Desejo Incontrolável Despedida

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Bia

Acordamos de madrugada com o telefone tocando, o Lucas vai correndo atender, e pela tom da voz dele, percebo que é um assunto grave, depois de um tempo ele desliga o telefone e volta triste pra cama.

— O que foi meu amor? - pergunto preocupada com ele.

— Minha mãe está muito doente. - ele diz e começa a chorar. — Ela está muito mal Bia.

Eu o abraço e digo que vai ficar tudo bem, nesse meio de tempo, a mãe do Lucas fez as pazes com ele, mas sempre preferiu se manter a distância por minha causa, durante esse meio de tempo, ela casou e teve outra filhinha, a Mariluz, e o Lucas sempre teve vontade de conhecer ela.

— Amor eu vou agora mesmo arrumar nossas malas, nós vamos visitar a sua mãe. - digo decidida e ele concorda.

E até o dia amanhecer foi uma correria sem tamanho, eu arrumei nossas malas, Lucas comprou as passagens e deixou tudo encaminhando com seus funcionários na academia, eu pedi licença na faculdade e ele também, deixamos a Kika na casa da Nohara e do Lee, e partimos pra casa da mãe dele.

Lógico que eu pedi pra ficar em um hotel, a dona Claudia não gosta de mim, e se ela está tão doente, é melhor eu não ficar muito por perto para não incomoda-la, no inicio o Lucas não gostou da ideia, mas no fim se deu por vencido.

E agora estou aqui, nesse quarto de hotel, deitada nessa cama, e olhando para o teto.

(….)

Lucas

Deixei a Bia em um hotel, a princípio eu não queria deixá-la lá, pois não é segredo para a nossa família que nós estamos juntos e temos um relacionamento amoroso há mais de dois anos, e onde não cabe a minha mulher também não me cabe, mas a Bia acabou me convencendo, pois segundo ela a minha mãe está doente, e nós não viemos para causar algum tipo de estresse nela.

Então a contra gosto deixei ela no hotel e parti para a casa da minha mãe, chegando lá, a encontrei muito debilitada, mas assim que ela me viu, a mesma ficou bastante feliz e eu corri para um abraço, foi impossível não chorar, pois em pouco tempo a doença dela se agravou, e pelo estado em que ela está, eu creio que a mesma terá pouco tempo de vida, a Bia estava certa quando disso que eu deveria vir visitá-la, pois não sei se depois dessa eu teria mesmo outra chance.

— Filho, eu errei muito na vida, mas no fim dessa eu queria fazer algo bom. - minha mãe me disse entre lágrimas.

Mãe não se esforce, só o fato de eu estar aqui ao seu lado, já significa muito para mim. - eu digo chorando.

— Filho me escuta, eu quero que você cuide da sua irmã, quero que você e a Bia cuide bem da Marisol, pois a mesma só terá vocês dois nesse mundo, desde quando o pai dela morreu ano passado que ela só tem a mim, e daqui a poucos, provavelmente ela só terá você. - ela disse e eu a abracei.

Mãe não diga isso por favor, vai dar tudo certo, você vai se recuperar, você vai ver. - eu disse tentando anima-la, mas ela apenas deu um sorriso incrédulo e continuou a falar.

— Mesmo assim me prometa que cuidará dela. - pediu olhando em meus olhos.

Sim mãe, eu juro eu vou cuidar e proteger ela pra ela pra sempre. - eu digo e ela sorri satisfeita.

Agora vem aqui dar um abraço na sua mãe. - eu fiz o que ela pediu, e senti o seu calor maternal me invadir e me preencher por

(….)

se passaram, minha mãe teve uma melhora repentina, fato esse que me deixou muito feliz, a Bia como combinado, continuava se mantendo afastada, e como minha mãe, mesmo sabendo que a mesma estava na cidade, nunca chamou por ela e até mesmo evitava falar dela, acabei compreendendo que a mesma estava certa, e que ficar afastada para causar menos estresse na minha mãe, era melhor a se fazer no momento, já que o estado dela era muito

assim eu sempre dava umas escapadas para ir ver a minha mulher no hotel, fazer companhia para a mesma e também fazer amor bem gostoso.

Mariluz, ela é um amor de criança, com seus dois anos de idade, já é uma criança muito esperta, inteligente e alegre, eu já a amo, e vou cuidar que ela cresça forte, saudável e feliz, assim como o desejo principal da minha mãe.

sobre isso tudo que eu estou pensando nesse momento, sentado na varanda de casa e observando o jardim, quando de repente escuto uma voz que há muito tempo não ouvia, e que nem me fazia

Lucas, há quanto tempo. - apenas ouvi-la já me faz sentir

o que faz aqui? - eu disse seco, é impossível olhar pra ela e não lembrar de tudo o que aconteceu na noite do acidente da Bia, eu tenho asco, nojo dessa garota é apenas estar perto dela me faz

se tocou da loucura que você estava vivendo e contou pra casa? - ela disse com um sorriso sarcástico. — Pena que eu estou casada, você não me terá de volta.