A Escrava Odiada do Rei Alfa romance Capítulo 279

Vetta chegou ao palácio, foi direto ao campo de treinamento, sabendo que o rei estaria lá treinando com os jovens guerreiros.

De fato, o rei Lucien estava lá, mas a sessão de treinamento acabara. Quando ela o viu, ele estava falando com Dargak em baixo tom. Ele ainda não havia a visto, então ela aproveitou aquele momento para olhar bem para ele.

Ele realmente havia mudado. Se você não for alguém muito próximo a ele, não notará as mudanças sutis porque, fisicamente, ele ainda parece o mesmo. Grande, firme, assustador, calmo com uma presença dominante que é quase autoritária.

Mas essa frieza que o cercava como um manto não estava mais ali. O que o fazia parecer um pouco mais... aproximável.

“Vetta.”

Sua voz grave a tirou de seus pensamentos. Ela olhou para cima, seus olhos encontraram os dele. Os lábios dela se abriram em um sorriso enquanto ela se aproximava e se curvava a ele.

“Meu rei.” Ela o saudou.

Dando um passo para frente, ele beijou a testa dela. “Como você tem estado?” Ele perguntou, com um brilho diferente e suave em seus olhos.

Os olhos dela deslizaram para perto de sua boca que beijava sua bochecha em um gesto gentil. “Eu estou bem, Sua Majestade.”

“Você parece… diferente” Ele percebeu enquanto começava a andar. Ela foi atras dele.

“Diferente como? São minhas roupas?” Ela não usava mais suas roupas de amante.

“Não.” Dando uma olhada para ela, ele disse, “Seu sorriso parece ainda mais lindo agora. Eu suponho que o mundo lá fora tem te feito muito bem?”

“Eu também acho,” Ela admitiu suavemente.

“Seus olhos estão inchados. Esteve chorando?” Ele parecia preocupado.

Antes, ela teria usado essa oportunidade em seu favor—para conseguir mais de sua atenção—de tantas formas. Mas agora a ideia não parecia tão boa quanto já foi.

“Não, eu acho que foi algo que comi ontem a noite, Sua Majestade.” Ela respondeu.

As linhas de preocupação sumiram, o rosto dele parecia mais tranquilo do que já tinha visto antes.

“Eu ouvi que a princesa Kamara finalmente está aqui de novo,” Vetta perguntou.

“Sim, ela chegou ontem.”

“Você vai realmente se casar com ela?” Ela não gostava daquela princesa que a deu mais tapas do que ela podia contar. Ela não merecia o rei Lucien.

O rei parecia considerar isso. Seguiu-se um silencio.

Então, “Por agora, é justo ver as coisas assim.” Foi tudo que ele disse.

“Oh.” Ela responde, palavras melhores lhe fugiram. Essa foi uma resposta bastante confusa.

“Me conte da sua vida nesses últimos meses.”

Ele ter perguntado por vontade própria isso com tanta sinceridade tocou seu coração amargurado mais do que qualquer outra coisa.

Sarar faz alguém gostar disso também? Realmente limpa seu coração de toda dor e ajuda a ver com clareza as coisas que o ódio nunca deixou antes?

“Vetta?”

Sua voz a incitou. Então, ela começou a narrar sua vida fora do palácio. Por todo o caminho até os aposentos reais, aos aposentos dele, ela foi contando sobre sua nova vida.

********

Em seus cômodos, rei Lucien sentou-se atras de sua mesa para estudar um novo pergaminho enquanto ela falava sobre os dias em que foi ao mercado.

Ela estava tão presa em seu conto—ele também estava ouvindo—quando uma voz interrompeu por trás da porta.

“Chá para sua Majestade!” A voz parecia estranhamente familiar, mas Vetta não conseguia lembrar de quem era. Ainda.

“Pode entrar.” Rei Lucien ordenou calmamente.

A porta abriu e Talia entrou no quarto do rei.

As palavras de Vetta foram interrompidas, então, ela pousou os olhos em Talia e no líquido quente que ela carregava na xicara de madeira. A empregada, por sua vez, quase derramou a xicara de chá ao ver a amante.

“Amante!” Rompeu de seus lábios, assustada, o medo embranqueceu seu rosto. Suas mãos começaram a tremer.

Rei Lucien estava rabiscando o pergaminho em sua frente, não prestando atenção nelas,

Vetta olhava para Talia e o líquido que ela carregava. Ela fervia de ódio.

Coza pode ter dado sua palavra de que não machucaria o rei Lucien, mas sua palavra valia a mesma coisa que lixo. Ela não confiava em Talia. E a expressão dela…?

“O que tem nessa xicara!?” Ela sibilou de raiva.

“O chá do re-rei.” Talia gaguejou, encarando o rei esperançosa.

“Traga aqui.” Rei Lucien resmungou, virando o pergaminho para escrever alguma coisa nele.

A empregada se encheu de alívio. Ela se apressou para dar o chá para o Rei, mas Vetta ficou em seu caminho, bloqueando-a de alcançar o rei.

O que você acha que está fazendo!? Os olhos da ex-amante perguntavam ferozmente em silencio.

Talia levantou seu queixo sem palavras, arrogantemente, em um gesto que diz, “Você não pode me parar porque você também se culparia.”

Vetta cerrou seus olhos de raiva. Ficaram em silencio.

Com essa demora, o rei Lucien finalmente levantou sua cabeça e encarou as duas. Suas sobrancelhas se viraram confusas quando ele viu o jeito que Vetta impedia a criada de levar o chá até ele.

“Tem algum problema?” Ele perguntou confuso.

Os olhos de Talia brilhavam com uma travessura maldosa, desafiando a amante a tentar explicar o problema para o rei.

“Nada.” Vetta, finalmente, saiu do caminho.

Vitoria passava nos olhos da criada antes dela passar pela amante em direção ao rei.

Ela disse de forma recatada ao colocar o chá na mesa dele, “Aqui está o seu chá, Sua Majestade.”

Ele acenou com sua cabeça rapidamente.

Talia saiu de sua frente, mas não do quarto.

Ela observava vitoriosa de um canto enquanto o rei Lucien levava a xicara de madeira até sua boca e—

“Eu bebo isso.” A voz alta de Vetta parou o rei de prosseguir.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: A Escrava Odiada do Rei Alfa