Meu CEO Possessivo romance Capítulo 10

Maria Eduarda

Eu não sabia onde enfiar a cara, tamanha era a vergonha que tinha passado. Minha irmã passou completamente dos limites me oferecendo para o chefe dela. OK, o chefe dela não era de se jogar fora.

— Por que você está em silêncio? — Vane me pergunta.

— Pensando sinceramente se você não enlouqueceu.

— E por que você acha isso?

Olho para ela sem acreditar no que acabou de falar.

— Vane, tem certeza de que não sabe do que estou falando? — pergunto, pedindo a Deus a paciência que não estou tendo.

— Sinceramente, eu não sei!

— Vanessa, puta que pariu, tinha que agir daquele jeito? — explodo com ela, que nem se abala.

— Agir como?

— Me jogando nos braços do seu chefe! — elevo a minha voz.

— Eu não sei do que está falando.

— Ah, sei, então foi impressão minha você me jogar para o seu chefe?

— É claro que sim! — ela volta a se defender, e ficamos em silêncio. Eu estava louca para bater nela. — Oh, Duda!

— O que é?

— O que você achou dele?

Eu sei muito bem que ela gostaria de saber o que eu estava achando dele. Ela queria que eu falasse o quê? Que ele é bonito? Sim, ele é! Que ele é gostoso? Sim, também é! Que quando nossas mãos se tocaram eu senti uma espécie de choque? A isso eu não sei responder.

— O que você quer saber?

— Duda, ele é gato!

— Não achei! — minto.

— Ah, me poupe! — ela resmunga.

— O que você quer de mim?

— Eu quero ver você feliz!

— Mas eu sou feliz! — respondo, com firmeza.

— Não, minha irmã, você não é feliz.

— Por que você acha isso?

— Porque você precisa de um homem que te ajude a superar o que você passou.

— E você acha que seu chefe pode me ajudar nisso?

— É claro que sim! Ele é o que você precisa. Um homem forte, bom e que vai saber te respeitar, e o melhor de tudo: vai poder te amar como você merece.

— Vane, você não pode ficar querendo me jogar nos braços de todo homem que conhece.

— Eu não estou te jogando em qualquer um, e sim nos braços do Leon! — ela volta a se defender.

— Meu Deus, Vane, ele deve estar rindo da nossa cara!

— E por que você acha isso?

— Vane, pelo amor de Deus! Ele deve estar se divertindo vendo que você está oferecendo a sua irmãzinha na bandeja para ele.

— Ah, então você acha ele um lobo sexy e feroz? — ela brinca.

— Meu Deus, tem certeza de que não bateu a cabeça em algum lugar, não?

— Ah, vamos lá, Duda, só para mim, ninguém vai saber! — ela insiste.

— Você quer que eu diga o quê?

— A verdade!

— OK, ele é bonito, sim.

— Não era exatamente o que eu queria ouvir, mas fazer o quê?! Isso vale também.

— Graças a Deus, estamos chegando ao shopping, e pode me comprar um sorvete bem grande.

— E por que eu tenho que fazer isso? — ela brinca.

— Eu estou nervosa, e você vai me pagar um sorvete decente — resmungo.

— E eu tenho culpa?

— Sim, você tem culpa! — só respondo isso, e meu corpo se arrepia quando tenho a sensação de que estou sendo observada.

— Duda, está tudo bem?

Começo a olhar de um lado para o outro, desejando que fosse impressão minha.

— Duda, meu Deus! Você está pálida — Vane me olha preocupada.

Minha irmã me abraça, e sinto uma leve fraqueza nas pernas. Quando acho que vou cair, sinto os braços do Leon me pegando.

— O que houve? — ele pergunta à minha irmã.

— Não sei!

— Eu estou bem — sussurro. Não queria contar o que acho que vi.

— Não, você não está bem! — ele diz, com firmeza.

— Leon, será que aqui tem uma clínica médica tipo “doutor-consulta”?

— Vane, eu estou bem!

— Não, você não está — quem responde é o Leon. Ele me pega no colo, e seguimos direto para a entrada do shopping. Lá, vejo a minha irmã perguntando se tinha a tal clínica. Logo estou sendo levada.

— Leon, me solta!

— Não! — ele nega, e não sinto medo de ficar em seus braços e acho isso muito estranho.

— Eu estou bem — resmungo, querendo sair do seu colo e ao mesmo tempo gostando de ficar ali, me sentindo protegida.

— Que droga, Duda! — ele diz, bravo. E não é que fico excitada? O que está acontecendo comigo?

— Eu não quero ser carregada — falo, puxando o seu rosto em direção ao meu, fazendo-o parar. — Eu estou muito bem e não preciso ficar sendo levada de um lado para o outro! E outra, sou pesada, ou você não percebeu isso?

— Eu já disse que não vou te soltar! Meu Deus, mulher, para de ser teimosa! Vamos deixar uma coisa bem clara entre a gente? Eu estou amando segurar uma mulher com curvas! — ele pisca o olho, e fico ainda mais excitada. Como isso é possível?

— Leon, esquece, não entra na onda da minha irmã — peço.

— E quem disse que estou fazendo isso pela sua irmã?

— Eu sei que ela quer me jogar em seus braços — resmungo, na hora sem nem saber o que dizer direito.

— Eu não estou reclamando de nada!

— Que droga, homem de Deus! Eu não quero namorar ninguém — ele volta a andar pelo corredor, e grito: — Esse “ninguém” serve para você também!

— Eu não sou “ninguém” mesmo — tenho vontade de dar uns tapas nele. — Eu sou Leon Vitorino, e você gostando ou não vou cuidar de você! Vou venerar e amar você!

— Acabou? — ironizo.

— Não, minha rainha, isso é só o começo — ele fala isso em tom de promessa, e droga, achei até fofo, só que ele não precisa saber disso.

De uma coisa eu já podia ter certeza: o Leon veio para mudar completamente a minha vida. E isso seria bom ou ruim? Ainda não sei o que iria acontecer! Minha única preocupação era saber quem estava me seguindo.

Será que foi o mesmo homem que ligou? Seria o Pedro querendo fazer trote só porque não dou bola para ele? Parece que eu vou ficar por enquanto sem saber o que fazer.

Olho para o Leon, tão sério, tão seguro de si e ainda tão determinado a que eu fique com ele. Seria ele o homem certo para mim, uma menina mulher machucada pela vida?

Ele me olha e pisca o olho ao ver como eu o estava olhando fixo:

— Você não tem ideia de como é perfeita para mim, e não consigo tirar os meus olhos de você nem em pensamentos — seu tom rouco me deixa mais excitada, e acho que devo estar muito doente.

— Eu acho que não sou perfeita para ninguém — confesso, com tristeza.

— Isso não é verdade! Minha rainha, o que você não entendeu é que você me pertence, e vai descobrir que, quando Leon Vitorino ama, ele ama para sempre! — ele me diz, com convicção. Por que será que sinto que esse homem está me dizendo a verdade?

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