Resumo de CASAL 3 - Capítulo 91: Uma história nebulosa – Uma virada em Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque de GoodNovel
CASAL 3 - Capítulo 91: Uma história nebulosa mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
“Flávio”
Assim que a Manu dormiu eu voltei para a sala, eu tinha uma conversa pendente com o irmão da Manu.
- Olha, eu já vi muita coisa ruim, mas o que essa mulher faz com a Manu é demais até pra mim. – Comentei assim que me sentei.
- Já foi pior. Manu levava surras horríveis, por qualquer coisa. Um dia a Rita batei nela com um cinto, Manu ficou com o corpo cheio de marcas da fivela, tudo porque a Manu entrou em casa correndo e esbarrou em um enfeite qualquer que se quebrou. A Manu tinha só dez anos. A Rita sempre a ameaçou que se ela contasse para o nosso pai das surras ela apanharia mais. Nessa época eu já tinha saído de casa, só descobri porque desconfiei que a Manu estava usando blusa de frio no verão e eu fiz ela me contar. Cara, eu quase bati na Rita, mas meu pai chegou e nós brigamos, a Manu me implorou pra não contar pra ele. – Os olhos do Camilo lacrimejaram.
- E essa não foi a primeira, não foi a última e nem foi a pior. – Olívia completou. – Me admira muito que a Manu não tenha raiva da mãe e que ela tenha se tornado essa pessoa tão boa.
- Na semana que ela saiu de casa, dois dias antes a Rita tinha dado uma surra nela com cabo de vassoura. Ela saiu da nossa cidade com as costas marcadas pelo cabo da vassoura. – Camilo estava mergulhado nas lembranças dolorosas e eu sentia a bile na boca de tão enojado que eu estava com aquela mulher.
- Seu pai nunca soube dessas surras? – Perguntei achando aquilo muito horrível para um pai não saber.
- Não. A vida dele com a Rita é um inferno. Então ele passa muito tempo na empresa. E a Manu nunca contou e nem permitiu que eu contasse. E eu fiquei com medo do que a Rita faria com ela se eu contasse.
- Mas por que você não denunciou? – Perguntei indignado.
- Porque a mulher do delegado é a melhor amiga da Rita e o delegado faz o que a mulher quer, inclusive livrar a cara do Juliano pelas merdas que faz. – Camilo estava mesmo em uma situação difícil.
- Me conta sobre a sua mãe. Ela morreu no parto, foi feita autópsia? – Eu precisava saber dos detalhes dessa história.
- Não, meu pai não quis. Eu até entendo, foi um golpe duro pra ele. Nós saímos de manhã, minha mãe ficou sozinha com a empregada. Ainda faltava um mês para o bebê nascer. Quando chegamos a empregada contou que minha mãe entrou em trabalho de parto e não tinha como ir a cidade buscar o médico. Ela chamou a parteira. O bebê nasceu morto e a minha mãe morreu. Meu pai chamou o médico que era amigo dele e o médico disse que minha mãe morreu de hemorragia. E o bebê havia sufocado com o cordão umbilical enrolado no pescoço. – As lembranças eram dolorosas para o Camilo.
- Meu sogro se culpa até hoje por tê-la deixado sozinha. – Olívia segurava a mão do marido, oferecendo apoio.
- E como a Rita entrou nessa história? – Perguntei querendo entender melhor.
- Ela era funcionária do laticínio. Meu avô ainda estava vivo e comandava tudo. Meu pai e minha mãe passaram um mês separados, porque minha mãe achou que o meu pai a estivesse traindo. Pelo que sei, nesse período a Rita se aproximou do meu pai e eles ficaram juntos algumas vezes. Mas o meu pai se arrependeu, terminou com a Rita e se entendeu com a minha mãe, inclusive contou pra ela sobre a Rita e minha mãe perdoou. Minha mãe descobriu que estava grávida. E logo depois a Rita disse ao meu pai que também estava grávida. Minha mãe sabia. A Rita saiu da cidade e uma vez por mês o meu pai ia visitar e levar um dinheiro, saber como estava a gravidez, essas coisas. Ele foi visitar a Rita uns quinze dias depois que minha mãe morreu e aí ficou sabendo que a Rita deu a luz poucos dias antes. Quando ele voltou pra casa, já voltou casado com a Rita. E o nosso inferno começou. – Camilo lamentou.
- Mais uma coisa, seu pai procurou a parteira? – Me lembrei que eles haviam dito que a parteira não estava mais na casa quando chegaram.
- Ele procurou, mas a mulher havia saído da cidade e nunca mais voltou, não houve meio de encontrá-la, parecia ter sido tragada pela terra. – Camilo contemplava o nada.
- E a empregada, o que mais ela disse? – Essa história estava cada vez mais estranha.
- Mais nada, quando nós voltamos do enterro ela falou com o meu pai que não podia mais trabalhar conosco, que tinha ficado muito impressionada com o que aconteceu e foi embora.
- E você sabe onde ela está? – Eu estava achando tudo isso muito estranho.
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