O Labirinto de Amor romance Capítulo 33

Ele ficou calado por um tempo. Não pude conter minha curiosidade e sussurrei em a voz ainda rouca:

- E depois?

Vendo que tomei a iniciativa de perguntar a ele, os cantos de sua boca se levantaram levemente, revelando alguns sorrisos. Ele me deu um beijo na testa.

- Meu avô e eu conseguimos fugir. - continuou ele e, no caminho de volta, encontramos dois irmãos, que haviam ido a capital a negócios. Como havíamos perdido todo o dinheiro e documentos, pedimos um empréstimo para podermos voltar ao país.

Mas, os fugitivos tinham nos seguido e os irmãos acabaram sendo envolvidos...

Eu já começava a ter uma ideia do que ele iria dizer.

- Lúcia e Felipe? Perguntei olhando em seus olhos.

Ele acenou com a cabeça:

- O seu coração de Felipe se machucou na época. Eu o levei de volta para casa para se recuperar por alguns dias. Ele poderia ter sido curado. Contudo, algo aconteceu, antes que ele faleceu, ele confiou Lúcia aos meus cuidados.

- Então, se eles salvaram a sua vida, por que seu avô não concordou com o seu casamento com Lúcia?

Por que ele teria concordado com o nosso casamento e recusado Lúcia? Afinal, ela e o irmão haviam salvado a sua vida e a de seu neto!

Ao me ver olhando para ele com os olhos inchados, ele sorriu.

- Chega de ressentimentos?

Esta era a primeira vez que ele sorria para mim de uma forma gentil e alegre.

Congelei por um momento, um pouco embaraçada. Me desvencilhei de seus braços e murmurei:

- Você ainda não me respondeu.

- Isso não tem importância! É tarde e precisamos dormir.

Ele me puxou para seus braços novamente, pressionou minha mão sobre seu membro e sussurrou roucamente:

- Kaira, quando você acende uma fogueira, é você quem tem que apagá-la.

Eu olhei incrédula para ele, com o rosto em brasa.

- Eu ainda não me recuperei totalmente. - disse num fio de voz.

Sua respiração estava mais pesada.

Fiquei envergonhada essa noite...

Depois de rolarmos na cama por horas, finalmente ele me limpou, me abraçou e dormiu profundamente.

No início da manhã, a luz do sol se infiltrava através das frestas das janelas, que iam do teto ao chão, como se fossem as chamas de uma vela.

Eu havia dormido muito tarde e levei um bom tempo para conseguir me levantar. Mas, Guilherme tinha um compromisso cedo e já havia saído.

A bagunça do quarto me fez lembrar das cenas da noite passada e isso me deixou muito embaraçada.

Nunca poderia imaginar que Guilherme tivesse um lado assim!

Tinha que ir à empresa hoje. Quando acabei de me arrumar já eram quase 10 horas e nem tomei café da manhã antes de sair.

Estacionei na garagem do prédio e, ao entrar no elevador, dei o azar de dar de cara com Pietro e com sua secretária. Ele segurava uma pilha de papéis.

Quando me viu, sorriu com desdém e disse de forma sarcástica:

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