Desejo Incontrolável romance Capítulo 42

Bia

— Pai! Marcela! Vocês vieram! - o Lucas disse emocionado e abraçou os dois, o meu amor está muito frágil nesse momento por causa da morte da mãe dele e isso está acabando comigo pouco a pouco.

— Lógico que eu viria filho, eu tenho muita consideração pela Claudia, ela era uma ótima mulher, e também me deu um dos meus maiores tesouros que é você, e o meu segundo maior tesouro é a sua…. - ele parou de falar por um momento e depois se virou para mim. — O meu outro maior tesouro é a Bia, como você está filha? - ele disse e me abraçou.

— Estou bem pai, na medida do possível, te amo tá? - eu disse dando um beijo no rosto dele.

— Eu também te amo filha! Nossa eu tava morrendo de saudade de você e do Lucas. - meu disse emocionado.

— Estou bem Marcela, apesar das circunstâncias. - ouvi a voz do Lucas, ele estava abraçado e conversando com a minha mãe, imediatamente soltei do abraço do meu pai e corri pra abraçar ela.

— Oi meu amor, como que você está minha vida? - minha mãe me diz me dando um forte abraço, que me desmancha toda, pois já muito tempo eu estava com saudade do colo dela.

— Eu tô bem e também estou muito feliz mãe, mas também estou com saudade de você e do papai, te amo. - eu disse e enchi ela de beijos.

— Eu também estava com muita saudade pai, te amo. - olhei pra o lado e vi que o Lucas e meu pai conversavam, ele estava com a Mariluz no colo, a pequena já está toda apegada a ele, menos mal, pois assim ela se acostumará rápido agora que vai morar com a gente em Tóquio.

Assim que o enterro da dona Claudia foi concluído, nós recebemos as últimas condolências dos amigos e demais visitantes, nós voltamos para a casa da mãe do Lucas, ficamos ainda essa última noite preparando as coisas dele e da Mariluz, o Lucas conversou com um imobiliário e o dinheiro da venda da casa que futuramente será vendida ficará em uma poupança para a Mariluz, ele prometeu para a mãe que cuidaria dela, e eu tenho certeza absoluta de que ele irá honrar prontamente com essa promessa.

Depois de tudo resolvido e todas as coisas arrumadas, nós partimos para a casa dos nossos pais, decidimos ficar o restante do fim de semana com eles, e só depois voltaríamos para o Japão, pois temos uma vida lá, nossas faculdades, e a academia do Lucas, e vai ser ser la que nós vamos cuidar e criar a Mariluz, que inclusive perguntava bastante pela a mãe dela, e a gente sempre dizia que ela virou uma estrelinha e que a mesma estava cuidando dela lá do céu, no momento ela compreendia, mas depois voltava a perguntar, pois está ainda é muito pequena, e não entende algumas coisas ainda muito bem, mesmo assim eu e minha mãe, com a ajuda do meu pai e do Lucas estamos sempre procurando coisas para deixá-la entretida, e pensar menos no assunto.

Por outro lado, na casa dos nossos pais, a recordação de diversos momentos que eu o Lucas tivemos ali, se fizeram presentes, não apenas recordações boas, como também as ruins, como por exemplo a minha briga com a Sara, e em seguida o meu acidente, é a primeira vez que eu estou em casa depois de ter recuperado a memória, e por isso ainda estou um pouco mexida, Lucas e eu decidimos que vamos dormir em quarto separados, cada um em seu antigo quarto e que vamos evitar as demonstrações de afetos perto dos nossos pais, eles nos amam e nos aceitam do jeito que somos, mas nós também não vamos ficar jogando na cara deles as coisas que fazemos, pois mesmo eles aceitando ou não, ainda somos os seus filhos, e eles nos enxergam de uma maneira diferente.

Por outro lado, passando essas partes que combinamos, o fim de semana com nossos pais foi maravilhoso, apesar do Lucas ainda está triste, porém, mais confirmado, eles fizeram várias perguntas sobre a academia do Lucas e sobre a faculdade dele, e meu pai ficou muito orgulhoso, ele ama o Lucas, e lá no fundo eu sempre soube que ele era o preferido, mas o mesmo também ficou morrendo de orgulho e com os olhos brilhando quando eu falei da minha faculdade, ele ficou todo bobo dizendo que vai ter uma filha médica.

Minha mãe então, era só alegria, e a alegria maior foi quando soubemos da última novidade, minha mãe estava grávida novamente, eu e o Lucas em breve teremos outro irmãozinho ou irmãzinha, e isso me deixou muito feliz e satisfeita, mesmo estando triste por saber que nunca poderei ter filhos, mas acho que Deus sabe o que faz, pois de qualquer maneira, eu não poderei ter um filho do Lucas, então acho que foi melhor assim.

Reencontrei minha amiga Sumy que está cursando direito juntamente com o seu noivo Soni, que é amigo do Lucas, e também o Mayke, que agora está com a minha amiga Samira, eles estão juntos e só falam em casamento, o que me deixou muito feliz por eles, aliás me deixou feliz por todos, foi maravilhoso rever meus amigos tão alegres, e tão felizes, lógico que tirando a Sumy ninguém sabe da minha verdadeira relação com o Lucas, todo mundo na cidade acha que os dois irmão foram estudar fora do país apenas, e que saber, tanto faz, acho até que é melhor assim, pelo menos evitamos, perguntas, conversas, e julgamentos pelo qual não nos importamos, já faz muito tempo que nós já superamos essa fase, e estarmos juntos e felizes lá no nosso cantinho é o que importa. Só sei que foi muito bom rever nossos amigos, tanto pra mim quanto pro Lucas, isso nos deixou bastante contentes.

Também foi maravilhoso passa o fim de semana com nossos pais, nós cozinhamos juntos, assistimos filmes comendo pipoca como antigamente, e foi maravilhoso, fiquei o tempo todo fazendo carinho na barriga da minha mãe, e conversando com a minha irmãzinha, ou irmãozinho, meu pai tá que não se aguenta de felicidade, e pra mim ver eles tão bem e felizes dessa maneira não tem preço.

Mas enfim chegou o momento de voltar pra casa, nos prometemos que voltaríamos no natal e que sempre nos encontraríamos nos feriados, e nas datas comemorativas, afinal, todos os desentendimentos passados foram resolvidos e estamos bem. Demos um abraço apertado em cada um dos nossos pais, pegamos a Mariluz e partimos de volta para o Japão.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Incontrolável