Amor além do tempo romance Capítulo 17

É estranho eu ter que abrir o meu coração pra irmã do Dilan, sendo ela tão amiga da Cris.

Mas eu estava me sentindo culpada.

Eu praticamente pedi pra ela me bater, afinal, eu falei algo que eu sabia que a machucaria.

Eu nunca fui de me envolver em brigas, sempre fui muito de resolver meus problemas com diálogo.

Quando o seu Dário falou que ela viveu em orfanato, eu lembrei de mim, que poderia ter tido essa mesma realidade, quando perdi a minha mãe, então isso fez com que eu me sentisse pior ainda.

No jantar com a Dandara, eu pedi desculpas mais uma vez.

Ela poderia ter ficado com raiva de mim, por eu ter sido tão insensível com as dores da amiga dela, mas ela tem um coração tão bom, que em vez disso ela estava cuidando de mim, embora eu saiba que posso muito bem me cuidar sozinha.

Depois do jantar eu fui pro meu quarto, deitei na cama, e foi impossível evitar o choro que condenou a minha alma.

Eu estava sentindo vergonha de mim mesma, pela crueldade das minhas atitudes.

Embora o Dilan tenha dito que ele e a Cris não tinham mais nada um com o outro, nada me tira da cabeça que eles poderiam ainda ter uma chance se eu não tivesse chegado e atrapalhado tudo.

Eu quero ter a chance de me desculpar, mas quando isso acontecer, quero que seja longe do Dilan, talvez eu consiga o endereço dela.

Procurei o meu telefone e liguei pra minha vó, que não me atendeu.

Tentei mais duas vezes, e nada.

Achei estranho, mas eu tentaria falar com ela no dia seguinte.

Fui pro banheiro, tomei um banho, tentei me desligar dos problemas que eu causei com a minha presença.

Eu não posso estragar esse lugar que eu tanto chamei de lar.

Não posso criar memórias ruins aqui, e ofuscar tudo de bom que eu já vivi.

Tem coisas na minha vida que continuam sendo um verdadeiro quebra - cabeça pra mim.

Voltei pra cama, ativei o despertador do celular e demorei um pouco pra dormir, mas finalmente o sono chegou com um tempo.

Acordei com o meu celular despertando e quase chorei querendo dormir mais.

Levantei da cama na força do ódio, sentindo o meu corpo pedir por mais descanso, mas eu prometi ajudar o Dilan, então era isso que eu faria.

Olhei no espelho e vi que o meu rosto estava marcado, me fazendo lembrar da briga da noite anterior.

Balancei a cabeça tentando afastar essas lembranças.

Peguei a minha mala e separei uma calça comprida e uma blusa branca, fui escovar os meus dentes, precisei tomar um banho pra despertar, e depois me arrumei bem rápido, pois já estava perto do Dilan chegar.

Sai do quarto na esperança de dar tempo de comer alguma coisa, pois eu estava faminta, mas assim que eu estava fechando a porta o Dilan apareceu, cheio de elogios, abraços e beijos que fizeram eu suspirar, fiquei preocupada de a Cris nos ver dessa forma, mas outra vez ele falou pra eu não me esconder, revirei os olhos e ele ficou de gracinha me imitando.

Ele ficou analisando o meu rosto e o meu braço, quando eu tirei ele do foco dos meus machucados e o chamei pra irmos.

Mas ele perguntou se eu havia merendado, e quando eu disse que não, ele falou que eu precisava comer pra aguentar a correria.

Agradeci mentalmente por isso, pois eu provavelmente iria desmaiar de fome.

Comi o mais rápido que pude, e depois fomos pra casa dele, pra fazer a entrevista.

Quando ele viu a quantidade de pessoas interessadas na vaga, percebi que ele ficou assustado.

Afinal ele nunca havia feito isso antes, mas eu tinha um certo costume com entrevistas, não como entrevistadora, mas como entrevistada, mas eu sabia como ajudar nessa parte.

Tentei acalmá-lo, falei que algumas dessas pessoas poderia ter um emprego.

A gente sempre está em busca de algo melhor, eu mesma vivia fazendo esse tipo de busca.

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