Meu CEO Possessivo romance Capítulo 21

Maria Eduarda

Sinceramente, eu não sei como consegui chegar até a minha sala de aula. Quando chego, o silêncio se estabelece, e olho para todos com curiosidade, achando isso estranho.

Pensei que o professor já estaria na sala, e para a minha sorte ele não estava. Sinceramente, eu queria era voltar para os braços do meu príncipe Leon Vitorino.

— Quem é aquele homem que você estava beijando? — sou acordada dos meus pensamentos e olho para quem perguntou. Era o Pedro.

— Ninguém que te interessa — não gostei da forma como ele falou comigo.

— Então quer dizer que a santinha do pau oco está namorando?

— Pedro, eu não sou obrigada a falar da minha vida para ninguém aqui!

— Nossa, como alguém ficou incomodada! — ele me zoa, e diz para todos que estavam na sala: — Vocês viram, né, gente, a Duda dando um showzinho com aquele velhote?

— Pedro, para com isso! — peço, desejando que o professor chegasse logo.

— Nos conte mais sobre o velhote.

Sinceramente, eu não o reconheci, a forma como ele estava dando um show e me provocando parecia não ser ele, mas outra pessoa.

— Pedro, eu não vou falar sobre a minha vida para você e nem para ninguém desta sala.

— Mas você tem que nos contar sobre o velhote, ele é bom de cama? — olho-o ainda sem entender o que passava na cabeça dele.

— Pedro, cala a boca! — peço, com a minha paciência indo embora.

— Não, vamos continuar. Conta, vai, seja uma boa menina, e não uma puta! — olho para ele chocada. Nunca o imaginei falando esse tipo de coisas, era como se ali não fosse o Pedro.

E a forma como ele disse “puta” me deixou meio chocada e com um pé atrás. Ele não seria capaz de ter feito aquilo comigo, ou seria? Fico me questionando. Pedro parecia mesmo paranoico, e só se controlou com a entrada do professor. Eu não via a hora de comentar com o Leon a minha suspeita.

Mudei de mesa e tentei ficar o mais longe possível do Pedro, mas sempre sentia seu olhar me seguindo. Me pergunto como eu nunca notei isso.

Dou graças a Deus que as horas passaram rápido e estava quase na hora de o Leon vir me buscar. Quase não ouço o que o professor diz, só percebo que os alunos estavam se levantando. Arrumo as minhas coisas, pego a mochila e saio rápido, não querendo dar de cara com o Pedro novamente.

Saio do prédio e vejo que o Leon já está me esperando lá fora. Ele acena para mim, e retribuo. Não via a hora de chegar perto dele e me jogar em seus braços.

Quando estava indo em sua direção, sou agarrada pelo braço, e quando me viro para gritar dou de cara com o Pedro, irreconhecível.

— Me larga, Pedro! — peço, tentando controlar o medo que senti dele.

— Ora, ora, você pensa que está indo aonde?

— Me larga, Pedro, quem você pensa que é? — grito, e vejo o Leon tirando o Pedro de perto de mim.

— Você não escutou o que ela pediu, não? — Leon estava enfurecido.

— O quê? — Pedro se faz de desentendido.

— Quem você pensa que é? — Leon puxa o Pedro e o leva contra a parede mais próxima, apertando o seu pescoço com força.

— Eu? Sou um homem que vai te destruir! — ele fala, como se estivesse louco, ou talvez estivesse mesmo.

— Ah, você se acha esperto, não? — Leon o ameaça e aperta mais ainda o seu pescoço, fazendo-o se engasgar. Eu puxo o braço do Leon, e quase não consigo, de tão forte que ele é.

— Leon, solta ele — peço, com calma, ao ver que o Leon colocou outro braço no pescoço.

— Ele te machucou?

— Não, ele não me machucou — aviso, querendo tranquilizar e acabar logo com isso vendo que estávamos sendo o centro das atenções.

— Tem certeza?

