Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Samantha”

As garotas se reuniram na casa da Cat hoje, mas eu estava tão desanimada que acabei dando o bolo. Claro que elas me ligaram insistindo muito que eu fosse, mas inventei que estava com uma terrível dor de cabeça. Eu não queria chateá-las, principalmente a Cat que estava grávida e precisava de paz e pensamentos positivos.

Então, fiquei em casa com um livro e uma pizza. Eu passei apenas o final de semana com a minha mãe e o Joaquim e foi muito bom ter passado um tempo com eles, assim como foi muito bom voltar a ver o Vinícius. E era justamente nisso que eu tava pensando quando meu celular tocou e eu atendi sorrindo.

- Você não consegue ficar longe de mim. – Falei quando atendi.

- Tia, sua linda! Não consigo mesmo. Eu gosto muito de você e estou com saudade. – Enzo falou fazendo manha. – Além do mais, você está me devendo aquela ida na Roadmaster, esqueceu?

- A lanchonete de carros antigos. Mas você ainda não foi? – Puxei pela memória e me lembrei que tinha combinado de ir com ele.

- Combinei de ir com uma gata chamada Samantha, mas ela andou fugindo de mim. – Falou como um conquistador, me fazendo rir.

- Mas que boba que ela é, perder uma oportunidade de sair com o carinha mais gato da cidade. – Brinquei e ele deu uma risada gostosa.

- Que tal a gente ir na quarta?

- Parece bom pra mim. – Concordei. Eu sentia falta dele também.

- Chama o Vinícius, ele parece ser um cara maneiro. – Enzo sugeriu, mas eu vi que por trás daquilo tinha uma intenção.

- Ah eu vou chamar mesmo, ele adora esse tipo de coisa. Espero que ele não esteja de plantão no hospital. – Comentei.

- Não me diz que o cara além de ser boa pinta e gente boa ainda salva vidas. – Enzo brincou.

- Sim, querido, ele é médico emergencista.

- Mas é eita atrás de vixi! – Achei graça do seu comentário. – O cara tem algum defeito? Por favor, não me diz que ele é perfeito.

- Sobrinho, perfeito ele não é não, mas está bem perto disso. – Comentei.

- Eu não posso falar o que pensei agora porque minha mãe não gosta que eu fale palavrão. – Enzo me fez rir. Esse menino sempre me fazia rir.

- Vou convidá-lo, tenho certeza que você vai gostar muito dele.

- Então eu passo pra te pegar na quarta às sete.

Me despedi do Enzo me sentindo um pouquinho melhor, ele realmente era divertido e sempre me fazia rir. Deixei para ligar para o Vinícius no dia seguinte, pois sabia que ele estava de plantão.

Eu ainda estava rindo do Enzo quando recebi uma mensagem de um número desconhecido e me arrependi de ter aberto. Era uma foto da puta da Isabella pendurada no pescoço do Heitor. Parecia ser em um restaurante, deu pra ver que o Nando estava sentado ao lado dele.

Olhei bem a foto e eu nem podia acreditar. O Heitor voltou de viagem, isso com certeza, pois o Nando estava com o braço engessado, deu pra ver na foto, ele ainda estava se recuperando da surra que levou. Ele voltou de viagem e falou com aquela puta, mas não falou comigo. É inacreditável. Foi suficiente para que eu começasse a chorar.

Olhei em volta e senti que todos estavam me olhando sérios demais, com expressões nervosas e pareciam todos com raiva. Era sem dúvida um ambiente hostil demais.

- Ah, é isso. – O Flávio estava preocupado com a Manu e os rapazes preocupados com as outras garotas, eu entendia a irritação, mas me senti acuada. – Olha, Flávio, me desculpa. Eu avisei a Manu sobre isso, foi logo que vocês começaram a se envolver, só achei que ela mesma te contaria. Me desculpe e fique tranqüilo que não vou permitir que ela seja afetada. Assim como não vou permitir que nenhuma das outras garotas seja afetada. – Suspirei. Se eu era o problema, deixaria de ser.

- Ah é, Samantha? E posso saber como você vai fazer isso? – O Flávio estava tão irritado que me fez me sentir mal.

- Chega, Flávio! – Manu falou alto chamando a atenção dele. – Aliás, todos vocês, já basta! Sam, vem, vamos tomar um café.

Eu estava exausta e aquela inquisição logo cedo foi a gota d’água pra mim. Eu fechei os olhos e respirei fundo.

- Quer saber, vocês estão certos. – Falei me sentindo pressionada e magoada. – Manu, obrigada, mas não vamos tomar café. Alessandro, agradeço enormemente a oportunidade que você me deu, mas vou passar no recursos humanos agora e entregar a minha demissão. Vou me desligar da empresa imediatamente, é o melhor para todos que eu me afaste. Mas não se preocupem, vou dar um jeito de avisar ao idiota do Rômulo que não tenho mais contato com vocês.

Me levantei e saí dali depressa, antes que eu começasse a chorar.

- Ah, não, Samantha, você volta aqui! – Escutei o Flávio falar alto, mas não me detive e entrei no elevador.

- Mas que porra foi essa? – O Alessandro perguntou antes que as portas do elevador se fechassem.

Fui direto ao recursos humanos e apresentei minha demissão imediata. Todo o processo foi feito rapidamente e marcaram para que eu fosse receber dois dias depois. Saí do prédio e comecei a chorar. Eu estava sozinha agora, não tinha como o Rômulo prejudicar mais ninguém. Entrei num taxi e fui pra casa. Pedi ao porteiro para dizer a qualquer um que eu não estava em casa e me tranquei no meu apartamento.

Eu não sabia o que ia fazer dali pra frente, eu só sabia que por hoje eu ia deitar na minha cama e chorar o dia todo. Desliguei o celular, tomei um banho e caí na cama.