O Supremo. romance Capítulo 10

Andréia

Vou abrindo os olhos aos poucos e olho aonde eu estou e percebo estar em um quarto de hospital, olho ao meu lado e tem um homem lindo ao meu lado, o olho por um tempo e sinto nele um cheiro de Terra molhada e chocolate, quase de imediato eu sussurro as palavras que mais tive medo em toda minha vida.

- Meu

Assim que sussurro essa palavra observo ele se mexer na poltrona e soltar um rosnado, não sei que o que ele vai fazer comigo então prefiro sair daqui o mais rápido possível, ‘’será que minhas roupas estão aqui?’’ me perguntava tirando a agulha do meu braço esquerdo e os aparelhos ligados ao meu peito, me levanto de vagar ainda com dor consigo andar até o banheiro, vendo minhas roupas lá me visto e saio sem fazer um ruído quando consigo sair do hospital vou até a floresta mais próxima e me transformo correndo até a casa da Ana.

Vendo a casa dela que fica no meio da floresta, me transformo e bato na porta, esperando que ela esteja em casa, assim que ela abriu a porta e me viu me abraçou muito forte que eu soltei um gemido de dor.

- Aii – Digo enquanto ela apertava a região da minha barriga.

Ana – Desculpa amiga, - falou me olhando e verificando se estava tudo bem – porque você demorou pra chegar? Porque está sentindo dor? Meu Deus, o que está fazendo aí fora que não entrou? – ela solta tudo de uma vez.

- Calma Ana me deixa entrar e me sentar que eu te explico tudo. – Digo a ela que me dá espaço e fecha a porta, me sento no sofá e peço um copo de água e um analgésico pra dor, tomo o remédio e ela se senta na minha frente em uma cadeira e coloca na mesa um pouco de comida.

Ana – Agora comece porque já estou bastante curiosa e sei que vou ficar com muita raiva. – Afirma mais pra si mesma sobre seus sentimentos.

- Chegamos na casa e falei que estava indo embora, e minha mãe me puxou até uma salinha de limpeza no final do corredor e me bateu até perder a consciência, e acordei hoje em um hospital e um homem ao meu lado, me vestir fui até a floresta me transformei e estou aqui. – Digo tudo resumido e escondendo alguns detalhes.

Ana – Não acredito que além de chegar em casa hoje toda arrebentada, me conta a história resumida e ainda mente olhando nos meus olhos sobre tudo que aconteceu na porra daquela casa até aparecer no hospital com um homem que não conhecia. – Diz brava levantando e quase gritando comigo.

- De início eu não sabia e não sei quem é esse homem, só sei que antes de desmaiar apareceu um homem na porta, e não era meu pai só não consegui enxergar quem era, pois, minha visão estava turva e desmaiei, e quando acordei parecia o mesmo homem e .... – Não sabia como dizer isso a ela, tenho certeza que ela vai gritar comigo – ele é meu companheiro. – Digo rápido e de uma vez.

Ana – Minha Deusa me dei a paciência que preciso para não cometer um homicídio – pede com os braços pra cima e fechando os olhos com força, voltando seu olhar pra mim sentia toda sua raiva – meu amor, olhe bem nos meus olhos e me dê uma boa razão pra você ter fugido assim de seu companheiro e já aviso se não for um bom motivo se prepare pra morrer de fome pois não sou obrigada a cozinhar pra UMA PESSOA QUE ABANDDONA O COMPANHEIRO DESSA FORMA. – Começou mansinha, mas acabou explodindo comigo, me fazendo encolher um pouco.

- Eu não sabia se meus pais estavam com ele ou se ele era um segurança, e não sabia se ele ia me rejeitar então sai de lá e vim para cá. – Disse a olhando e vendo ela respirando fundo recuperando a calma.

Ana – Sabe pelo menos o nome dele? Ou o que ele faz na alcateia? – pergunta me olhando.

Antes que eu possa responder que não sei de absolutamente nada sobre ele, nos escutamos um uivo bem alto e forte parece que estava procurando alguém, ao ouvi-lo meu coração começou a bater forte e comecei a me contorcer de dor era muito forte pra mim aguentar.

Ana – Andréia, pelo amor da Deusa não me diga que esse uivo é do Supremo e não piore minha situação dizendo que ele é seu companheiro. – Pergunta tudo que eu não sabia responder e ela me pega no colo e me leva até meu quarto e me deita na cama.

- Obrigada, eu não sei quem ele é nem sei se é o supremo ou não – Digo e contorcendo na cama de dor.

Ana – Esse uivo pra chegar até aqui só pode ser o Supremo, até eu não estou aguentando, mas o que será que ele está procurando pra soltar tanta dominância assim em um uivo desesperado? – Nisso ela tem razão, seja o que for que ele esteja procurando espero que ache logo, nunca senti tanta dor assim.

- Só espero que ache e pare com esse poder todo, dói demais. – Digo chorando e ela me abraça.

Ana – Calma vai passar, vou pegar comida para você. – Me limitei a assentir com a cabeça vendo-a sair.

Ela volta com a comida e só sai quando eu termino de comer, ela estava preocupada comigo e não saiu de perto de mim e até me deu banho pois não conseguia levantar, duas semanas se passou e aquele poder continuava e foi aumentando cada dia mais, Ana já estava desesperada e não sabia o que fazer pois eu estava fraca e pálida.

Ana – Andréia não tem como você ficar assim mais tempo, eu vou no supremo pedir pra que ele pare com isso ou você vai morrer. – Ela disse desesperada pegando sua bolsa e foi pegar a chave do carro ao lado da cama no criado mudo, quando ela se aproximou, eu segurei seu braço e a olhei com lágrimas nos olhos, e senti minha visão escurecer deixando ser tomada pela escuridão.

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