Para todos os efeitos, Hemsworth conhecia a esposa que tinha e ainda sim, Alyssa o conseguia surpreender quase sempre.
No entanto, encontrá-la ensinando Cecília a descascar legumes era muito para um dia tão cheio quanto ele havia tido.
O CEO tinha se preparado o dia todo para encontrá-las em guerra, atirando frases sarcásticas ou até mesmo agressão física, mas aquilo definitivamente não estava entre suas previsões.
— Assim está bom?
— Mais fino. — Alyssa pediu, enquanto carregava Charlie nos braços e mexia a panela com a outra mão desocupada.
Não parecia real a cena. Ele piscou algumas vezes e depois de deixar o laptop e a maleta com documentos sobre a mesa de centro na sala, adentrou a cozinha.
— Oi amor. — Aproximou-se para selar os lábios do marido.
Meio desconcertado ainda com as duas em um mesmo ambiente, ele selou os lábios da esposa timidamente.
— O quê fez com Cecília? — Ele sussurrou no ouvido de Alyssa.
— Qual é? Eu não sou a mulher maravilha Chris, estou cuidando dos quatro e ainda tinha de fazer o jantar, era lógico que não a deixaria só olhando. — Alyssa disse como se fosse a coisa mais óbvia no mundo.
Desde quê elas se mantivessem naquela atmosfera, talvez o final de semana não fosse tão ruim quanto ele esperava.
— Chris, pode pegar a Charlie? Ela está com aquelas mudanças de humor que já conhecemos. — Alyssa pediu, mas Charlie se recusou a sair do colo da mãe.
— Acho difícil ela querer vir comigo.
— Certo, vou conversar com ela, pode mexer a panela pra mim?
— Claro, amor, vai lá. — Beijou a testa de Alyssa.
Sentando-se à mesa, Alyssa colocou a pequena sentada em cima da mesa de jantar e sentou-se na cadeira, para conversar de frente com a filha.
Poderia ter dois anos, mas Charlotte era muito inteligente e sentindo quê algo estava errado com a pequena, ela quis perguntar e esclarecer com a filha.
— Conta pra mamãe. O quê foi que deixou minha bebê triste?
O dedo indicador da menor apontou em direção a Cecília.
A maior tinha uma expressão de confusão, Cecília nem sequer havia se aproximado de Charlie, para que ela lhe tivesse medo.
— Cecília. — Alyssa chamou-a.
Esperando que Alyssa fosse lhe acusar de algo, ela já se defendia.
— Eu não fiz nada. Você esteve com ela o tempo todo, não foi?
— Tempo. — Alyssa pediu fazendo sinal com as mãos, como um técnico em uma partida de esporte.
— Mas eu não fiz…
— Não estou dizendo que fez. Agora vamos resolver o problema ou vai continuar falando?
— Tá. — A modelo revirou os olhos.
— Charlie parece estar com medo de quê você a arraste como fez aquele dia no jardim. Crianças não esquecem quando estão com medo. — Alyssa explicou.
Com medo pela mãe ter chamado Cecília, Charlie estava encolhida nos braços da maior, mas prestava atenção a tudo que era dito.
— Tá. Mas eu não vou fazer de novo. — Cecília disse como uma adolescente prometendo aos pais, achando que estavam pegando no pé.
— Para as crianças, dizer não basta, não significa nada pra eles.
— E o que quer que eu faça? — Cecília não tinha ideia de como agir.
— Jure de dedinho.
— Como? — A modelo estava mais confusa.
— Jure para ela de dedinho. — Alyssa repetiu.
Levantou-se e colocou Charlie sentada de volta em cima da mesa. Para quê conseguisse estar cara a cara com Cecília.
— Fique de pé meu amor. — Pediu a filha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Eu, Você + Os Bebês.
que lindo Ameeiiiii <3...