vontades...

ㅡ Do que sente vontade? ㅡ pergunto, gemendo baixo logo em seguida. Fecho brevemente meus olhos, mas volto a fitá-lo. Jeon tem a língua passeando por entre seus lábios mais uma vez, e suas mãos repousam sobre suas coxas, se apertando ali.

ㅡ De ter você. ㅡ ele sussurra e leva a mão até sua própria ereção, tocando-a e fazendo os mesmo movimentos que eu.

Nego sorrindo, e parando meus movimentos, o encaro.

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