— Sim, ele só é um babaca mesmo — respondo, tranquilizando-o, e peço mais uma vez: — Leon, solta ele, por favor. Você não merece sujar as suas mãos por causa dele.

Percebo que o Leon ainda hesita, e finalmente o solta. Vi que o meu príncipe ainda estava alterado e o abraço. Percebo que o Pedro estava ali caído no chão tossindo e me olhando com raiva.

— Agora fique calmo, ele não merece a sua raiva.

— Mas ele estava te tocando! — ele diz, possesso.

— Ele não está mais me tocando!

— Eu não gosto que nenhum homem toque em você! — ele olha para o Pedro e diz: — Se você chegar perto da minha namorada, eu não me responsabilizo pelos meus atos.

— Você vai se arrepender de ter me ameaçado — Pedro diz, nos olhando com raiva, e vai embora.

O Leon me puxa para os seus braços e me abraça. Eu vou de bom grado para ele. Dou uma olhada para ver se tinha alguém perto da gente, e percebo que o showzinho tinha acabado e todos foram embora.

— O que houve? — Leon pergunta, preocupado.

— Nada.

— Tem certeza?

— Absoluta.

— Então agora que está tudo bem, você me deve uma coisa — ele diz, bem sensual.

— Ah, é? E o que eu estou te devendo?

— Você me deve um beijo!

— Então deixa eu te pagar — me levanto nas pontas dos pés. Nossas bocas se encontram e nos beijamos bem lentamente durante um tempo. Quando nos separamos, estávamos ofegantes, e brinco: — Nossa, sempre que nos beijamos eu fico com as pernas trêmulas e a respiração ofegante. É melhor a gente parar de se beijar.

— Mas nem pensar! — ele diz, me beijando novamente, e dessa vez eu sinto a sua língua na minha. Quem visse acharia que estávamos dando um showzinho, mas para nós isso era matar a saudade.

— Leon, estou com fome! — falo, ainda com a respiração ofegante, e quando nos soltamos quase caio. As minhas pernas tinham se tornado gelatina. Ouço a voz humorada do Leon me provocando:

— Não consegue andar?

— Culpa sua! — o acuso, e ele abre aquele sorriso de molhar a calcinha.

— Minha?! — ele diz, como se não soubesse que tinha um poder de mexer comigo. — Se você soubesse que neste exato momento estou precisando de um banho…

— Banho? — vejo que a calça que ele estava usando estava bem volumosa e dou uma risadinha.

— Ah, então você percebeu?

— Bom, não tem como negar, não! — aponto para a bela protuberância.

— Isso é sua culpa! — ele pega a mochila do meu ombro e coloca no dele, me puxa para os seus braços novamente e me coloca na sua frente.

— Eu não tenho culpa de nada!

— Mas é claro que tem! — e começa a sussurrar no meu ouvido: — Você é culpada por me deixar com tesão fora do normal, você é culpada por ser tão linda, você é culpada por ser tão gostosa e você é tão culpada por me querer fazer cada coisa com você!

— E que coisas você quer fazer comigo? — provoco-o, não me reconhecendo.

— Ah, minha rainha, as coisas que eu quero fazer com você são bem impróprias.

— E quando você vai querer fazer essas coisas comigo?

— Quando você, minha rainha, estiver pronta.

— E por que você acha que eu não estou pronta?

— Ah, minha linda, precisamos capturar o louco, e só assim você vai ficar tranquila para se entregar a mim.

— Eu te amo, Leon! — falo, com sinceridade, sabendo que ele estava certo, por mais que eu queira me entregar, a sensação de estar sendo vigiada é horrível.

— Eu também te amo, meu amor. Agora, vamos almoçar, eu preciso alimentar a minha rainha.

Seguimos para o carro, e de lá fomos almoçar no shopping.

A comida estava maravilhosa, e a companhia, então, nem se fala. Ficar com o Leon era a melhor coisa que tinha me acontecido. Assim que terminamos de comer, vejo sorvete e falo para o Leon:

— Leon, quero tomar sorvete!

