Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Depois do furacão que foi a visita do meu pai eu precisei de uns minutos para esfriar a cabeça. Liguei para minha mãe e avisei que ele estava na cidade, ela imediatamente me avisou que ia viajar, pois não queria vê-lo. Na hora do almoço ela me disse que ia fazer uma viagem com um grupo de senhoras para um SPA, de acordo com ela, sensacional. Achei melhor assim, ela já tinha sofrido demais.

No final da tarde o Enzo entra em minha sala todo animadinho. Melissa se levantou para cumprimentá-lo, mas é claro que o garoto não se agüentou.

- Gata, se eu me afogar na sua beleza tenho direito a respiração boca a boca? – Enzo disparou e arrancou gargalhadas minhas e da Melissa.

- Moleque, você está impossível! – Falei enxugando os olhos.

- Gatinho, prometo que quando você tiver dezoito te dou uma chance. – Melissa deu uma piscadinha pra ele que colocou as duas mãos no coração teatralmente.

- Vou cobrar, gata. Sabe como é, três anos passam depressa. – Enzo se sentou ao lado da Melissa. – Soube que você conheceu aquele ser adorável que é o meu avô? – Enzo perguntou com deboche. Ele também não se dava bem com meu pai, pois cansou de ver a mãe dele chorando pelo desprezo que o próprio pai tinha por ela.

- Nem fala, gatinho! Pelo menos você e seu tio não são como ele. – Melissa sorriu para o meu sobrinho.

- Não. Ele é tudo o que eu mais desprezo em alguém, Mel. E olha que eu sou só um moleque. – Enzo riu meio sem graça.

- E como você sabe que seu avô esteve aqui? – Perguntei já imaginando a resposta.

- Porque ele resolveu montar a barraca lá em casa! Foi pra lá reclamar de você com a minha mãe e eu saí de casa porque já estava perdendo a paciência de vê-lo dizer o quanto você e ela são filhos ingratos. – Enzo respondeu sem um pingo de humor.

- E a sua mãe, é claro, caindo na conversa dele? – Falei e Enzo fez que sim. – Esses anos todos de terapia não servem de nada! – Comentei sabendo que minha irmã fazia terapia por causa do meu pai e não chegava a lugar nenhum, ele aparecia e acabava com o equilíbrio dela.

- Heitor, nós mulheres sentimos diferente de vocês homens. – Melissa chamou minha atenção.

- Mel, o meu pai é uma pessoa detestável, você viu, e ele é tóxico e manipulador. – Expliquei. – A Hebe não sabe lidar com ele.

- E a vovó, tio? – Enzo perguntou preocupado com a avó que ele adorava.

- Viajou. A essa hora está embarcando. – Falei e sorri.

- Que bom! E será que eu posso ficar na sua casa até meu avô ir embora? Juro que não te atrapalho com a tia Sam! – Eu sabia que ele queria me pedir algo no momento em que ele entrou.

- Se a sua mãe deixar, não tem problema nenhum. Vou ligar pra ela. – Respondi. – Se ela deixar, nós passamos lá mais tarde pra você pegar suas coisas.

- Minha mochila já está com a Julia. – Ele respondeu me fazendo rir.

- Então, gatinho, já que está aqui vai trabalhar. – Melissa falou e já foi dando ordens para o meu sobrinho que ia fazendo tudo o que ela mandava. Essa mulher tem um dom natural para mandar nas pessoas.

O dia passou rápido e saí do escritório com o meu sobrinho rumo ao escritório do Alessandro, fomos buscar a Samantha que concordou em jantar conosco.

- Tia, sua linda! – Eu mal parei o carro e o Enzo pulou para abraçar a Samantha.

- Sobrinho, seu fofo! – Samantha retribuiu. Entre eles havia surgido um carinho genuíno e isso me deixava muito feliz. – Quer dizer que hoje eu vou jantar com os dois homens mais gatos da cidade?

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