Resumo de Medo – Uma virada em Desejo Incontrolável de Autora R
Medo mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Desejo Incontrolável, escrito por Autora R. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Lucas
Bia sai correndo para a rua descontrolada, escutamos um barulho de uma freada brusca e um baque terrível, meu pai e eu saímos correndo e gritando.
— BIAAAA!
Quando chegamos no meio da rua, nos deparamos com a pior cena das nossas vidas, a Bia está coberta de sangue, a perna dela está virada de um jeito diferente para trás, com certeza está quebrada, tem um ferro perfurando a sua barriga, me aproximo e vejo que é um pedaço de limpador de pára-brisa, o motorista com certeza fugiu, tem tanto sangue que não sei dizer se está respirando ou se está viva, eu só sei dizer que se ela estiver morta eu também estarei.
— FILHAAAA! - Marcela e Sara chegam logo atrás de nós.
— O castigo vem a galope! - Sara disse com um sorriso no canto dos lábios.
Impossível descrever a maneira como me viro e olho para a Sara, "como ela pôde dizer uma coisa dessas?" Ela parece entender o meu olhar e se cala, alguns dos vizinhos chama uma ambulância, de longe já escuto a sirene, Marcela está em choque, só fica falando baixinho: — Minha filhinha! Minha filhinha!
— UMA AMBUL NCIA PORFAVOR! MINHA FILHA NÃO PODE MORRER! - Meu pai tá maluco, fica só gritando.
O som da sirene fica mais próximo, já vejo as luzes se aproximando, quando os para médicos chegam, mandam a gente se afastar, eles socorrem a Bia, colocam uma máscara de oxigênio nela, me sento na calçada, me sinto frustrado sem poder fazer nada, apenas escuto os paramédicos gritarem.
— PARADA CARDÍACA! VAMOS REANIMÁ-LA! - os paramédicos socorrem a Bia, a expressão deles não está muito boa. — DESFIBRILADOR! REAGE MOCINHA! REAGE!
Não aguento escutar isso, eu vou enlouquecer, abaixo a cabeça, lágrimas escorrem pelo meu rosto, se a Bia morrer eu morro junto, eu não vivo sem ela.
— Alguém para acompanha-lá ao hospital? - Meu pai sobe na ambulância, a Marcela não tem condições, está em choque, ele olha para mim e diz.
— Filho cuida da Marcela! Vou mantê-los informados. - meu pai diz olhando pra mim.
— Certo pai! - Quando a ambulância vai para o hospital o dia já tem amanhecido, pego a Marcela e caminho com ela para dentro de casa.
— Lucas nós não íamos embora? - Sara pergunta, apenas o som da voz dessa garota me deixa repugnado.
— Eu não vou pra lugar nenhum com você Sara! - Me viro e entro com a Marcela para dentro de casa, não vou deixar mais a Marcela exposta, os vizinhos já fizeram plateia, Sara entra atrás de mim.
— Lucas nós não íamos nos mudar? - insiste.
— Sara vai embora! Eu não vou voltar com você, com Bia ou sem Bia, acabou! Não existe mais nós! Volta pra sua casa! - respondo nervoso.
— E como vou chegar ao aeroporto? Você disse que ia me deixar! - Suspiro, pego a minha chave e entrego para ela.
— Toma! Vai no meu carro! Depois você joga ele lá e até as chaves fora se quiser! Só some da minha frente. - Ela olha pra mim com cara de ódio e sai da sala, depois escuto o barulho do meu carro ligar e sair da garagem, respiro aliviado, corro para a cozinha e faço um chá de camomila para a Marcela, ela toma respira fundo e começa a chorar.
— Calma Marcela! Vai dar tudo certo, respira um pouco, tira a camisola e veste uma roupa, nós vamos pro hospital no carro do papai. - Subo com ela as escadas e a deixo na porta do seu quarto, vou correndo para o banheiro tiro todo o sangue, "sangue da minha Bia" e visto uma roupa, quando saio do meu quarto Marcela já está me esperando no corredor, ela já está mais recomposta e ansiosa para ir ao hospital, entramos no carro do meu pai e eu arranco com tudo, vamos direto para o hospital.
Quando chegamos lá encontramos meu pai de cabeça baixa no corredor, assim que ele vê a Marcela, corre para abraçá-la e os dois começam a chorar, depois eles se acalmam e se sentam.
— Ela está em coma induzido, o médico disse que o impacto foi muito grande, e ela ainda corre risco de vida. - meu pai diz com a voz embargada.
"Merda"
— O que nós temos que fazer agora é esperar né? - Marcela começa a chorar, meu pai a abraça e fica tentando consola-la, ele olha pra mim.
— Pai você pode fazer o que quiser comigo depois, mas enquanto a Bia estiver assim eu não vou sair daqui! - já me adianto dizendo pra ele.
— É lógico que não vai! - Marcela diz.
— Essa conversa fica pra depois, o que importa agora é a saúde da Bia. - meu pai confirma.
Um médico se aproxima da gente, ele vem falar sobre o estado da Bia.
— Vocês são os familiares da Ana Beatriz? - pergunta.
Agradeço depois de um tempo meus pais voltam e dizem que é a minha vez de comer, mas não quero sair de lá, alguns médicos chegam apressados.
— A paciente Ana Beatriz teve uma piora! Ela precisa urgente de uma transfusão sanguínea, qual o parente mais saudável?
— Eu! - respondo.
— Vamos começar a avaliação por você! Se tudo estiver certo faremos a transfusão imediatamente, não podemos perder tempo. — Não penso nem duas vezes, e acompanho os médicos, eles me avaliam, e eu sou compatível, afinal, somos irmãos, eles me preparam e tiram o meu sangue, por mim se eles quiserem podem tirar até a última gota, se for para salvar a Bia, quando eles terminam tento me levantar e fico tonto, eles me colocam em uma cama em observação e acabo pegando no sono, quando acordo procuro me levantar devagar, saio no corredor e vou até a sala de espera, meu pai e Marcela ainda estão sentados lá.
— Está se sentindo bem? - Marcela pergunta.
— Sim! Já tiveram novas notícias? - estou preocupado com a Bia.
— Sim! Ela está reagindo bem a transfusão. - Marcela me responde mais aliviada.
— Marcela eu vou levar o Lucas para se alimentar. - meu pai diz me ajudando a levantar.
— Certo, beba suco Lucas. - Marcela me orienta.
— Tabom. - Descemos para a praça de alimentação do hospital e nos alimentamos, eu não digo uma palavra, ele também não diz, terminamos e voltamos para a sala de espera, passamos a noite lá, por mais que insistíssemos uns com os outros, nenhum dos três quis voltar para casa, no outro dia bem cedo, o médico que está acompanhando o caso da Bia nos aborda.
— E então doutor? - meu pai pergunta apreensivo.
— O pior já passou, ela saiu do coma e está reagindo bem aos ferimentos, podemos dizer sua transfusão de sangue a salvou, pois ela já está fora de perigo.
— Graças a Deus! - Respiro aliviado, uma lágrima de felicidade escorre pelo meu rosto.
— A qualquer momento ela pode acordar, mas vocês só podem ver ela pelo o vidro. - Nos aproximamos, ela está ainda desacordada, ela tá muito machucada, meu coração se parte ao ver ela desse jeito, tudo o que eu mais quero nesse momento é dar um abraço nela, ela meche o rosto e vai abrindo os olhos devagar, olha na nossa direção e sorri com os olhos, não consigo conter as lágrimas de alegria, a minha Bia está bem.
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