Meu CEO Possessivo romance Capítulo 12

Maria Eduarda

Estou querendo jogar alguma coisa na cabeça do Leon. O filho da mãe teve a ousadia de vir nos acompanhar para nos fazer segurança. Ah, como tive vontade de tirar o sorrisinho daquele babaca bonito. A vontade é tanta, que chego até a abrir um sorriso de satisfação.

— Duda, que sorriso é esse? — Vane pergunta.

— Ah, nenhum interessante.

— O que você achou do Leon?

— Eu não achei nada!

— Como assim? Você não achou nada? — ela pergunta, espantada.

— É isso mesmo, eu não achei nada! — eu não vou lhe dizer que o achei lindo e que ele me deixa confusa com os meus próprios sentimentos.

— Sei! — ela me olha desconfiada.

— Vane, ainda não te perdoei sobre o seu chefe — resmungo.

— Ah, qual é?! — ela ri.

— Estou falando sério!

— Eu vi vocês dois juntos, e pareciam tão fofos — ela faz um coração com as mãos.

— Meu Deus, Vane, para de ver romance em tudo! — ironizo.

— E você não tem ideia de como estava feliz conversando com o Leon!

— Como assim, feliz? Seu chefe está me atormentando! — me defendo. Eu tinha gostado apenas um pouco de sua companhia.

— Não parecia que ele estava te atormentando.

— Você não viu nada, então — dou de ombros.

— Ah, é? E o que foi que eu perdi?

— Ele ficou querendo me controlar! — resmungo.

— E é claro que você odiou, não? — ela pisca o olho.

— É claro que sim! Não gostei de ouvi-lo dizer “Você, Duda, é a minha rainha” — ironizo, mesmo que no fundo tenha achado meio fofo.

— Ai, meu Deus, que coisa mais linda.

— Pode ficar para você — brinco.

— Não, obrigada, ele não faz o meu tipo.

— E por que você acha que ele faz o meu?

— Porque ele está caidinho por você!

— Vamos esquecer esse assunto, por favor?

— “Bora” para a cozinha, estou querendo tomar um suco antes de deitar.

— Sim, eu ainda tenho que estudar! — gemo ao lembrar que hoje nem prestei atenção na aula.

— Algum problema?

— Nenhum, só hoje não estava muito disposta para estudar — desconverso, não queria contar-lhe o que tinha acontecido comigo.

— Tem certeza? — ela pergunta, ao me servir o suco de goiaba.

— Sim.

— Bom, então vou tomar um banho, que amanhã é outro dia.

— Vai lá, e pode deixar que lavo essa louça.

— Ah, você é um amor! — ela diz, me abraçando, e dou risada.

— Eu sou, sim, um amor.

— Como você é convencida! — ela debocha.

— Sim, e você me ama também — brinco. Dou boa noite para ela e vou lavar a louça.

Termino de lavar rápido e deixo secando no escorredor. Vou para o meu quarto e encontro o meu celular no chão. Fico meio receosa se o pego ou não. No fim acabo cedendo, pego o celular do chão e o coloco em cima da cama.

Resolvo seguir a minha irmã e também vou direto para o chuveiro. Sentir a água caindo pelo meu corpo foi muito bom. Não me demoro e logo saio, me seco e coloco um baby-doll, pego meus livros e meus cadernos e começo a estudar. Fico assim durante um bom tempo.

Estava tão entretida com a matéria, que quase não ouço o meu celular tocar. Fico meio indecisa, não sabendo se verificava ou não. Amanhã sem falta tenho que trocar o chip.

Pego o meu celular e, ainda meio receosa, o desbloqueio. Percebo que não tinha nenhuma ligação perdida, e sim um recado no WhatsApp. Quando abro, me deparo com uma mensagem que me deixou feliz e ao mesmo tempo com vontade de esganar a minha irmã.

“Boa noite, minha rainha, espero que sonhe comigo!”

