Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

- Então, Alessandro, que idéia tão magnífica é essa que você teve para me tirar de casa antes das seis da manhã? – Perguntei quando encontrei os caras na segunda, num café perto da empresa do Alessandro.

- Vamos mandar flores para as nossas mulheres, meu amigo, muitas flores! – Alessandro sorria.

- É uma boa idéia, Melissa está impossível. – Nando comentou.

- Que tipo de flores? – O Rick perguntou.

- Cada um escolhe a sua, mas tem que ser um arranjo que as faça ver o quanto nos somos loucos por elas. – Patrício falou com aquele sorriso idiota no rosto.

Terminamos o café e fomos à floricultura que ficava aberta dia e noite. Quando chegamos a florista nos mostrou vários arranjos no computador que ela poderia fazer. Mas o Patrício, como sempre o Patrício, viu um arranjo descomunal num canto da loja e chamou nossa atenção.

- É aquele! – Patrício apontou e até a florista começou a rir.

Era um arranjo enorme de flores em tons de rosa num vaso de cristal alto. Aquilo deveria ter um metro de circunferência. Era grande demais.

- Senhor, esse arranjo é usado, geralmente, para casamentos. – A florista explicou de modo gentil.

- Melhor ainda, elas vão nos levar a sério, porque mulher entende dessas coisas. – Patrício falou com um olhar vitorioso.

- Não sei não, Patrício, esse negócio é grande demais. – Comentei.

- Do tamanho do que sentimos por elas, grande demais! – Patrício parecia um garoto e não sei que merda deu nas nossas cabeças que concordamos com ele.

- Ok, então vai ser aquele ali. – Alessandro, que estava reticente, se rendeu. – O meu será de tulipas vermelhas e brancas.

- Se é assim, o meu é de rosas vermelhas. – Falei e a vendedora me sugeriu rosas colombianas de cabo longo de um vermelho incrível e eu gostei muito.

- Rosas vermelhas, Heitor? – Patrício debochou. – Que falta de criatividade. Rosa vermelha é muito clichê.

- Ah, meu amigo, meu romance com minha deusa é totalmente clichê. – Sorri e coloquei a mão em seu ombro. – Peguei um cartão e escrevi a mensagem: “Tenho inveja das pessoas que podem te ver todos os dias”. Entreguei para a florista que ria de nós indisfarçadamente.

- Se você diz... o meu será de peônias rosa. – Patrício estava todo encantado pela Virgínia, era muito engraçado.

- Jacintos roxos pra mim. – Rick informou.

- Pra mim astromélias e lisianthus, ambas cor de rosa. – Nando falou com um sorriso e nós olhávamos pra ele como se ele tivesse recitado uma fórmula matemática difícil. – Quê?

- Astromélias e lisianthus? – Perguntamos todos juntos.

- São as flores preferidas da Mel, ué. – Ele respondeu com um dar de ombros.

- Meu deus, você é mesmo um príncipe! – Bufei. – Mas é melhor eu anotar isso, caso precise me desculpar com aquela maluca.

A florista nos olhava dando risadinhas e nos garantiu que entregaria os arranjos até às dez da manhã. Saí da floricultura direto para o escritório e cheguei bem cedo. Quando Melissa chegou eu já tinha organizado a minha agenda e deixado um tempo livre para tomar um café com a Samantha no shopping. Aproveitei e mandei uma mensagem para o meu sobrinho me encontrar lá, queria apresentá-lo a Samantha, afinal o moleque tinha me ajudado.

Quando a Melissa chegou e me viu placidamente sentado em minha cadeira ficou impressionada!

- Martinez, quem diria, ó... – Melissa bateu palmas. – Você está de parabéns! Não achei que te adestrar seria tão fácil.

- Não abusa da sorte, Melissa! – Comecei a rir. – E não ouse tocar nessa agenda! Hoje eu vou ao shopping no fim da tarde tomar um café com a minha deusa.

- Ah, é? – Melissa se sentou a minha frente sorrindo. – E como é que estão indo as coisas com ela?

- Não faça de conta que não sabe. – Respondi.

- Você não entendeu, mas é lento, viu. – Melissa reclamou. – Eu estou perguntando se você já está de quatro por ela igual ao Patrício está pela Virgínia.

- Nem me lembre. – Bufei. – O Patrício parece um cachorrinho carente. Um marmanjo daquele...

- Tá bonitinho de se ver.

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