A esposa recasada de Rui romance Capítulo 83

Agatha acordou em uma sala limpa e arrumada.

A sala foi decorada de uma maneira muito simples, porém bastante estilizada, e havia alguns esboços colados nas paredes.

As cortinas cinza-pálido foram levemente sopradas pelo vento e eram frias.

Onde está?

Agatha sentou-se lentamente, uma dor veio de seu braço, e somente quando ela olhou para baixo é que percebeu que havia gaze enrolada em torno dele.

- Você está acordada?

Uma voz suave veio quando Agatha levantou os olhos.

Domingos entrou sob seu olhar surpreso, com um copo de água morna na mão, e se aproximou para entregá-lo a ela.

- Beba um copo de água para umedecer sua garganta primeiro.

Agatha olhou para ele em branco por um momento antes de estender as mãos para tomar o copo, ela estava de fato com sede e seus lábios estavam secos. Depois de aceitar a água, Agatha bebeu um pouco rápido demais, engolindo.

Enquanto ele observava, não podia deixar de dizer:

- Beba devagar, não se engasgue.

Agatha parou por um momento, suspirando pela voz de Domingos ......

A voz deste homem é realmente gentil de morte!

Então Agatha bebeu mais devagar. Quando terminou um copo de água e estava prestes a colocar o copo, a mão de Domingos chegou e limpou as manchas de água em canto de seus lábios.

Ele limpou, é claro, mas Agatha estava congelada no lugar.

O que ele está fazendo? Como ele poderia tocar o canto da boca dela?

Após perceber isto, Agatha inclinou de súbito sua cabeça para trás, evitando seu toque.

Domingos estava com atitude natural, completamente inconsciente do quanto sua ação havia perturbado Agatha. Ele tirou o copo da mão de Agatha, e disse com suavidade:

- Levanta-se, eu cozinhei para você.

Ao mencionar os alimentos, o estômago de Agatha começou a rosnar.

Corando-se, ela se apressou cobrir seu estômago com suas mãos.

Domingos estava com um rosto risonho e olhou para ela com gentileza:

- Então Levante-se.

Não havia traços de ridículo em seus olhos, e o olhar que ele lhe deu era tão calmo que o coração de Agatha se tranquilizou lentamente, então ela acenou com a cabeça e se levantou logo.

Somente depois que ela se levantou, Agatha percebeu que o vestido do hospital que estava usando havia sido trocado.

Ela agarrou os cantos de suas próprias roupas com intenção.

- Não se preocupe, as roupas foram trocadas para você pelas empregadas.

Domingos falou na hora certa para explicar, e Agatha voltou aos seus sentidos, com o rosto vermelho explodindo.

Ele tinha visto o que ela estava pensando sem dizer nada, e Agatha o seguiu atrás dele até a mesa de jantar com imenso constrangimento.

Havia vários pratos fritos na mesa, assim como sopa, que poderia ser descrita como cheia de cor e sabor.

Agatha estava com fome há muito tempo e não podia deixar de engolir uma saliva enquanto se sentava à mesa.

- Coma, não faça cerimônia. - Domingos sorriu levemente, serviu o arroz e deu um par de pauzinhos para ela.

- Obrigada, Domingos - Agatha agradeceu-lhe, depois se sentou e começou a comer. Ela estava realmente com fome.

Ontem ela não tinha comido o dia todo, mas estava tenaz.

Quando era pequena, ela tinha tido fome durante três dias e noites, sem água nem comida, e tinha sobrevivido!

Como poderia ser possível que ela ficasse sem comida por um dia? Agatha comeu arroz e pensou para si mesma que ela deveria ser forte.

- Sinto muito ...... Domingos, eu também não quero ser assim ......- ela soluçou, colocando a tigela e virou de costas.

Foi realmente muito difícil para ela.

Essa experiência foi um dos dias mais sombrios em sua vida.

Ela havia passado três dias na delegacia de polícia na época.

Quando todas as crianças perdidas foram pegas por seus pais, ela foi deixada ignorada por três dias inteiros antes da chegada tardia de Yasmim e a única coisa que ela disse quando a viu foi para repreendê-la por desobediência, questioná-la sobre por que ela estava correndo por aí e depois até lhe deu uma bofetada no traseiro enfrentando todos os polícias.

Agatha queria chorar naquele momento, mas conseguiu se conter seu choro.

Ela apenas olhou para sua mãe com olhos grandes.

Por quê? A mãe dela não a amava? Ela não estava preocupada com ela?

Por que ...... são todas as outras mães que se preocupam com seus filhos, mas por que a sua ...... é diferente do dos outros?

Um casaco foi colocado sobre Agatha, envolvendo-a com a temperatura e o cheiro de um homem estranho.

- É difícil, não é? - Domingos não sabia quando se sentou ao lado dela, segurou um lenço de papel e se inclinou para enxugar suavemente as lágrimas no rosto dela, - É melhor chorar, e depois, ainda tem que comer, caso contrário ...... não é bom morrer de fome.

A mão de Agatha tremeu ligeiramente, ela olhou para Domingos que estava perto, seus cílios tremeram suavemente, - Obrigada.

Domingos sorriu um pouco, - Não precisa ser tão educada, você se sentiu melhor depois de chorar?

- Sim - Agatha acenou com a cabeça.

- Então coma a sopa primeiro - Domingos lhe deu outra tigela de sopa, e Agatha só podia tomá-la.

- Quando fui ao hospital ontem, vi o carro de Rui no parque de estacionamento, você estava com ele?

Ao ouvir isto, os movimentos de Agatha se pararam.

- Rui é uma pessoa fria à cara, mas afetivo ao seu coração, ele sempre diz muitas coisas insinceramente, mas para ser honesto, Rui é realmente muito simpático para você.