Eu, Você + Os Bebês. romance Capítulo 25

Poderia estar de noite, ela supunha pelo silêncio no lugar.

Tudo estava quieto demais e Alyssa simplesmente não conseguia dormir, talvez fosse porque tecnicamente já estava dormindo.

A agonia por não conseguir o controle de si própria a remoia minuto a minuto, fazendo com que tivesse a certeza de que nunca sairia daquele coma.

Com os pensamentos negativos e outros lamentos, ela passou a madrugada discutindo consigo mesma sobre o quão foi idiota ao fugir sem pensar pra onde iria.

Quando o dia chegou, ela pôde sentir a luz do sol aquecê-la. Era um novo dia.

A movimentação ao seu redor se fez presente, e então pelas conversas concluiu que seus irmãos entraram no quarto.

— Acha que ela vai acordar mano?

— Você sabe, ela é nossa irmã, ela prometeu cuidar da gente até o nosso casamento. Com certeza ela vai acordar e vai nos dar uma bronca grande por termos trincado os braços no torneio.. — Gustavo dizia positivo.

Ela gostava daquilo em seu irmão, ele simplesmente tinha um coração infantil, mas cheio de energias boas.

— É tem razão, pode crer. — Guilherme disse, acreditando no irmão.

Ela queria rir e agradecer aos irmãos por estarem ali, guardaria aquele momento para si se um dia acordasse, ela os abraçaria forte.

Sentiu-se mal pela grande possibilidade que existia de que ela nunca mais voltasse. 

"Deixa pra lá" disse a si mesma em pensamento, para logo depois se agitar mais com os toques calorosos em sua face.

— Vamos minha bela adormecida… — era a voz de Christopher. — Acorde.

Ela o queria fazer, daria tudo para acordar e poder de verdade estar com toda a sua família, mas querer e poder, eram coisas diferentes.

[...]

Outros dias se passaram voando, com a melancolia cada vez mais visível nos olhos do CEO.

Ele a esperaria para sempre, não se importava de fazer o quê fosse com tal de estar com Alyssa, mas a possibilidade de que ela nunca mais acordasse o assustava e o fazia sofrer a cada segundo desde quê soube.

Para a mulher presa em seu subconsciente, os dias não passaram tão rápido,ao contrário, sentia os dias passando insuportávelmente lentos com seus vários medos que cresciam se alimentando dela pouco a pouco.

Em outra manhã, estranhou que o sol havia nascido e ninguém tinha chego.

"Droga" gritou em sua mente. “Eles vão me deixar, vão me deixar. Não…" O desespero a consumindo era resultado do encarceramento de mais de um mês, sem direito a fazer qualquer coisa além de discutir consigo mesma.

Então ouviu passos, muitos passos.

A família havia resolvido passar o dia com Alyssa, era seu aniversário.

— Parabéns pra você, parabéns pra você… — Cantavam todos juntos.

Bateram palmas e as crianças assopraram as velas pela mãe.

Após cortar o bolo e todos se sentarem ao redor da maca, Christopher pode perceber que uma lágrima escorria pelo rosto de Alyssa.

— Rápido! Chamem um enfermeiro ou um médico. — Ele gritou.