O Labirinto de Amor romance Capítulo 79

Ele olhou para baixo em minha direção e sorriu:

- Está preocupada comigo?

Não estou nem aí!

- Eu também estou no carro. - Além disso, carrego uma vida na minha barriga. - Se eu morresse, seriam mortas duas pessoas!

Ele baixou os olhos, como se não restasse nada para fazer. Depois, apertou a sua mão, que estava segurando a minha:

Não se preocupe. Vou te proteger e proteger seu bebê, mesmo que eu morra.

Não continuei a conversa com ele, mas pensei em Nuno. De repente, me lembrei de uma coisa: o carro que buscou Liz, na entrada do edifício do Grupo Nexia hoje, também era um Cadillac preto.

Naquela altura, eu estava muito longe e não vi bem o rosto daquela pessoa. Pensando nisso, franzi as minhas sobrancelhas. Me sentia um pouco preocupada por dentro.

Ninguém falou nada no caminho até chegarmos à mansão. Eu estava com um pouco de sono.

Guilherme me levou no colo para fora do carro e voltou direto para o quarto. Ele me colocou na cama e falou:

- Não fique logo a dormir. Se lave primeiro.

Eu sentia um pouco de tontura e queria me apegar à cama, depois de me acomodar. Simplesmente queria pegar o cobertor e dormir direito.

Guilherme parecia ter descoberto a minha intenção e me retirou o cobertor. Entramos no banheiro e ele disse, em voz grave:

- Se lave. Caso contrário, você vai se sentir muito desconfortável amanhã de manhã.

Eu murmurei que sim, inclinando o meu corpo a ele, com muito sono. Ocupada pela tontura, eu estendi a mão para pegar a pasta de dente. Mas Guilherme a pegou antes de mim.

Ele colocou a pasta de dente por mim e me entregou a água:

- Escove bem os seus dentes. - Como se estivesse falando com uma criança.

Com a escova de dentes na boca, eu murmurei:

- Eu não sou uma criança.

Ele riu:

- Não vejo diferença.

Depois de me lavar com muito esforço, eu passei a sentir menos sono. Depois, me deitei na cama. Ao ver isso, Guilherme se deitou também e me abraçou no colo, pousando o queixo dele no meu pescoço:

- Vamos dormir bem hoje à noite.

Eu levantei minhas sobrancelhas:

- Você disse isso para si mesmo?

Ele abriu os olhos e olhou para mim, sorrindo:

- Disse isso para você. Meu pau vê a dona dele e tem esta reação natural. Seja tolerante com ele.

Ele é capaz de falar coisas obscenas a qualquer momento.

Eu apertei os lábios e afastei ele com as mãos:

- Está cheirando muito mal. Vai se lavar.

Com um sorriso maldoso, ele perguntou:

- Onde é que cheira mal?

- Você todo cheira mal! - fechei os olhos. Eu estava prestes a adormecer, quando a voz dele entrou nos ouvidos:

- Kaira, vamos ter uma vida tranquila a partir de agora. Pode ser?

Senti uma dor ligeira no peito e apertei os meus lábios, sem dizer nada. Conseguiríamos ter uma vida tranquila?

- Guilherme, você me ama? - esta pergunta parece uma bobagem, mas todas as mulheres querem saber da resposta.

Ele levantou a mão e colocou a palma da mão no meu rosto. As pontas dos dedos brincando com meus brincos:

- E você?

Eu?

Fiquei um pouco espantada, pois já passou muito tempo. Me apaixonei por Guilherme à primeira vista. Desde então, eu me alimentava com aquela bela sensação que tinha com ele na primeira vez, até agora. No entanto, passando tanto tempo sem correspondência, eu parecia menos obcecada do que no início. E eu comecei a pensar em deixá-lo.

Talvez, eu não fosse tão apaixonada por ele como eu pensava.

Ao ver o meu silêncio, ele transpareceu a sua decepção com os olhos. Demorou muito tempo antes de ele dizer:

- Não faz mal. Não temos pressa. Vamos nos apaixonar um pelo outro profundamente no futuro.

Eu não disse nada e o afastei um pouco:

- Você vai tomar banho. Estou cansada.

Já faz tanto tempo. É a hora do desapego. Estou mesmo cansada.

Ele me beijou na testa, antes de se levantar da cama e entrar no banheiro.

Eu olhava para o teto, viajando.

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