Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 29

CAPÍTULO 29

Igor Smith

A minha cabeça está uma verdadeira bagunça, não sei mais se posso acreditar na Luana ou não, por isso precisei fazer um acordo de divórcio! Não posso me aproximar de uma mulher que desconfio, por mais que ela esteja esperando um filho meu.

Eu nunca me neguei a ajudá-la com essa gestação, pelo contrário fui eu quem a incentivou a criar esse bebê, e com certeza vou ajudar a cuidar e amar junto com ela. Mas estamos em pleno século vinte e um, aonde pais que tem filhos juntos, não precisam necessariamente se casar, e sem contar que me senti encurralado com a situação da minha avó.

Isso que nem falei do fato de eu ter que precisar tomar uma decisão, em cima da opinião dos outros. Respeito demais a minha avó, mas sabia que ela não me deixaria em paz e não recuaria, então acabei aceitando tudo isso.

O problema é que depois que eu ouvi aquela conversa no barco, não consigo me acalmar e parece que as lembranças da Elisa aumentaram demais no meu subconsciente, e me sinto um traidor, ao ter feito o que fiz com Elisa.

Acabei colocando aquele vídeo para repetir na minha televisão antes de sair, e por incrível que pareça não consegui tirá-lo de lá. O fato é que eu nunca imaginei que a Luana fosse chegar em casa e simplesmente se achar a dona dali, bisbilhotando todas as minhas coisas, e da Elisa.

Quase perdi o juízo quando vi ela dentro do meu quarto, mexendo nas minhas coisas! O que mais ela teria bisbilhotado ali?

A minha cabeça viajou para um outro nível, aonde nós dois possamos até mesmo ser inimigos agora, e fiquei aliviado quando me lembrei que eu havia feito aquele acordo, então muito nervoso eu preferi sair daquele quarto e procurar pelo documento que o meu advogado já havia me avisado que entregou a ela, num envelope laranjado nesta manhã! Eu estava fora de si, e quando sai precisei respirar muito bem e pensar em tudo aquilo que eu falaria.

Ela não sabe mas é nesse local que vivi momentos maravilhosos com a minha bailarina, e ver a Luana aqui, é como se eu estivesse a traindo, e isso me causa muito mal... olhar para as coisas em que ela tocou, ver o cachorro que ela me deu, em cada local que eu olho eu vejo a Elisa, e me sinto um crápula por isto.

Elisa disse que voltaria para mim, e eu preciso acreditar nela, então o mais certo a fazer agora é me sentar com a Luana e conversar sobre todos os termos desse acordo, para quando o nosso filho nascer já esteja tudo resolvido, e eu serei o pai que ele precisa, mas não serei o marido da mãe dele, mesmo que isso me custe ver outro homem ajudando a cuidar da criação dele, que embora seja apenas uma desculpa que eu tenha usado para convencer a Luana a fazer esse casamento, não posso negar que seja algo que me incomode muito.

— Me acompanhe até a sala, por favor! — falei para ela que estava paralisada ali na minha cama, e precisei focar a minha mente, pois sei perfeitamente que ela está grávida, e não pode se alterar, e no meu quarto não era o melhor lugar para começar aquela conversa.

Respirei fundo e calmamente me dirigi até a sala, percebi que ela veio atrás de mim em silêncio e então apontei com a mão para que ela se sentasse no sofá, e quando ela se sentou eu preferi ficar em pé para lhe explicar como funcionaria o nosso acordo.

— Primeiramente, peço que você se acalme! Estou vendo que está alterada, e não é minha intenção te deixar assim... — a olhei, mas ela desviou o olhar para um dos quadros que guardo na sala.

— Luana... eu não desisti da bailarina... não consigo, e eu sinto muito! Precisei aceitar esse casamento, pois sabia que a minha avó não baixaria a guarda, e também tenho outros motivos que não vem ao caso! Eu gosto de você, mas o meu coração é da Elisa ainda...

— Eu entendo, Igor! Não se preocupe com isso, eu sempre soube que era dela! Só acho que não deveria ter se casado comigo, mesmo que a sua avó tenha te pressionado, eu só aceitei porque acreditei nas suas palavras! — ela falou.

