Nosso Passado romance Capítulo 5

Resumo de Capítulo Um - 5: Nosso Passado

Resumo do capítulo Capítulo Um - 5 de Nosso Passado

Neste capítulo de destaque do romance Romance Nosso Passado, Ninha Cardoso apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Parte 5...

— Não seja exagerado. Eles são inofensivos e bem calmos.

— Inofensivos? Sei bem - fez um som de descaso — Como pode deixar que ele tenha uma cobra? E a Bia? Uma aranha horrível e peluda - estremeceu o corpo de modo exagerado.

— Peluda até que ela é mesmo, mas não é horrível. Eu até que a acho bonita - riu baixinho.

— Seja como for, se quer que eu visite a casa, aquelas coisas precisam estar presas.

— Tudo bem. Eu aviso a Ludmila que deixe os animais trancados quando você for lá.

— Os camaleões também - apontou — Não quero que comam minha perna.

— Credo - ela riu — Camaleões são vegetarianos. O máximo de carne que eles comem é uma mosca ou um gafanhoto. Você exagera em tudo, Hugo. De qualquer forma, eu não vou me demorar. Só vou ficar por dentro das coisas como estão por lá e tirar vantagem, é claro.

— Cuidado, sabe que a família é ruim. Mathias pode estar esperando você aparecer.

— Ele não sabe que eu sou a viúva de Haroldo Medeiros Ferroso. O fato de seu irmão me chamar de Nane em público, facilitou muito. Tem gente que até hoje não sabe meu nome real - gesticulou — E a família dele só sabe que eu me chamo Anelise Batista. Eu não tinha apelidos na época.

O fato dela se esconder todos esses anos também ajudaria.

— E retornarei à minha cor natural de cabelo - segurou as mechas — Também vou tirar as lentes de contato coloridas.

— Mas e a riqueza? - ergueu uma sobrancelha — Ele vai desconfiar, não acha? - ficou em dúvida.

— Não vai - ela sorriu de modo cínico — Vou voltar a ser a garota simples que ele conhecia. Não vou usar joias e roupas caras. Vou pegar um avião até a capital e de lá vou de ônibus até São Bernardo do Campo.

— Por que? - ele franziu a testa.

— Eles têm parentes que trabalham na rodoviária. Vou fazer com que me vejam e espalhem a notícia. São os inferiores, como dizia a mãe dele, Luiza. A parte da família que ela despreza, por não serem ricos como eles.

— Essa mãe dele parece ser uma pessoa horrível.

— E é mesmo - fechou o cenho — Uma pessoa má, sem caráter e manipuladora. A irmã dele também é uma cobra. As duas armaram para mim e se aproveitaram de minha inocência e inexperiência - cruzou os braços — Mas isso foi antes. Agora é minha vez - ergueu o queixo — E quem vai manipular as cordas agora, sou eu.

Hugo sentiu até um arrepio pelo modo como ela falou.

— Bem, ele também foi enganado...

— Não - ela ergueu o dedo — Ele quis acreditar no que elas disseram. É diferente - disse com pesar — Me humilhou e me usou. Eu tinha só dezesseis anos e ele já era um homem feito de vinte e oito. Não há desculpas para isso.

— Mas ele é excelente na direção da empresa, tem que admitir - advertiu — E lembre-se que ele já tentou fazer outros acordos com meu irmão antes.

Hugo não disse nada, mas não gostou de saber que ela já tinha tomado a iniciativa de forma agressiva.

— Cuidado para não virar presa mais uma vez. A surpresa pode dar errado.

— Não se preocupe - ela disse em tom frio — Nunca mais irei acreditar ou subestimar aquela gente - movimentou os ombros e o pescoço dolorido pelo estresse — Tenho que ir. Ainda não organizei tudo o que quero para minha viagem. Preciso preparar meu disfarce de garota pobre que volta à cidade.

— Está se enfiando em uma rede de mentiras.

— Eu sei bem disso, Hugo - suspirou forte — Será que pode ter pensamentos positivos? Isso ajuda muito.

— Eu só desejo que tudo dê certo - retrucou — Me preocupo porque ainda é a mesma garota machucada do passado e isso pode atrapalhar seu julgamento.

— Vingança é um prato que se come frio - ela citou.

— Isso é antigo - ele foi saindo.

— Mas é a verdade - o olhou franzindo a testa.

— Nem sempre - deu de ombros e saiu.

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