Cap. 16
O CEO Noivo Da Minha Irmã
Adrian
— Ok, obrigada Karina, mas não quero que você se sacrifique porque os meus pais estão te pressionando, a casar comigo, podemos cancelar tudo, não se preocupe com o dinheiro que gastei com sua família!
"Realmente, não sei como terminar com ela, pois não quero magoá-la, mas preciso apelar para o bom senso, e definitivamente eu não vou poder seguir com um casamento que não tem o mínimo, pois não sinto nada por ela, mas tenho que reconhecer que ela está sendo uma mulher que seria adequada para esposa, porém falta algo, e não sei o quê é!"
— Não precisa dizer isso querido, eu amo meus sogros, e eles me amam, e eu te amo Adrian, nunca escondi isso, e posso esperar por você meu amor, eu juro!
Karina finaliza, e segura minha mão, com um gesto de carinho, em seguida ela beija minha mão.
Merda!...
Estou sendo uma homem idiota, pois ela é uma mulher incrível e perfeita, assim como meu pai Mirros me disse ainda no dia anterior, se case e o tesão com contato físico vira.
Estou repassando sobre isso, e fecho os olhos, e dormi o restante da viagem, um sonho estranho me perseguiu durante o sono, de repente, eu parecia discutir com uma mulher, que não podia ver o rosto, mas seus olhos estavam cheio de lágrimas, e então nos beijamos, e em seguida, uma série de lembranças, parecia que fazíamos amor intensamente no amanhece, e então acordei com a Karina me chamando, e o escuro negro mais uma vezes foi a realidade.
Porém, o meu membro estava dolorido, e duro com o sonho erótico, e até dei um sorriso, pois ao menos sonhei, com algum bom.
O hotel é o mesmo de sempre o Hilton Inn, pedi três quartos, Fred veio junto, e foi melhor assim, não quero que a Karina me ajude, a fazer minhas necessidades básicas, como me vestir e coisas de homem, nunca tivemos intimidade, e não quero começar agora, apesar que o sonho quente que tive, talvez fosse com ela, pois foi delicioso.
Chegamos já tarde da noite no hotel, e no dia seguinte, já iríamos para o centro de referência para cegos, nas primeiras horas.
Fred acabou de me ajudar, e estou tentando dormir, na cama imensa do hotel, e me viro de um lado para o outro, na esperança de sonhar com a moça gostosa, que não vi o rosto.
Por fim o sono veio, mas não houve mais sonhos. O dia seguinte começou com o Fred novamente me ajudando, e sinceramente isso é frustrante demais, pois pareço uma criança pequena, sendo vestida e ajudada no banheiro.
Droga!... Realmente odeio essa maldita condição.
Fred, infelizmente tem que aguentar meu mau humor, e de verdade, eu sinto até pena dele, por isso acabo de pedir desculpas, coisa que é diariamente.
— Não se preocupe, senhor esse é o meu trabalho, e logo o senhor vai ter uma maior independência, e se sentirá bem!
Com seu otimismo de sempre, ouço as palavras do jovem homem, mas conto até dez para não surtar.
Pois, só vou me sentir bem se voltar a ver, caso contrário estarei para sempre com meu humor negro, pois não sou como as pessoas que aceitam ser deficiente, eu odeio minha atual condição com todas minhas forças.
A visita a instituição, está sendo um tormento, estou passando por algumas etapas práticas, com amostras de texturas, e pavimento e uma bengala com sensor de direção por vibração, e preciso ouvir sobre todos os métodos, e tecnologias, mas não estou conseguindo fazer de conta que está sendo fácil ou agradável, e como a princípio parece ser muito difícil de adaptar, o meu professor e monitor pediu para que eu fosse relaxar por um momento no pátio.
Fred, foi buscar uma água tônica na cafeteria do local, e estou sentado no banco o aguardando, pois antes de ir ele descreveu o lugar, que segundo ele é um típico playground infantil, mas para crianças cegas.
De repente, ouço uma voz de criança se aproximando, pois ela conversa ou grita a alguém sorrindo feliz.
Sinceramente é tão complexo senti a presença das pessoas, antes delas sequer estarei realmente próximas, na verdade a cegueiras está me deixando alerta para ruídos que antes sequer prestava atenção, e a falta de enxergar me tornou menos automático, e isso talvez seja o único motivo que ainda me deixa com a mente sã, pois consigo sentir mais e ter uma conexão maior até com a natureza, e o vento soprando no meu rosto e sem sombra de dúvida relaxante.
Até que a criança, que antes ouvir gritando feliz, resolveu estragar tudo, me enchendo de perguntas, e se sentando ao meu lado.
— Oi, bom dia, me chamo Julie tenho seis anos, na verdade quase sete, pois daqui a três dias é meu aniversário, e você?
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