• MEU SOGRO • romance Capítulo 12

"Algumas pessoas surgem em nossas vidas como uma benção, outras como lição."

— Autor desconhecido.

...ᘛ...

Continuação...

— Estou sem entender, o que leva a crer que pode entrar na minha empresa e demitir alguém? — Batendo com as mãos na mesa Marco se levanta. — Você acha que seu nome na porta o torna dono?

Todos ficam tensos, Alec se aproxima do irmão na intenção de acalmá-lo, felizmente consegue. Berriere olha para Bronck que está novamente ao celular.

Respirando fundo pensa: O caos está feito e meu sogro ao telefone. Daria um dedo para saber o que está tirando sua atenção.

A porta da sala se abre, um rapaz entra apressado. Olhando para Bronck repara que se conhecem, o jovem vai diretamente até ele.

— Desculpa o atraso. — Pronuncia para todos na sala enquanto abraça Bronck.

— Oi meu filho. — Os irmãos olham entre si confusos.

— Filho?! Eu não sabia que tinha um cunhado. — Chocada tenta encontrar alguma semelhança com seu falecido marido. — Eles não se parecem. — Balbucia.

Mudando de assunto continua a reunião.

— Estamos voltando para Seattle, esse é o novo gerente da contabilidade. Fernando, esses serão seus funcionários. — Aponta para todos que sobraram na sala.

— Como assim? Eu sou o Gerente da contabilidade. — Desesperado passa as mãos pelos cabelos.

— Você será rebaixado do cargo principal para vice e supervisor. — Mais uma vez Berriere se pronuncia.

Se juntando a ela, Bronck coloca sua mão em seu ombro.

— Isso aí! — Com um sorriso cínico olha para Marco que está cuspindo fogo.

Fernando tenta mudar o foco para aliviar a tensão.

— Estou disposto a ampliar nossa empresa em 30% até o fim do mês. — Calmamente explica tudo, circulando a mesa prendendo a atenção de todos para si.

Berriere observa com os olhos brilhando, em sua mente o admirava por exalar confiança.

Tomando um susto com a voz de Maria que havia voltado para a sala, fica totalmente sem graça quando ver seu sogro a encarando.

— Obrigada por virem assim de última hora para essa reunião. Como nova presidente estou disposta a ouvir todos vocês. E claro, de agora em diante se reportarão a mim. — Se levantando Alec aponta o dedo para ela.

— Palhaçada, você pensa que é quem? — Bronck ia respondê-lo quando Maria se adianta.

— O que eu penso ou faço não é da sua conta senhor. Só para esclarecer, não está autorizado a participar das reuniões ou qualquer coisa envolvendo a B. MONDOVAEXPOR. — Se levantando Maria caminha até ele.

— Por que? Não sou muito útil aqui? — E com o golpe mortal o responde tranquilamente.

— Você não está na folha de pagamento. — Passando por ela furioso, sai da sala encerrando o assunto.

Oferecendo a mão, Bronck retira Berriere do assento.

— Obrigado a todos. — Finaliza a reunião. — Vamos! — Assentindo Berriere o acompanha para a saída, quando Fernando o chama.

— Padrinho tenho que falar um segundo com você em particular. — Berriere nota seu nervosismo.

— Sim. — Reparando a seriedade na face de Fernando para.

Se sentindo desconfortável não sabia se ficava ou se afastava. Bronck segura em sua mão e a mantém próximo a si.

— Estamos escutando. — O encara impressionada, essa atitude a fez se sentir importante, coisa que não acontecia em seu casamento.

— Em particular. — Fernando insiste. Sem jeito tenta se afastar, mas Bronck a mantém por perto.

— Pode prosseguir. — Insiste mais uma vez.

— Sinto muito, o Kamael tinha uma... — o interrompendo se vira para ela. — Pelo tom da voz é coisa séria. Está preparada para ouvir ou quer se retirar?

Curiosa respira apressada.

— Quero saber! — Segurando firme o braço do seu sogro olha direto para Fernando.

— Kamael tem uma segunda mulher e um filho. — Os olhos de Berriere se inundam com a notícia que acabou de receber.

