Vendida para o Don romance Capítulo 28

CAPÍTULO 28

Don Antony Strondd

Essa mulher está me deixando louco. Eu sei que ela está chateada, e até tento respeitar, mas pretendo convencê-la o quanto antes de voltar a ficar comigo, agora que a conheci por inteira, não vou aguentar ficar longe dela.

Cheguei na boate e ainda estava excitado, não consegui me aliviar no banheiro, e às vezes penso que a Fabiana é quem me causa isso, quero o corpo dela, é isso que eu quero.

Enzo, logo começou a me mostrar todas as questões que eu precisava decidir, ou tomar alguma providência na boate e a respeito da máfia, mas eu simplesmente não estava conseguindo pensar em nada, o rosto de decepção da Fabiana estava me assombrando.

— E eu, pensando que o casamento tivesse te feito bem! O que foi, agora? Mal consegue pensar, a tua mulher é brava pra caramba, né? Toma um drink, vai se sentir melhor! — Enzo me entregou um copo e me ajeitei na cadeira do escritório.

— Aquela mulher é complicada! E, o pior é que é isso que gosto nela, não é como todas as outras, não sei explicar! — me olhou zombeteiro.

— Shi, se apaixonou por ela?

— Não, mas posso dizer que gosto mais do que deveria! E, o pior é que está de greve, pois como não sangrou na primeira vez eu Fui idiota... não sabia que era possível isso, mas depois que a médica atestou que ela é assim, ela só falta querer me matar.

— Puts, nem eu sabia. Então tira o stress! Quer que eu chame a Susany? Ou alguma outra? — se aproximou da porta.

— Nem pense, nisso! A Fabiana odeia a Susany, eu não vou fazer isso. — ele ficou me olhando, parecia curioso.

— Caramba, eu pensei que morreria e não te veria rejeitar, mulher!

— Já pegou uma mulher virgem? — levantei o encarando.

— Não.

— Então quando pegar, voltamos a conversar sobre isso! Você vai entender o que estou falando.

— Tudo bem. É bem difícil encontrar uma, mas quando eu me casar vou exigir isso se o meu pai for me arrumar alguém, quero saber como é.

— Logo chega a tua vez, você é poucos anos mais novo que eu. Provavelmente as tuas irmãs casarão antes.

— Sim... agora vamos ver o ensaio das meninas com as novatas, depois do almoço você pensa como vai resolver essas coisas!

— Tudo bem.

Saímos do escritório e notei que todas ficavam olhando mais que o de costume para mim, até o Enzo me cutucou, mas fingi que nem via.

Havia muitas mulheres no palco, algumas no poli-dance, outras dançando juntas, ou individuais. Susany apareceu na minha frente e arregalei os olhos quando subiu em cima da mesa que eu estava, nenhuma delas foi tão audaciosa.

— Vamos para a sala VIP, Don? Estou louca para arrancar toda essa roupa que está usando! — ela tirou o vestido curto e ficou apenas de lingerie naquela mesa, o levantou para o alto o balançando de maneira sensual e o jogou em mim, mas na mesma hora o joguei no chão.

— Susany! É apenas um ensaio, não precisa fazer isso! — falei, mas ela deu de ombros, com um leve sorriso malicioso, e aumentou a sua sedução naquela mesa.

Não vou negar que é bonita, até me animei em assistir a sua apresentação, mas toda vez que eu olhava pra ela, eu me lembrava da Fabiana e virava o rosto, ou levava o meu corpo ainda mais para trás.

Todas elas começaram a tirar parte da roupa quando chegamos, e qualquer um aqui, sabe que nos ensaios não é necessário, estavam tentando chamar a atenção, e até as novatas entraram no embalo.

Então entrou uma novata no palco, e não percebi quando foi, pois eu estava entretido com as outras, era a única que estava vestida, e vi quando jogou do palco um casaquinho curto, estava com uma saia e uma blusinha, e conversava com uma das dançarinas antigas da casa.

Logo pensei na minha prima Duda, será que foi tão audaciosa que voltou para aquele palco depois daquela noite da minha despedida de solteiro?

A mulher estava de salto e fiquei olhando pra ela quando os tirou e jogou do palco, estava concentrada no poli-dance.

— Mas, que inferno aquela novata, tem? Não vai nem me olhar? Quer que eu me vista outra vez? — Susany estava com ciúmes da novata, mas ela tinha curvas lindas, e o pior é que lembrava demais a minha Fabiana.

— Se contenha, Susany!

— Mas, Don...

— Saia da minha mesa, Susany! Não quero você aqui. — me olhou furiosa, e desceu pegando o vestido, o colocando logo em seguida, e depois nem vi para onde foi, a novata subiu no poli-dance e todos estranharam a facilidade com que ela mexeu o corpo, era linda.

