Meu Destino é o CEO romance Capítulo 5

— Olá Mon' amour! Ainda se lembra de mim Princesse? — Luciano pergunta colocando uma perna de seus óculos na boca.

— Oui, monsieur Luciano. — Eliza responde e Nina se sente perdida com tantas palavras estrangeiras.

O outro homem loiro, de cabelos curtos, de óculos escuros e uma barba por fazer, alto e esguio, encara Liz encantado.

É Antônio, que veio junto com Luciano para falar de negócios com Liz. Ele resolve testá-la, antes.

— Ciao, signorina, ho sentito parlare diverse lingue. Sono curioso di sapere come hai imparato tutto questo?

(Olá, senhorita, ouvi dizer que fala diversos idiomas. Estou curioso para saber onde aprendeu tudo isso?).

— Piacere di conoscerti. Ho imparato alcune lingue a guardare film classici attraverso siti web e film presi in affitto. Cassette tape e DVD.

(Prazer em conhecê-lo. Aprendi algumas línguas assistindo a filmes clássicos em sites e filmes alugados. Fita cassete e DVD.).

— When Luciano told me this story, I did not believe it, I confess.

(quando o Luciano me contou essa história, eu não acreditei, confesso.) — Antônio continua mudando o idioma. Eliza entende a pegadinha e resolve brincar com ele.

Eliza disse: Ele me pediu outro dia para falar com um japonês. — Disse isso em língua japonesa, turca, e em espanhol. — Gostaria de me ouvir em mais algum idioma senhor?

Antônio sorriu sem graça, enquanto Luciano prendeu a risada pelo desaforo de Eliza.

— Não. Não é necessário. Pude ver que não é enrolação. A senhorita sabe mesmo, de fato. — Ela confirma, com um gesto de cabeça.

— A que devo a honra de sua visita Lu? — Eliza se volta pra Luciano e deixa Antônio a lhe olhar, quase babando. Só não mais do que Nina está babando por ele. A garota ficou muda e hipnotizada por aquele belo homem loiro, com pequenos olhos azuis quase cinzas. Aquela barba bem-feita e encorpada e aquela boca rosa. Musculoso e alto, vestido em um terno cinza-escuro, uma camisa azul por baixo, sem gravata. E aquela calça também cinza parecendo que foi costurada no corpo, nem justa demais e nem folgada, dando a Nina a dimensão real de seu volume. Ela se abanava enquanto Eliza conversava com Luciano.

Luciano põe os óculos escuros no bolso de seu terno.

— Não é bem uma visita, meu anjo. Estamos aqui para lhe fazer uma proposta. — Eliza abre a boca na mesma hora e olha para Nina que agora voltou a si e parece surpresa. Nina se senta rápido no banco, interessada nessa tal proposta para a amiga.

— Uma proposta? — Eliza pergunta empolgada. — Que tipo de proposta? — ela coloca para trás uma fina mecha de cabelo que se soltou do coque.

— Uma proposta de emprego, meu doce. — Ele pega no queixo de Liz. Ela sorri.

— Prossiga! — Nina fala e gesticula circulando o dedo. Luciano olha para ela e sorri. Ela pisca os olhos.

— Queremos que venha trabalhar conosco. Precisamos fechar um contrato muito importante com aqueles japoneses com os quais você conversou outro dia e na nossa empresa ninguém sabe falar essa língua. E precisamos de uma assistente pessoal para o senhor Firenze. Com esse negócio iminente, a agenda dele está uma loucura e ele não está conseguindo organizar o tempo. E como você é a intérprete e por isso terá que lidar diretamente com ele, de toda forma achamos que seria interessante unir as duas funções, satisfazendo nossas necessidades e em contrapartida lhe oferecendo uma vaga fixa, como você tem direito e sendo bem remunerada. — Luciano respondeu, ao passo que Antônio lhe tomou a palavra.

— Além de todos os benefícios que os funcionários da rede Firenze recebem, como plano de saúde, bolsa de estudos, 13° e 14° salários, participação nos lucros, auxílio-transporte, auxílio-escola para os dependentes e vale-alimentação, você também irá receber uma ajuda de custo mensal para poder se vestir adequadamente para os eventos que terá de ir juntamente com o Sr. Firenze. O que nos diz? — Luciano olha para Antônio com ar reprovador.

— Eu preciso pensar. Como sabem eu trabalho aqui. Não posso simplesmente virar as costas para a mulher que me empregou quando mais ninguém fez isso. — Eliza disse friamente. Ela está bastante cética quanto a este emprego maravilhoso que acaba de cair do céu. É perfeito demais para ser verdade. É um sonho!

Mal sabe ela quem de fato é William Firenze. Na verdade, ninguém ali faz ideia de quem é quem. Antônio foi o rapaz que beijou Nina aquela noite, e ambos não se reconhecem.

Nina está ali sem entender a atitude da amiga diante da chance de sua vida, mas vai respeitar a decisão que está tomando diante daquelas pessoas.

— Tudo bem anjinho. Só quero te dizer que mesmo que não queira aceitar a proposta para ser assistente, nós realmente precisamos de você como intérprete. — Luciano faz uma cara de aflição. — Preciso muito que me salve. Eu aceito você somente pela manhã e te pago um bom salário, pelo menos até essa negociação terminar. Eu adoraria ter você para sempre e o dia inteiro, mas tudo bem se não puder. Porém, quanto ao serviço de intérprete eu não abro mão. Eu te pago exatamente o que você quiser receber — Luciano diz a ela, enquanto Antônio o olha e engole a seco diante daquelas promessas. Luciano é de fato um assessor internacional, um fechador de negócios, um ninja em descobrir informações sem esforço que agora está usando seu poder de convencimento, disfarçado, com Eliza.

— Segunda-feira eu lhe dou a resposta. Pode ser Lu? — e pelo visto conseguiu. Antônio agora tem certeza de que ela aceitará a proposta e ri internamente pela personalidade de Eliza.

— Oui mon'amour. Mas se eu precisar de alguma ajudinha antes disso, você me ajudaria? — Ele sorri para ela, de forma zombeteira.

— Oui Seigneur. — Ela sorri para Lu, tentando segurar o verdadeiro sorriso que quer fugir de seus lábios.

Antônio estica os braços e se despede delas, mesmo irritado com seu desprezo a ele está encantado com tamanha beleza, inteligência e austeridade.

Eles deixam a floricultura e no caminho de volta a empresa Luciano o recrimina por ter tomado a frente da conversa antes da hora e ter antecipado coisas demais, como dizer que ela receberia auxílio para se vestir, dizendo o quanto aquilo soou humilhante, fazendo Antônio repensar um pouco no uso de suas palavras, afinal, ele era um chefe de RH.

Mas na floricultura, após a saída deles, a coisa foi bem diferente. Assim que os dois carros dobraram a esquina Eliza pulou e saltou eufórica, fazendo Nina também festejar, por entender que ela aceitaria a proposta.

— Então você vai aceitar? — Nina pergunta assim que Eliza a desgruda.

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