— Ah, então vamos!

Escolho um de casquinha recheada com doce de leite.

— Meu Deus, que delícia! — suspiro. Eu sou maluca com sorvete.

— Droga! — Leon grunhe.

— O que houve?

— Nada, não.

Olho para ele desconfiada.

— Você quer? — ofereço, e ele leva o sorvete à boca e lambe de um jeito tão sensual, que me estremece. Leon devolve o sorvete e, sem perceber, me beija bem gostoso, passando a língua em meus lábios.

— Duda e sorvete, minhas duas sobremesas favoritas.

— Sorvete e Leon também são a minha sobremesa favorita — pisco o olho e levo o sorvete à boca. Fico tomando até acabar, e o Leon toma comigo. Isso porque ele não quis comprar por não estar com vontade, imagine se estivesse. Quando terminei de tomar o sorvete, estava com a mão melecada, e aviso a ele: — Leon, preciso ir até o banheiro lavar as mãos.

— Eu também vou, nos encontramos aqui no corredor.

Entramos cada um em seu banheiro. Não demoro e logo saio, e tomo um novo susto ao encontrar com o Pedro bem na minha frente.

— O que você está fazendo aqui? — pergunto, tomando cuidado para não elevar a voz.

— Ora, estou te esperando, meu amor! — ele diz, bem tranquilo.

— Você está louco? Vindo atrás de mim?

— Eu, louco? — ele zomba.

— Vai embora, Pedro, o Leon daqui a pouco vai aparecer aqui e te dar uma bela surra — ameaço-o, e ele abre um sorriso frio. Nessa hora tenho um pressentimento ruim, quando ele responde:

— Acho que seu velhote vai estar meio incapacitado neste momento para vir te socorrer — Pedro debocha, e dou um passo para trás.

— Pedro, o que você fez com ele? — sinto um medo terrível.

— Ora, nada, só o coloquei para dormir um pouco!

— Você é um doente!

— Eu, doente? É claro que não — ele vem em minha direção, e eu andava para trás, até que acabei encostada contra a parede. Pedro coloca a mão na jaqueta, tira um revólver e aponta para mim, dizendo:

— Sem nem um pio, você vai sair bem devagar e de braços dados comigo.

— Por favor, Pedro, me deixa em paz! — peço, mas sei que era inútil falar com esse louco.

— Não deixo, agora seja uma boa menina e vamos sair bem tranquilamente, como se nada estivesse acontecendo — fico olhando para a porta do banheiro com a esperança de o Leon aparecer e tudo que o Pedro falou fosse mentira. — Agora vamos, e sem nem um pio, senão você morre, e pode ter certeza de que volto até o banheiro e termino de vez com aquele velhote.

— Tudo bem, Pedro, eu vou com você! — acabo cedendo, e vejo seu rosto triunfante. Dou uma última olhada para a porta do banheiro masculino e vou embora sabendo que talvez essa fosse a última vez que veria o meu príncipe encantado.

Enquanto andávamos pelo corredor do shopping, sempre olhava para ver se eu via algum segurança, e nada, era como se eles tivessem sumido do mapa. E saímos do shopping sem que ninguém falasse nada.

Quando chegamos ao estacionamento, estava passando um pessoal. Tento me soltar dele e grito bem alto:

— Socorrooooo… — e ninguém me olha, era como se eles não estivessem nem ouvindo. O medo que senti ali foi enorme, e então senti o cano da arma na minha nuca.

— Eu te avisei! — e sinto uma dor alucinante. Senti que as minhas pernas estavam ficando sem forças e que a minha cabeça iria explodir. Aos poucos fui me entregando à escuridão, mas antes que ela me pegasse completamente veio em minha cabeça a minha irmã, Vanessa iria ficar arrasada quando soubesse que eu não iria mais voltar. Faço uma prece e peço a Deus que me ajude.

— Leon, meu amor, me perdoe! — sussurro para mim mesma, e caio na escuridão.

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