Casado à Primeira Vista romance Capítulo 1358

Noélia não conseguiu realizar a tarefa que a mulher desconhecida lhe passara. Preocupada com a possibilidade de retaliação contra sua família, pediu a Hernesto que a levasse de volta para casa.

Sua família também morava no interior.

Hernesto não era muito chegado a visitar a sogra. Toda vez que ia lá, ela dizia que estava se sentindo mal e que faltavam coisas na casa. Ele, com pena, sempre acabava dando um dinheirinho para ela.

Embora não fosse muita coisa, isso acontecia toda vez. Hernesto se sentia desconfortável, como se a sogra o visse como um caixa eletrônico.

Felizmente, Noélia gostava de verdade de Hernesto e queria passar a vida com ele. Quando a sogra pediu uma quantia alta pelo dote, Noélia ficou ao lado dele e foi tirar a licença de casamento às escondidas dos pais. A sogra não teve o que fazer.

No fim, o valor do dote foi reduzido para algumas dezenas de milhares.

Ainda assim, era um valor considerável para o interior de Santa Madalena. Afinal, eram famílias comuns, não ricas, e não dava para comparar com gente abastada.

Mesmo assim, depois de receber o dote, os Jades deixaram claro que os Castros teriam que bancar a recepção de casamento, ou então nem haveria festa. Caso contrário, os Jades fariam um jantar de casamento na residência dos Castros, trazendo um monte de parentes para a cidade.

Hernesto conversou com seus pais e concordaram com o pedido dos Jades. No dia do casamento, as duas famílias e seus parentes se reuniriam para celebrar.

A recepção seria num restaurante, mas nem pensaram em escolher um hotel chique, pois o dinheiro não dava para tanto.

Os Jades não dariam nenhum dote para Noélia, apenas alguns conjuntos de cama.

Se ela achasse que seu dote estava pobrinho, que pedisse ao marido para pagar, ou que tirasse do próprio bolso.

Tanto os Castros quanto os Jades sabiam que Noélia tinha suas economias.

Os Castros queriam que ela pagasse pela reforma da casa do casal, enquanto os Jades desejavam que ela ajudasse a melhorar a vida da família. A mãe de Noélia até a repreendeu, dizendo que ela foi criada para nada. Tinha recebido educação, mas não retribuía à família com o dinheiro que ganhava. Em vez disso, tinha juntado um bom dinheiro para si mesma.

Quando Noélia trabalhava, parte do seu salário mensal ia para a família, e o resto ela guardava para si mesma.

Não importava o que os sogros e a família falassem, ela não mexia nas suas economias.

Essa era sua reserva depois do casamento.

Ela não queria acabar como Lília, que gastou todas as suas economias e teve que pedir dinheiro ao marido depois de se casar.

A mãe de Noélia sempre dizia que filho não era tão bom quanto dinheiro no bolso, e que uma mulher precisava de dinheiro para ser independente.

Se ela esperasse que Hernesto a sustentasse, acabaria seguindo os passos de Lília.

Depois que o casamento acabou e a confusão com o Nacho foi resolvida, Noélia procuraria um emprego. Mesmo que não conseguisse uma vaga de secretária, ela trabalharia como uma balconista qualquer ou abriria uma loja ela mesma, como a Lília fez. Se fosse a patroa, o que ganhasse no negócio seria só dela.

"Vou te deixar na entrada do teu condomínio e você vai andando para casa. Não vou entrar não. Tenho medo dos teus pais. Toda vez que eu apareço, eles dizem que estão passando mal e precisam de dinheiro pro médico. Eles só querem é me arrancar dinheiro.

Senão, dizem que estão precisando de alguma coisa em casa e me pedem para comprar. Depois, falam que não têm dinheiro pra me reembolsar e que vão ficar me devendo. Como é que eu vou cobrar deles?" Hernesto falou enquanto entrava no carro.

Ele tinha uma bronca danada dos sogros.

Noélia disse, "Meus pais estão ficando velhos, por isso é que vivem adoentados."

"Se estão doentes, e os teus irmãos? Por que eles não pagam o médico pros teus pais? Além do mais, teus pais não têm dinheiro? Eles têm o dote que eu dei, e nem pensam em te dar um enxoval. Esse dinheiro não conta?"

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