O Labirinto de Amor romance Capítulo 108

Eu levantei os olhos para encará-lo, e vi o meu reflexo em seus olhos.

- Eu consigo torturar você? - dei uma pausa e ri. - É verdade, à essa hora, você deve estar nas cobertas com o seu amor, a dona Joana te chamar de volta agora, deve mesmo ser uma tortura.

A cara dele ficou sombria de repente, e eu continuei em tom de desculpas:

- Sinto muito mesmo por isso, prometo que não vai acontecer outra vez. Já é tarde, volte logo para fazer companhia à sua amada, eu também vou descansar!

- Kaira! - ele estava segurando a raiva. - Você tem mesmo que falar cuspindo veneno?

Eu arqueei o cenho, indiferente.

- Pensou demais, não tenho veneno, por isso não tenho essa capacidade.

- Você... - ele riu de raiva e me tirou da água, me jogando diretamente sobre a cama.

Eu puxei a coberta e me cobri, o que fez ele rir friamente:

- Fala das coisas com tanta malícia e ainda sabe ficar com vergonha?

Não dei bola a ela, apertei os lábios e olhei em volta da cama. Não tinha nenhuma roupa que eu pudesse vestir. E então, Guilherme começou a tirar o casaco molhado dele.

A camisa também tinha se molhado pela metade, e estava grudada sobre o seu peito, parecendo muito provocador. Eu franzi a testa e disse:

- Guilherme, não quero fazer com você!

Seu ato de desabotoar a camisa deu uma pausada e ele riu.

- Você parece aprovar bastante a minha disposição física! - disse ele friamente. - fique tranquila, ainda não sou tão irracional assim.

Assisti ele tirar a camisa e a jogar para o lado. Depois que desamarrou o cinto e desceu a sua calça social, eu reparei que tinha um grande machucado não completamente cicatrizado nas suas costas, e pasmei.

Parece que o acidente de avião realmente foi grave.

Ele jogou a calça para o lado e reparou que eu o olhava fixamente nas costas, então me disse:

- Não importa quem fosse naquela hora, eu faria o mesmo!

Eu não disse nada, apenas puxei as cobertas para cima da minha cabeça.

Mas atos insanos sempre tem consequências. Fiquei com febre alta depois à meia-noite e fiquei confusa e delirei por causa de boca seca, quase caindo da cama.

Ainda bem que a reação de Guilherme foi rápida e me puxou de volta antes que eu rolasse para baixo. Ele parecia ter sido acordado, e sua voz estava rouca ao perguntar:

- Que se passa?

Eu estava tonta e rouca, tentei várias vezes falar e apenas saiu uma palavra:

- Tenho sede!

Ele ligou a luz e me serviu um copo de água. Depois que tomei, aliviou a sede, mas não tinha forças no corpo, além de a tontura estar forte.

Vendo que eu não parecia bem, Guilherme estendeu a mão para tocar na minha testa. Percebendo que estava quente demais, ele se vestiu rapidamente. Mas eu puxei a barra de sua roupa e disse:

- Não podemos ir ao hospital!

Não era bom tomar injeção ou tomar remédio durante a gravidez.

Ele franziu o cenho e suou frio.

- Não vamos para hospital, eu vou chamar Vinícius.

E então ele fez uma ligação. Depois de algumas palavras, ele desligou e foi para o banheiro. Quando voltou, colocou na minha testa uma toalha molhada e foi colocar a água para ferver.

Eu perdi a consciência por um tempo, e não sei quando Vinícius chegou. Quando eles começaram a conversar, eu recuperei um pouco de lucidez.

- Como ela ficou com uma febre alta dessas? A criança está com cinco meses, e seu corpo está em desenvolvimento, é muito perigo! - era a voz de Vinícius, parecia zangado.

- Ela tomou uma hora de chuva! - disse a voz de Guilherme.

- Você vacilou. As emoções de uma gestante são instáveis por natureza, e ainda aconteceram tantas coisas ultimamente, ela está com muita pressão dentro de si, não tinha onde descarregar, então só pôde usar a forma para isso.

Eu estava tonta demais, então não ouvi o restante.

Senti calor e frio intermitentemente a noite toda, mas acabei adormecendo.

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