Esse homem é mesmo impossível. Ele é irritante. Gostoso, mas irritante.

“Sinto te decepcionar, eu não sei o que é sonho bom!”

Termino de escrever a mensagem e envio. Não demora muito, ele me envia outra:

“Ah, minha rainha, ao meu lado você sempre terá sonhos bons!”

Por incrível que pareça, acredito nele. Eu não posso me envolver com ele!

“E quem disse que eu quero você?”

Envio a mensagem rápido, com o coração acelerando.

“Minha rainha, como já disse antes, você me pertence!”

Acabo rindo da mensagem dele, e devo concordar com a minha irmã, ele me faz rir.

“Meu Deus, como você é brega!”

Mal acabo de mandar a mensagem, chega outra:

“Brega não, minha rainha, sou apenas um homem a fim de uma bela mulher!”

Meu coração dá um pulo quando leio essa mensagem. E escrevo o que acho das palavras dele.

“Então você mandou mensagem por engano, eu não sou uma bela mulher!”

“Ao contrário do que você pensa, vou te mostrar como você é a minha bela rainha! Escreve o que vou te dizer: muito em breve você será minha!”

Fico mexida com a forma como ele escreveu, mesmo ele dizendo essas palavras bregas e fofas ao mesmo tempo. Uma coisa eu posso dizer: não sou a mulher certa para ele, e talvez nunca seja.

As lágrimas escorrem sem eu perceber, ao ver que tinha um homem que estava a fim de mim, só que nunca poderia ter, e respondo, com dor no coração:

“Eu sou uma mulher que não pode amar e muito menos ser amada por um homem como você, Leon! Acho melhor você procurar outra mulher que te faça feliz e que não carregue um passado cheio de dor e sofrimento!”

Quando ia desligar o celular, ele acaba tocando:

— Nada que você disser me fará desistir de você, minha rainha!

— Leon, eu não posso me envolver com ninguém! — digo, com a voz embargada pelo choro.

— Não chore, minha rainha, que eu sempre estarei ao seu lado!

— Leon, não me procure mais — peço, chorando mais ainda.

— Eu sempre vou te procurar, minha rainha, e não chore, porque eu vou te proteger.

— Você não entende!

— Então me faça entender!

— A gente não vai se ver mais! — decido. Preciso procurar ajuda o mais rápido possível.

— O caralho que a gente não vai se ver mais! — ele protesta, bravo, e sorrio.

— Você não tem o que querer! — respondo, com uma calma impressionante.

— O que eu quero é você, Duda, e vou te ter custe o que custar. Escuta o que vou te dizer: nada que você disser vai nos separar!

— Sabe de uma coisa, Leon? Tem coisas que podem separar um casal.

— Então me diga!

— Ainda não posso, não estou pronta.

— Deixe-me ajudá-la com o que for.

— Não posso, isso só eu posso resolver! — respondo, dando um ponto final, e desligo o celular. Fico ali chorando mais ainda ao perceber que talvez eu tenha mandado embora o homem que poderia me fazer esquecer o meu pesadelo. — Amanhã vou procurar ajuda! — falo comigo mesma. Nunca me senti tão sozinha como me sinto agora.

Quando começo a dormir, finalmente sonho com o Leon, e choro dormindo, porque no sonho estamos abraçados e nos beijando, e no outro vem o pesadelo de estar sendo violentada novamente. Choro mais ainda, porque peço a ajuda do Leon, e ele se afasta de mim.

Acordo com o rosto banhado de lágrimas e fico deitada em posição fetal, com medo do que poderia acontecer. A perseguição do Pedro no curso, a ligação, o encontro com o Leon e a sensação de estar sendo seguida me deixaram muito abalada.

Quando volto a dormir do jeito em que estava, em vez de voltar a sonhar com o Leon, sonho com o estupro, e me sinto suja novamente. Percebo que estou certa mesmo em afastar o Leon, ele não merece ficar com uma mulher suja como eu!

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