— Caramba, a novata tem muita força nos braços e nas pernas, me arrisco a dizer que poderia facilmente tomar o lugar das outras! — Enzo comentou e fixei os olhos nela e me levantei.

— Vou olhar ela de perto, tem algo errado! — percebi a novata com um controle absurdo nos braços e nas pernas, e na primeira tentativa ela se soltou descendo lindamente com um braço só, como se tivesse voando, mas eu desejei matá-la quando vi o seu rosto.

— FABIANA, DESÇA AGORA MESMO DAÍ, SUA PUTTANA DOS INFERNOS! — gritei irritado, praticamente correndo até lá, subi as escadas do palco.

— Se você pode se divertir, eu também posso, qual o... — aquela infeliz não terminaria de falar, eu não deixaria.

Eu não queria conversa nenhuma, simplesmente a arranquei de lá, a joguei nos ombros, e comecei a descer as escadas.

— Para de ser idiota, eu só estava aprendendo! — batia nas minhas costas, ainda se achava no direito de reclamar!

— Já chega, Fabiana! — entrei pela sala VIP e bati a porta com força a jogando na cama. — Eu tenho vontade de te esganar, Fabiana! Onde estava com a cabeça?

Eu estava furioso e a safada rindo, que ódio eu fiquei.

— Eu chego na boate atrás do “meu” marido! E, daí encontro o maldito naquele antro de perdição, com a puttana mãe, em cima da mesa, o que acha que eu entendi? Está tudo bem, eu também posso!

— Maldita! Eu te mato se me trair com outro, Fabiana! — Fui pra cima dela, e prendi os seus braços na cama, e o pior é que estava malditamente sexy daquele jeito. — Não foi você mesma que me mandou procurar as puttanas? — A encarei.

— Se eu te mandar comer merda, vai comer? É tão trouxa que já esqueceu o nosso combinado? Não brinca comigo, Don... eu posso ser muito mais perigosa do que você imagina!

— Eu não acredito que eu estou sendo chantageado por uma mulher!? — levantei daquela cama, irritado, passando as mãos com força nos cabelos.

— Não sou qualquer mulher, sou a “sua” mulher! E, não diga o contrário, porque temos provas com a médica! — eu não queria acreditar que fiquei nas mãos dela, pois mais do que nunca eu queria arrancar aquelas malditas roupas e fodê-la naquela cama.

— Está bem, você venceu! O que quer para me aceitar novamente? — ela sentou na cama, ajeitou os cabelos, levantou e foi até um espelho que tinha ali.

— Primeiro de tudo que me respeite. Do jeito que está me tratando, só me terá a força, é isso que quer? — neguei.

— Diga logo, Fabiana! — Reclamei e ela ergueu a saia e arrumou uma meia que só agora reparei, tinha uma cinta liga... mas, que droga de mulher sensual!

— Pra começar quero que me leve no colo até a mesa que você estava! Você só vai olhar pra mim e vai buscar os meus saltos e casaco, e me vestir com cuidado,...

— O quê? Ficou maluca? O que pretende? — ela colocou uma mão à frente e percebi que não havia terminado.

— Depois você vai chamar a Susany e pedir que faça um café fresco e nos sirva!

— Ah, agora entendi! Está com ciúmes da Susany? Não disse que veio me buscar para o almoço?

— Sim, e vamos almoçar. Inclusive eu já vou te avisando que zombaram da minha escolha do almoço, então não ouse a cair no embalo e dizer que não gostou, porque de manhã eu me lembro muito bem de você ter dito que eu poderia fazer isso!

— Tudo bem, quanto a isso, a escolha é sua! Mas, vai mesmo querer o café antes do almoço?

— Com tudo o que tenho direito! — fui bem perto dela.

— E eu posso saber o que eu ganho com isso? Qual será a minha recompensa?

— Terá que fazer para descobrir! Eu não vou contar, até porque não sei se vou gostar da forma com que você vai fazer tudo.

— Está bem! Eu faço... sei que estou em dívida com você! — ela passou o dedo no meu pescoço.

— Saiba que a sua dívida aumentou quando deixou a puttana dançar naquela mesa, começa a se policiar com essas coisas!

— Eu sou homem, Fabiana! Sou o Don de Roma!

— Exatamente! Mas, se casou comigo, meu bem... esse foi o seu pior erro, ainda mais depois de me irritar!

— Gostei do “meu bem”! Acho que já quero te levar... — abri a porta da sala VIP e muitos olharam para dentro.

— Também quero que me leve...

Com cuidado, peguei a Fabiana no colo e evitei olhar para os outros. Ela sorriu pra mim, agarrada no meu pescoço, jogou os cabelos para trás, estava gostando.

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