— Foi melhor assim, Luana! Só precisamos firmar um acordo, e depois ficará tudo bem! Então estipulei três regras: "Primeiro... você não pode tocar em nada que pertença a mim e a minha namorada nesta sala! Segundo... você

não pode dizer que nos casamos em público ou em qualquer outro lugar! Terceiro... nosso casamento não significa nada para mim! Para mim, você é apenas uma estranha que come aqui, e a mãe do meu filho! Quando o bebê nascer, o acordo de divórcio entrará em vigor. Depois disso, eu lhe darei 1,5 milhão de dólares e você deverá ir embora o mais rápido possível.

Se você quebrar o pacto, eu fecharei todos os negócios na ilha".

— Vocês prometeram que manteriam a ilha! Agora vai querer jogar sujo, Igor! Pelo visto me enganei muito com você! Cadê o cara legal que conheci no cruzeiro? O homem divertido, que me ajudou, e incentivou? O homem que me carregou daquela clínica, e me fez me emocionar? Aonde está, Igor? Pelo visto você mentiu pra mim! — respondeu ela, e não gostei nada.

— Isso foi antes de saber que não poderia confiar em você! — respondi, virando de costas para ela.

— Só te peço que não trate mal o bebê! Embora eu tenha tentado fazer um aborto, foi apenas para evitar esse tipo de sofrimento! Eu não quero que ele ou ela, sofra! — falou, e tive vontade de rir... eu jamais faria isso com o meu filho, ao contrário dela que não estava parecendo tão preocupada, antes do casamento...

— Para lidar com pessoas como você, que parecem ser honestas e que, na verdade, são trapaceiras, é melhor ter um acordo! Mas, com o meu filho a conversa é bem diferente! Não se preocupe! — falei pouco, não quero me estressar mais.

— Finalmente entendo o quanto você odeia a mim e aqueles ilhéus por fazê-lo se casar comigo, e arruinar sua vida. Mas saiba que aquela ilha é minha casa! Meu pai, a pessoa que eu mais amava, foi enterrado lá! É minha casa!Espero que você possa abrir a sua mente e perceber que não somos pessoas ruins. É possível alguém ser bom para outra pessoa incondicionalmente! — ela finalmente falou, entregando um pouco dos pontos... ela se importa bastante com a ilha, e isso é motivo suficiente para ter me enganado...

Fiquei a observando e vi que não estava de bom humor, pois pegou a caneta que estava em cima do armário e próximo aos papéis e fiquei olhando ela riscar inteirinho, quando viu o acordo de um milhão e meio de dólares, então ergueu a cabeça e ao ver o acordo de divórcio o assinou bravamente, com a cabeça erguida demonstrando não estar interessada no meu dinheiro, e sim em fazer logo esse acordo mas eu não acredito nela!

talvez até negue agora, mas com certeza vai precisar de dinheiro depois, mas por enquanto apenas deixarei as coisas como estão, para mim já é o suficiente que ela tenha assinado o acordo de divórcio, quanto ao dinheiro darei um jeito dela aceitar depois, não quero o meu filho sentindo falta de nada, sendo que eu posso lhe dar de tudo.

Assim como ela estava séria e na dela, eu permaneci completamente intacto e não baixei a a minha guarda, eu precisaria me manter firme para tudo isso funcionar, não posso esquecer de forma alguma que o meu foco é a Elisa, e o meu filho... Não vou permitir que a Luana venha com as suas mentiras me enrolar outra vez.

— Bom! Quando o bebê nascer, adicionarei a data, e o acordo será válido a partir daquele

momento! — falei firme, puxando o acordo já assinado, e o colocarei em um lugar bem seguro, não quero correr mais riscos, será muito melhor assim!

Deixei ela lá na sala, e ignorei o documento de um milhão e meio de dólares que foi rabiscado.

A culpa não foi minha, então só preciso ficar sozinho e pensar um pouco nas coisas, chamei o meu pequeno “Thor”(o cachorrinho), para me fazer companhia, não quero que ela se aproxime tanto dele, pois assim que ela for embora ele pode sentir falta, e me preocupo muito com ele.

Sem contar que foi um presente da Elisa, e ela ficará muito chateada quando souber que eu permiti o pequeno de se aproximar da Luana.

Na verdade eu terei muitas coisas para conversar e explicar para Elisa, ainda não sei como farei isso e se ela vai entender tudo o que eu falar, mas eu sei que esse dia está chegando cada vez mais próximo e terá um momento que não terei como fugir, mas pelo menos por enquanto darei um jeito de enrolar... ainda não me sinto preparado psicologicamente para enfrentar esse problema.

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