Nosso Passado romance Capítulo 33

Parte 4...

— E fez muito bem. Não são pessoas confiáveis.

— Graças a Deus meu curso já está na metade. Eu não quero continuar trabalhando lá.

— O que vai fazer?

— Assistência social. Quero trabalhar com quem precisa.

— Isso é muito bom.

— Quero ajudar as pessoas, não é fácil hoje em dia. Tem muita gente que fica desesperada sem ajuda.

— Sei bem como é - suspirou — Você tem namorado?

— Não - ela encolheu o nariz em uma careta — Já tive, mas depois de um tempo não dava mais certo...

— Que pena.

— Não quero me envolver com outro tão cedo.

— Mas nem todos são iguais - ela era a prova disso. Tinha conhecido dois muito diferentes — É uma questão de sorte também. Tem que ficar atenta para quando o homem certo surgir. Não dá para perder a oportunidade.

Ela conversou muito para bisbilhotar sobre a vida de Diana e realmente ela estava gostando dela. Até chegou a comentar isso com Felipe.

Só tinha que ter cuidado com Lorena. Ela observava seus passos no trabalho porque ainda era novata. Até comentava que não deveria ficar direto nas mesas dos diretores quando vinham ao restaurante, porque parecia que estar interessada em algum deles e que eram todos compromissados.

Claro que ela se fez de boba e agradeceu o toque, dizendo que seu único interesse era na boa e gorda gorjeta que lhe davam.

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Pegou a bolsa e foi andando calma até o ponto de ônibus. Não gostava de ficar sozinha esperando, mas não havia ninguém no ponto e Diana tinha saído mais cedo dessa vez.

As caminhadas até que faziam bem. Precisava mesmo se movimentar depois do período em que ficou de cama por causa do estresse e da pneumonia. A tentativa de sequestro de seus filhos quase a fez perder o rumo e sua saúde ficou abalada, mas se sentia bem melhor agora.

Trabalhar em casa até era bom, apesar de gostar de seu escritório na sede. Já tinha recebido os documentos e a maleta que na verdade era um notebook de última geração, já com acesso à internet. O que precisava ainda era de uma impressora, mas Felipe em breve traria uma para ela.

Estava sozinha no ponto ainda quando um carro preto parou ao seu lado e ela se preocupou, mas logo a janela de trás se abriu e ela viu Mathias. Apertou os dedos no braço.

— Entre, não fique aí sozinha. É perigoso a essa hora - disse de modo sisudo.

— Não é assim também, aqui não é New York - ela respondeu depressa sem pensar..

Viu que tinha falado demais quando ele franziu o cenho espantado. Agora já era.

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