— Não acredito! — Suspira decepcionada.

Seus olhos começam a lacrimejar, percebendo, Bronck sussurra em seu ouvido.

— Pare de chorar agora! — Segurando as lágrimas abaixa a cabeça.

— Podemos ir? Por favor. — Discretamente limpa uma lágrima que teima em cair.

— Me conta tudo amanhã na ligação. Faça contato com a mesma, quero ser informado de tudo. — Fazendo carinho nas costas dela começa caminhar em direção ao elevador.

— Tá bom. Meu pai disse que te encontrará em Seattle para o jantar.

— Obrigado meu filho. Me mantenha informado. — Apertando o botão do elevador sente o soluço de Berriere.

A abraçando espera as portas se abrirem. Ele pede que o condutor do elevador se retire para que tenha um minuto a sós com Berriere.

— Sai! — O senhor o olha sério. — Saia agora ou será demitido. — Os deixando sozinhos as portas se fecham, Bronck gira a chave trancando o elevador.

— Escute bem o que vou te dizer. — Segurando seu rosto com uma mão a fazendo olhar direto em seus olhos. — Estou tão decepcionado quanto você. Não criei um projeto de homem. — O olhando espantada pela proximidade, por um instante esquece totalmente o que está acontecendo.

Estavam a centímetros de distância, o perfume dele invadindo sua mente. O toque macio de sua mão em seu rosto a deixa ruborizada. O encanto se quebra quando ele continua.

— Se quiser chorar, sofrer, desmoronar faça isso sozinha. Aquelas pessoas serão seus funcionários, não seja fraca!

Essas palavras duras a fez perder todo o encanto de alguns segundos atrás, o tom de voz rude a deixou frustrada.

— Como pode ser tão rude? Acha mesmo que sou como você?! Senhor homem de ferro! — Irritada o questiona. — Hein? Tenho um coração, sentimentos, pensa que é fácil descobrir que o homem que sempre amei não presta, é um canalha? Se ponha em meu lugar. O mundo está desmoronando a minha volta. — Ele se afasta.

Destrancando o elevador pensa em tudo que ouviu. Porém, resolve não tocar mais no assunto.

— Vamos para o hangar, nossas malas já estão lá. — O homem volta para o elevador, aperta para a portaria.

— Tenho que ir em casa fechar tudo. — Responde acreditando que vai respeitar sua vontade.

— Contratei funcionários para cuidar da casa, não se preocupe. Vamos embora para Seattle, você precisa lidar com a perda e a traição longe desse lugar. — Internamente aceita sua decisão.

— Ok, Obrigada. — As portas se abrem e seguimos para um ponto de taxi.

Ele nos leva para o térreo e chama um taxi. Sem entender o olha confusa.

— Não vamos com nosso motorista? — Pergunta curiosa.

— Eu vou! Você vai de táxi. — Pasma para de andar.

— Não. Por favor. — Se lembrando do início do dia, sabia o porquê dessa situação.

— Você não aceita meu cavalheirismo. — Fazendo sinal para um táxi caminha até a ponta da calçada.

— Por favor, não me deixa sozinha. Me desculpa. — Choramingando suplica.

— Não. — Abrindo a porta do táxi a convida a entrar.

— Não faça eu me humilhar. — As lágrimas já escorriam.

— Por favor, entre no táxi. — Evitando olhar em seus olhos, desvia para seu motorista que estava sem entender o que acontecia.

— Olha para mim Bronck, me desculpa por hoje mais cedo.

— Estou olhando, mas você tem que entender que sou um cavalheiro e gosto de ser assim. Se eu a aceitar em meu carro estarei indo contra minhas regras.

— Por favor! — Implora.

A olhava sério e pensava se devia aceitar ou não sua desculpa, por fim, aceita e decide levá-la com ele.

— Tome aqui senhor, desculpa por fazê-lo esperar. — Constrangido entrega cinquenta euros e fecha a porta do táxi.

Voltando para o carro, abre a porta para que entre.

— Obrigada! — Se acomodando espera que se junte a ela.

Repara que está com uma cara péssima e resolve ficar calada.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •