Destino Cruzado, Não Soltar! romance Capítulo 162

Ela virou a cabeça e seu olhar encontrou os olhos frios e sombrios dele, que a fizeram encolher-se de medo.

"Acho... acho que sim."

Ele franzia as sobrancelhas, com um leve rubor nas bochechas: "Não é da sua conta, continue com sua pescaria."

Vendo-a se aproximar demais de Tina, ele se irritava, ela não tinha nenhum senso de perigo, ignorando completamente seus avisos.

Ângela Alves sentiu seu rosto empalidecer e apertou os lábios, sem dizer mais nada, enquanto seus dedos apertavam lentamente a vara de pescar.

Ela lançou um olhar discreto para Helena, que exibiu um sorriso satisfeito, claramente se divertindo com a situação, o que a fez se sentir ainda pior.

Na verdade, ela já estava acostumada com as palavras frias de Felipe.

Mas, dessa vez, na frente de Helena, ela sentiu um constrangimento sem precedentes, e seu coração se apertou em silêncio.

Tina, vendo que havia sido repreendida, ficou tão assustada que não se atreveu a falar.

Nesse momento, seu celular vibrou, uma mensagem de WhatsApp de Elton.

"Você está livre amanhã? Que tal ir à minha casa com o Enzo Alves? Vou preparar um banquete para vocês".

Essas palavras aqueceram seu coração, que acabara de ser congelado, e ela respondeu com um simples "OK".

Ele colocou o celular de volta no bolso e levantou: "Vou ao banheiro".

Ela não queria se envolver em nenhuma dessas confusões.

Mal havia dado alguns passos e viu Enzo Alves se aproximando.

De longe, ele podia ver que sua irmã estava novamente na linha de frente, assistindo à confusão.

"Irmã, por que você está no meio dessa confusão de novo?"

"Minha cabeça deve estar cheia de água", respondeu Ângela Alves, claramente irritada.

Enzo Alves percebeu que algo estava errado e brincou: "Você não entrou na briga, não é?".

"Estou parecendo tão tola?", murmurou ela.

Quando o portão da cidade pega fogo, os peixes do lago sofrem, e ela era aquele pobre e inocente peixe.

Enzo Alves a observava atentamente, querendo entender que papel ela realmente desempenhava ao lado de Felipe.

"Mana, posso lhe fazer uma pergunta? Se Elton e seu irmão gostassem de você ao mesmo tempo, quem você escolheria?"

Ângela Alves engasgou fortemente, sua autoestima machucada agora havia sido cutucada.

"Você está falando bobagem de novo. Não tenho tanto charme assim. Elton só me vê como uma boa amiga. E quanto ao chefe, nem se fala, tanto Tina quanto Helena são herdeiras de grandes famílias, por isso elas têm o privilégio de estar ao lado dele. Eu sou apenas uma funcionária discreta, até estar perto dele é mais do que eu mereço. Ele olha para as estrelas, mesmo se eu fosse a única mulher no mundo, ele não me escolheria. Você entende?"

Embora ela falasse baixo, suas emoções transbordavam com uma intensidade que mal conseguia controlar.

Enquanto falava, as várias expressões de Felipe passavam por sua mente: zombeteiras, desprezíveis, desdenhosas, repugnantes... Elas se entrelaçavam e avançavam sobre ela como lâminas afiadas, cortando sua alma profundamente e fazendo seu corpo todo doer.

"Mana!" Enzo Alves a abraçou, sentindo seus ombros tremerem.

Ele entendeu pela fala dela que Felipe só queria brincar com seus sentimentos, e que ela devia ter percebido a verdade para estar tão agitada.

"Desculpa, não vou mais fazer esse tipo de pergunta idiota."

Ângela Alves respirou fundo, tentando recuperar a calma, ela parecia um pouco fora de controle.

"Ah... Elton me mandou uma mensagem pelo WhatsApp, convidando-nos para jantar na casa dele amanhã."

Ela rapidamente mudou de assunto.

"Tudo bem" - Enzo Alves coçou a cabeça: "Estou um pouco cansado, vamos descansar naquela casa de chá ali na frente?"

Ângela Alves também estava cansada, com o coração cansado: "Que tal voltarmos? Há uma estação de metrô aqui perto, é muito conveniente."

Enzo Alves percebeu que sua irmã não estava bem e queria um pouco de paz, então a levou embora.

À beira do lago.

Felipe lançava olhares ocasionais para a cadeira agora vazia ao seu lado, sentindo-se frustrado.

"Vou dar uma saída."