Desejo Incontrolável Recuperação

Lucas
Quando sai do carro, percebi que era o cretino do Iago, com mais três caras, o covarde não aguentou me enfrentar no mano a mano e foi buscar reforços. Sem mais nem menos ele já foi vindo pra cima de mim e outros caras também, mas se pensaram que eu ia apenas apanhar sem resistir, pensaram errado, deferi vários golpes, eu usei mesmo o meu conhecimento, desviei de mais alguns, o que eu mais me liguei foi no cara com a barra de ferro, desse eu me desvencilhei o máximo possível, e se esses imbecis achavam que ia só me bater e sair ilesos se enganaram redondamente, pois estão todos com olhos roxos, costelas ferradas, e escorrendo sangue do nariz e da boca.
— Toma aqui seu desgraçado! - senti um golpe na minha nuca, o cavarde do Iago me atacou por trás, e com isso eu caí, e aí foi a deixa para eles me encherem de pancadas.
— Tu não tem noção do quanto eu te odeio! Por sua causa eu perdi a Bia! E daí que eu tava sendo bruto com ela? Depois eu mandava um presente e ela me desculpava, mas não, tu tinha que aparecer e fazer escândalo. - ele dizia enquanto me chutava e me enchia de pauladas. — Eu queria romper com aquele selinho dela, se algum dia eu fosse largar dela, seria só depois que eu tirasse a virgindade da Bia.
Nesse momento meu telefone começou a tocar, mas eu nem tive forças pra ver quem era.
— Ai vamos vazar daqui! - um dos caras disse. — Já deram falta do cara, olha aí o telefone tocando.
— Já é, que eu não quero confusão. - outra voz se pronunciou.
— Eu ainda quero arrancar mais sangue desse infeliz. - o desgraçado do Iago disse.
— Pois fica aí e te resolve com a polícia, eu tô vazando. - ouço passos deles se afastando.
— Deu sorte idiota, eu sei que você tá comendo a Bia, te segui e vi vocês dois dentro do carro no dia da festa. - ele sussurrou no meu ouvido. — Eu vou te matar seu doente desgraçado, comedor de irmã, tu ainda vai morrer e eu vou ter a Bia de novo só pra mim, e se você contar disso pra alguém eu conto tudo sobre vocês dois.
Depois de uns minutos em que não recordo se fiquei dormindo ou acordado, escutei novamente meu telefone tocando, me dei conta de que estava sozinho e com muita relutância estiquei meu braço e consegui puxar o celular, e mesmo todo quebrado, eu sorri ao ver que era a Bia que estava me ligando todo esse tempo, ela quem me salvou de quase morrer espancado por esses caras, e foi ainda com um sorriso no rosto que eu vi tudo escurecer.
(….)
Acordei meio desnorteado, olhei ao meu redor e percebi que estava em um leito de hospital, passei meus olhos pelo cômodo e vi as paredes branca e sem vida, todo aquele cheiro de remédio e álcool que só nos hospitais tem, e mais ao lado, sentada toda encolhidinha em uma poltrona ao lado da minha cama estava ela, toda linda e fofinha dormindo.
A Bia é linda e perfeita! Ela é maravilhosa de todas as maneiras possíveis.
Senti um calor no coração e o mesmo começou a palpitar no instante em que a vi.
— Oi meu amor! - sussurrei sorrindo e ela abriu os olhos, e assim que me viu começou a sorrir e chorar e já veio pra cima de mim, e me abraçou.
— Meu amor, meu príncipe, você não sabe o quanto eu me desesperei, fiquei arrasada, preocupada, e quase morri quando fiquei sabendo do que fizeram com você. - ela disse soluçando com a cabeça encostada no meu peito. — Eu te amo Lucas, eu te amo muito, não sei viver sem você não.
— Eu também te amo princesa! Fica tranquila que eu tô bem, não aconteceu nada de mais grave comigo não, e os infelizes também tiveram o deles, eu quebrei eles na pancada também. - eu disse e ela levantou a cabeça.
ele né? Foi o Iago. - ela disse e eu concordei.
— Ele sabe tudo sobre a gente, e disse que se eu contar que foi ele, vai nos entregar. - falei e ela arregalou os olhos. — Por isso eu vou dizer que não vi quem fez isso comigo, não posso arriscar a gente dessa maneira, e depois eu vejo o que fazer.
odeio o Iago, ele conseguiu, eu o odeio com todas as minhas forças. - ela disse chorando e eu a abracei.
calma amor, a gente tá junto e é o que importa, esse imbecilidade do Iago não vai conseguir te tirar de mim. - falei e ela me deu um selinho.
Nesse instante a porta abriu e ela deu um pulo pra trás, a enfermeira nos deu bom dia e começou a tirar minha temperatura.
depois, chegou o médico e começou a me examinar, dizendo que eu estava liberado pra ir pra casa, mas que deveria ficar em repouso absoluto por uma semana, e eu concordei.
e a Marcela assim que chegaram já ficaram felizes em saber que eu estava tendo alta, e então depois que eu assinei os papéis fui liberado pra ir pra casa.
será que não tinha ninguém na rua, não é possível que um rapaz é espancado dessa maneira e ninguém vê nada. - meu pai dizia incrédulo quando veio me ajudando a subir as escadas. — Você não lembra de nada mesmo filho?
de sentir que alguém me atacou por trás. - respondi olhando pra Bia, que ficou
covardia, atacar um rapaz por trás. - Marcela disse
filhão, agora você fica aí e descansa. - meu pai me ajudou a deitar na minha cama e eu agradeci.
Bia cuida bem do seu irmão, eu já deixei uma sopa pronta na geladeira, depois você esquenta e dá pra ele. - Marcela disse toda cuidadosa.
deixar mãe, Bom trabalho pra vocês. - Bia dá um beijo nos dois e os mesmo se