Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 108

Islanne Lima

Furiosa é muito pouco para expressar o que eu estava sentindo. Tenho vontade de matar o Louis por fazer isso comigo, simplesmente foi atrás da outra e me deixou sem saber de nada, feito uma boba, lá em casa, esperando o folgado dar alguma notícia.

Eu deveria ter imaginado que era só sexo, assim que ficou satisfeito me deixou de novo, e agora me sinto derrotada, como é doloroso amar alguém que não nos ama... droga! Será que eu o amo? Como vou fazer se ele não sente o mesmo?

Fui ao hospital central de Nova York, e precisei levar o Andrew na emergência, pois o seu pediatra está de férias.

Como o Louis tem um bom convênio, utilizamos o dele, e o médico atendeu rápido. Ele não estava com nada aparentemente inflamado, então o médico solicitou que fizéssemos um exame de urina, e precisei colocar um coletor nele, e depois a fralda.

— Amor, você precisa fazer xixi! Vamos tentar mamar mais, e daí fica mais fácil! — falei com o Andrew, mas o médico me corrigiu.

— Senhora, o correto é tirar ele do seio, porque a senhora quase não tem leite, e assim pode gerar vermes no bebê. Sem contar que ele não engordou quase nada esse mês, pelo o que vi na carteirinha, precisa verificar se a senhora está colocando a medida certa de leite na hora de fazer a mamadeira, ou se ele está mamando o suficiente, porque se for infecção urinária, pode ser pouco líquido que ele está ingerindo.

— Ele não tem, nem cinco meses! O que é estranho é que a babá nunca me deixa fazer a mamadeira, sempre vem com ela pronta, mas hoje vou fazer os cálculos, e ver se está certo isso. — comentei.

— Mas, infelizmente, é o melhor! E, acho bom conferir a mamadeira dele, também.

— Ok, então eu vou esquentar a mamadeira dele no espaço Kids...

— Deixe-me ver essa mamadeira... — pediu e peguei ela na bolsa e o médico ficou virando e olhando. — Me parece bem aguada, senhora! Olha como está transparente! — peguei a mamadeira e olhei cheia de raiva, se eu pego aquela babá, vai dar ruim!

— Darei um jeito nisso!

— Sim, e fique de olho no coletor, assim que conseguir, traga para a gente colocar na fita.

— Ok...

Eu fiz tudo conforme o médico falou, coloquei mais leite e esquentei a mamadeira, assim que ele mamou, verifiquei e consegui coletar a urina. Entreguei o resultado para o médico e saí para dar uma volta enquanto, o resultado ficava pronto.

O resultado deu positivo para infecção de urina, então o médico lhe deu um remédio para baixar a temperatura, receitou os remédios, inclusive o antibiótico, eu só precisaria comprar, então liguei para o Louis, mas ele não atendia, lembrei do motorista e pedi para que viesse pegar a receita, eu ainda não havia terminado, ali.

No fundo, eu sabia que aquele era o hospital que certamente o Louis veio para ver a Malu, e enquanto ele a visita, o nosso filho está doente.

— A mamãe está aqui, meu amor... vamos buscar o papai!

Então como já sei onde fica a ala de quimioterapia, eu dei uma volta por ali. Não vou negar que já tive curiosidade antes, de vir até aqui e verificar o que eles tanto fazem, mas por respeito aos dois nunca tive coragem, e agora penso que chegou o momento.

— Enfermeira... você sabe onde fica o quarto da Malu Rodrigues? Ela faz quimioterapia aqui. — perguntei para uma senhorinha toda de branco que eu vi.

— Ah, ela veio para um quarto privado, acho que foi o namorado quem pagou, é o cento e cinco... — Aquilo doeu no meu peito, porque pelo visto, aqui todos pensam que ela e o Louis namoram, e então eu não significo nada pra ele e nem para ninguém, me espanta eu nunca ter visto nenhuma notícia no jornal, ainda mais ele sendo famoso.

Fui andando devagar, não era nada fácil pra mim, na minha cabeça era a família dela que deveria estar aqui, e não ele, pois deveria considerar eu e o Andrew, a sua família, mas não consigo ser egoísta assim.

Segurei o Andrew mais perto de mim, o seu contato parecia aliviar um pouco a minha tensão. Vi que encontrei o quarto e a porta estava aberta, e antes de entrar, paralisei ao ouvir o choro do Louis, aquilo não estava normal.

Senti o meu peito doer mais, e a cada segundo mais acelerado. Balancei o Andrew com cuidado, ele estava quase dormindo com o movimento da gente pelo hospital.

Me senti completamente perdida ali. Sabe quando você sente que não pertence àquele lugar, mesmo você querendo com toda a sua alma, pertencer? Eu não pertencia. Não depois do que eu ouvi e da forma como eu ouvi:

— Você me ama, Louis? — Malu perguntou pra ele, e essa resposta eu também queria muito saber, mesmo que o meu coração frágil, ainda de vidro, se quebrasse.

Demorou alguns segundos para ouvir uma resposta, e fiquei inquieta demais.

— Eu te amo, Malu! Sempre te amei, eu só não sabia... — O quê? Depois da noite que tivemos, ele é tão descarado que agora vem dizer que ama a outra? Eu não acredito, nisto... Louis me olhou nos olhos pela manhã, como ele ousa a fazer isso comigo? Coloquei o Andrew perto do meu peito, porque doeu demais ouvir aquilo.

— Louis... — Malu o chamava, e aquilo queimava como fogo dentro do meu peito.

— Me deixa falar, querida... — ele também chamou ela de querida? Ah meu Deus, eu quero morrer! — Você é muito especial para mim, e com você eu descobri o amor.

Eu não pensei que eu choraria assim tão rápido. Ele estava claramente declarando o seu amor por ela, por que me iludiu dessa maneira? Me fez pensar que estávamos bem, que ele tinha sentimentos por mim?

— Louis... — eu ouvia a Malu chamando por ele baixinho, mas o Louis queria falar, queria expressar os seus sentimentos, enquanto eu morria por dentro.

— Não diga nada, meu amor! Você precisa se recuperar, temos muito o que viver juntos! — Ele não me quer, ama a Malu...

— Você sabe que... — ela tentou falar.

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